domingo, 26 de dezembro de 2010

AS MULHERES DE POXORÉO

O poeta Luiz Carlos entre "As Mulheres de Poxoréu",
a quem canta e decanta nesse seu belo poema.


As Mulheres Da Minha Cidade
Tem De Deus Uma Missão...
Sozinhas, Ou Em Comunidade,
Desempenham Uma Função.
Crianças, Idosos E Mocidade
Recebem Delas Uma Contribuição.

As Meninas Mais Pequenas
Ajudam Os Pais No Lar...
As Mais Crescidas, Apenas
Se Dedicam A Estudar...

As Moças Adolescentes
Estudam E Também Trabalham...
Parece Que Estão Contentes
Pois, No Trabalho Não Falham.

As Mães Desempenham Um Papel
De Boas Educadoras,
Doado Por Deus, Do Céu,
Por Suas Mãos Protetoras,
Para Serem, Em Poxoréo,
As Melhores Professoras.

E O Que Dizer Das Avós?
Elas Também Contribuem...
Não Deixando As Netas Sós:
Com Seus Conselhos Instruem.

As Cunhadas... As Titias...
As Comadres E As Madrinhas,
As Freiras E As Vizinhas...
Ajudam No Dia A Dia.

As Mulheres Da Minha Cidade,
Dessa Forma, Vão Vivendo...
Desde A Sua Mocidade,
Ensinado E Aprendendo
Com Rara Capacidade,
Sabendo O Que Estão Fazendo.


Luiz Carlos Ferreira

domingo, 19 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL, MEU IRMÃO!

É Natal, meu irmão!
De Jesus, Filho de Deus
Vindo da parte do Pai,
Para dos pecados seus
Sofrer a condenação.

É Natal, meu irmão!
Daquele que tem por missão
Dar a vida por sua vida,
Ser caminho e inspiração
À justiça e retidão.

É Natal, meu irmão!
Do que vai ser sacrificado
Por amor à humanidade;
Que morrerá na cruz pregado
Para dar-te a salvação.

É Natal, meu irmão!
De um que não teme a morte,
Se por ela conceder
Ao homem que não tem sorte,
Luz e paz ao coração.

É Natal, meu irmão!
Dá esperança ao pecador,
Que recebe de Deus o Reino
No coração cheio de dor,
Como fonte de perdão.

É Natal, meu irmão!
Daquele que nos trará
Um tempo de muita paz;
Que buscará nos livrar
Pra sempre da perdição.

É Natal, meu irmão!
Na Ceia do Deus nascido;
Sacies tua fome e sede
No corpo de sangue oferecido,
No remédio do perdão.

É Natal, meu irmão!
Há um novo rumo à Vida.
Jesus é o Caminho do Pai,
Sua jornada protegida,
Sua ponte de salvação.

É Natal, meu irmão!
Tempo de paz e esperança;
Tempo de luz e fartura;
Tempo de acerto e bonança;
Tempo de vida e união.

Feliz Natal!
Que Jesus, a fonte do puro amor;
Sol nascente e sol poente;
Seu Senhor e Salvador
Seja sua meta final.

Feliz Natal, meu irmão!
Feliz Natal!

FAMÍLIA UPENINA

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

NO MEIO DAS PEDRAS HÁ DIAMANTES

Aluno do EJA da Escola Profª Juracy Macêdo, em Poxoréu, MT,
apresentando sua maquete de um lavador de cascalho,
usado por em garimpos de ouro
NO MEIO DAS PEDRAS HÁ DIAMANTES

Joaquim Moreira

No meio das pedras há diamantes,
Muitos diamantes
Borbulhantes;
No meio das pedras borbulhantes,
Muitas vidas,
Muitas vidas!

No meio das vidas há lembranças,
Muitas lembranças
De esperanças;
No meio das vidas e esperanças,
Despedidas,
Despedidas!

Pedras e diamantes,
Vidas e esperanças!

No meio das pedras e diamantes
Há despedidas
Quase perdidas;
No meio das vidas e esperanças
Há muitas vidas
Quase esquecidas!

Não, não choro,
Não choro pelas pedras mais brilhantes;
Não, não lamento,
Não lamento por despedidas intempestivas
Nem por lembranças mais agudas.

Não choro e não lamento,
Louvo, sim, os veios de vida
Que fervilham no coração
Deixados por saudades de outros diamantes!

Sem preconceitos

O jovem Emanuel Messias Lopes Pereira (à esq.);
ao centro, o Prof. Giampiero Barozi
e o Prof. Izaias Resplandes de Sousa (à dir.)
Sem preconceitos

O mundo não é branco,
Não é vermelho, amarelo,
Não é negro.
O mundo não é só dos homens,
Nem das mulheres, nem dos animais,
Ou dos humanos.
O mundo não é só ateu,
Nem apenas religioso;
Não é só dos sãos,
Ou dos doentes,
Nem dos perfeitos,
Ou dos imperfeitos.
O mundo não é uma igualdade!
O mundo é o lugar dos desiguais!
E, como tais.
Todos devem ser tratados.
Não seja branco, ou negro,
Mulher ou homem,
Gente ou animal,
Perfeito ou imperfeito.
Seja um desigual!
Assuma seus defeitos,
Seja um ser normal
E viva sem preconceitos!
Seja demais,
Sem preconceitos sociais!

Poxoréu, MT, 15 de dezembro de 2010

Izaias Resplandes de Sousa

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Primavera Invernal em Poxoréu


Segunda-feira, 13/12/2010, 15 h. O Morro da Mesa
está coberto pela neblina. A temperatura cai.
É clima de inverno em Poxoréu, MT.
Estamos vivendo um dia de
Primavera Invernal.
(Abaixo, uma vista do Morro a partir da Escola Profª. Juracy Macêdo)

Primavera Invernal
Está chegando a Primavera
Com flores pra cada lado.
O descansado verá Florinda,
A flor linda do bem-amado.

O estressado está do outro lado.
Com os nervos à flor da pele...
Com a visão das flores
Não será contemplado.

Não verá cores, não sentirá odores...
Sua Primavera trará os rigores
De um inverno sem cores
E nervos à flor da pele.

Poxoréu, MT, 14/08/2008.
Prof Izaias Resplandes
Publicado no Recanto das Letras em 06/09/2008

Vista do Morro da Mesa a partir da ladeira da Vila Cruzeiro.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Seu Jurandir Xavier continua Vivo!



Suelme ‘Biela’ E. Fernandes

Conheci Jurandir Xavier na Casa da Cultura pelos idos de 1990, quando passei num concurso da prefeitura no cargo de bibliotecário e o mesmo era Coordenador de Cultura do município no governo do médico Valterly.

Nesta época comecei a conhecer suas pesquisas, bom contador e guardador de histórias, vez por outra acessava os jornais e documentos existentes naquela biblioteca misturada com arquivo e museu de rochas.

Tinha o hábito de manuscrever suas observações e a cada bate papo com curiosos aproveitava para anotar as observações advindas nas suas memórias: o caso da Caboclinha (prostituta que teria desencadeado a guerra entre Morbeck e Carvalhinhos), os bailes no Fecha Nunca (antiga denominação dos cabarés) os valentões pistoleiros Teodorinho, Plácido Maranhense, Mariano Gomes, Getulinho, Zequinha Preto, Pedro Cavaco, José Leal e Antônio Cândido da Silva o lendário Sete Escamas pai do seu Vespasiano e avô do Zebra.

Dizia que aquele seus livros iam causar muita polêmica quando fossem publicados, pois revelaria bastidores da história política local, a verdade sobre as urnas que sumiam na época do Rochinha, as manipulações dos mapas eleitorais e até dos homicídios com motivação política de Poxoréu.

Aprendi no curso de História dito por não sei quem, mas não importa, que quando um velho morre é equivalente a uma biblioteca incendiada, a frase refere-se ao imenso potencial de memórias sociais armazenada nos arquivos virtuais do cérebro de uma pessoa com muita vivência e o prejuízo decorrente destas perdas após a morte.

Para a psicologia e a neurologia não existem memórias mortas ou enterradas, experiências de pesquisas com idosos revelaram que os mais velhos na beira da morte sentem inevitavelmente a necessidade de revelar informações silenciadas por muito tempo, filhos fora do casamento, crimes cometidos... seria uma espécie de medo da morte ou do juízo final.

Aprendi também que as condições para se revelar os segredos para posteridade são históricas e precisam de condições adequadas e favoráveis para aflorarem, a consciência de Jurandir Xavier a este respeito era tanta que inclusive as registrou em seu livro: Hoje, felizmente, já livres dos opressores afastados e extintos pelas suas próprias práticas obsoletas, urge que, ainda nesse momento histórico, salvemos o nosso enferrujado, carcomido, mas glorioso passado. (...) Façamos a nossa parte publicando o que sabemos. Não sejamos conhecidos como omissos injustificáveis. (p.11 e 12).

Antes de morrer Xavier me informou que o segundo volume de seu livro estava quase pronto. Estes registros no prelo devem ser resgatados imediatamente para termos uma publicação como obras póstumas, pois estou curiosíssimo para ler o seu segundo livro, ciente de sua importância histórica, Jurandir afirmou no volume I Poxoréo e o Garças: o outro volume promete ser mais interessante, pois contará fatos mais recentes e revelará os segredos políticos dos caciques poxoreenses, mostrando, sem rebuços, as nuances de uma política arcaica e altamente perigosa, parte da qual foi vivida pelo autor. (P.12).

Sendo assim resta a pergunta: Para quem Jurandir contou estes segredos? Onde estão seus rabiscos, anotações, documentos e digitações para o próximo livro? Quem guardará seus documentos históricos pessoais? Quem publicará o segundo volume do livro?

A arte de escrever e narrar é uma estratégia dos homens para que mesmo depois de mortos permaneçam vivos entre nós, o mesmo fazem os avós sentados na varanda contando feitos heróicos de sua vida aos netos ou deixando relíquias preciosas aos seus filhos.

Sendo assim Jurandir não morreu, pois suas memórias (para além de sua presença física) permanecerão entre nós por muito mais tempo, Sócrates ao tomar a cicuta afirmou que “os filósofos não morrem” e complemento, os historiadores também não!

Para os céticos que ainda duvidam disso, abram o livro Poxoréo e o Garças e lá estará o velho paraibano lúcido e vívido cheio de lembranças sentado numa cadeira de balanço na área de sua casa com vistas para o rio Areia a narrar suas histórias e memórias, o bom e querido amigo Jurandir Xavier, nosso guardião da memória que agora se tornou imortal!

Suelme ‘Biela’ E. Fernandes. Mestre em História da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT.
Nota do Editor: Artigo publicado originariamente no Blog Poxoréu, do upenino João Batista de Araújo Barbosa Batistão - http://pox.zip.net/.

sábado, 27 de novembro de 2010

DESPEDIDA DE JURANDIR XAVIER

Jurandir da Cruz Xavier "completou a carreira". Partiu. Foi morar na eternidade.
Seu sepultamento ocorreu às 14 horas deste 27 de novembro de 2010, no Cemitério Municipal desta cidade. A sociedade poxoreana o acompanhou até o seu último repouso.

A UPE, entidade da qual ele é e sempre será membro realizou uma tertúlia fúnebre como homenagem de despedida, a qual foi prestigiada pelos familiares e amigos presentes.

Na foto: Amorésio, Enir, João Batista, Izaias, Gaudêncio, JURANDIR e João de Sousa

Os upeninos Gaudêncio Filho Rosa de Amorim (Presidente da UPE), João de Sousa, Josélia Neves da Silva e Izaias Resplandes de Sousa usaram a palavra. Muito emocionado, o upenino Amorésio Sousa Silva, também presente, preferiu não falar. O vereador Jailton Costa Xavier (Jajá) falou pela família. Poucas palavras, mas cheias de muita emoção. Despedindo-se de seu pai-exemplo na política, Jajá disse que honrará o nome da família nesse campo.

Na foto: Jurandir com o Prof. João de Sousa, a esposa Sulene e as netas.
O upenino João de Sousa relembrou a trajetória de Joaquim Paraibano, o pai de Jurandir, narrando suas aventuras desde a Paraíba até os seringais do Acre onde encontrou aquela que seria sua esposa e depois da Paraíba até o Mato Grosso, para onde se mudou com a família. Muito emocionado, recitou o poema "Meus Oitenta Anos", de autoria do homenageado póstumo, produzido em 2009.


Na foto: Jurandir e uma das filhas. Aquela que cuidou dele em seus últimos dias de vida.

A upenina Josélia se lembrou dos bons momentos em que ela e Jurandir degustaram um bom vinho, que, de cálice em cálice, terminaram em várias garrafas. Dirigiu emocionantes palavras. João de Sousa disse que também participou algumas vezes dessa degustação.

O Presidente Gaudêncio Amorim falou dos últimos momentos em que esteve com Jurandir.

Na foto, flagrantes das pessoas presentes no funeral durante e tertúlia upenina

Gaudêncio disse que o velho upenino fazia questão de ligar para ele todos os dias para dizer como estava de saúde. Se estava bem, se tinha passado mal. Falou também de sua alegria em poder estar bem presente na vida dele nesta reta final, dando apoio moral e material à filha que estava cuidando dele.

O upenino Izaias Resplandes apresentou a mensagem "O Adeus de Jurandir da Crux Xavier" em nome da União Poxorense de Escritores. Encerrou sua fala com o tradicional triplo Viva a Jurandir, no que foi acompanhado pelos presentes.

A família e os irmãos de fé cantaram hinos e cânticos espirituais. A foto abaixo registra o momento dos cânticos e das homenagens ao paraibano upenino.

É mais um companheiro da UPE que nos deixa. Dizia ao Amorésio Sousa Silva que a UPE do Céu está ficando maior que a UPE da Terra. Mas, bom ou ruim, o que importa é que aqui ou lá sempre seremos upeninos com muito amor para dar a todos os que nos rodearem em prol da defesa da arte e da cultura poxoreana.

Viva a UPE! Viva aos companheiros que partiram! Viva os que ficaram! Viva o povo de Poxoréu! E viva o Jurandir da Cruz Xavier!

Viva! Viva! Viva!



Pela Comunidade Upenina, Izaias Resplandes de Sousa.

O ADEUS DE JURANDIR DA CRUZ XAVIER

Upeninos Gaudêncio Filho Rosa de Amorim,
JURANDIR DA CRUZ XAVIER e Izaias Resplandes de Sousa,
na festa dos 80 anos do Jurandir, em sua Chácara Flor-de-Liz,
em 2009, Poxoréu, MT.

A dor atinge mais uma vez a família upenina.

Nessa sexta-feira, 26 de novembro de 2010, o decano da UPE Jurandir da Cruz Xavier, aos 81 anos, autor do livro "Poxoréo e o Garças", foi chamado para escrever suas narrativas históricas no Reino dos Céus.


Ele não foi pego de surpresa. Já faz um bom tempo que sua maior preocupação era transferir o seu legado cultural. A maioria de suas vivências e experiências ocorreu na terra poxoreana, para onde esse paraibano veio ainda menino. Ele faz parte da plêiade dos velhos companheiros que viram surgir nesse vale as primeiras manifestações de progresso.

Na condição de testemunha ocular da história, Jurandir teve muito que contar, mas, infelizmente, não pode contar tudo, diante da dificuldade de se documentar e registrar o que viu e o que sentiu enquanto percorreu as ruas, os cantos e os recantos deste lugar. Não temos dúvidas que ele levou consigo um acervo de conhecimentos incomparável, o qual colocou à disposição do povo de Poxoréu durante todo o percurso de sua vida como homem público, escritor, amigo, companheiro e pai.

Sua partida na manhã de ontem, segundo a família, se deu de forma tranquila, silenciosa, sem dor, sem alarde e sem sofrimento. Vale dizer que era assim que esse homem vivia. Jurandir era um homem de paz e transmitia uma sensação agradável e carismática quando andava pelas ruas desta cidade por seus passos de ancião. A sua voz mansa e agradável tornava o seu discurso cativante.

Em seu último dia entre nós, ele se levantou, fez a higiene matinal, barbeou-se e pediu à filha que lhe fizesse um suco de laranja. Nesse ínterim, enquanto ela atendia ao seu pedido, o velho companheiro mansamente fechou os olhos, adormeceu e foi-se encontrar com os nossos antigos companheiros Aquilino Sousa Silva, Fraga Filho, Gilbert Araújo Lemos, Joaquim Nunes Rocha, Delza Fernandes Zambonini e Joaquim Moreira, que o precederam na longa jornada celestial.

A UPE da Terra se despede de seu Notável confrade, desejando que no além ele venha ser bem recebido por Deus e pelos Notáveis companheiros da UPE do Céu. Segundo o Notável Willian Shakespeare, “há muito mais coisas entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”. Jurandir sabia de muitas dessas coisas e queria nos contá-las, mas não teve tempo para isso, de sorte que somente ficaremos sabendo delas quando a nossa hora chegar e pudermos ir nos encontrar com ele na eternidade. Ali então tudo ficará mais claro. Já não haverá segredos e coisas ocultas. Ali tudo é claro e transparente. Essa é uma das vantagens do além.

Aqui na Terra nós vivemos cercados pelas aparências. Nós também somos aparência de alguma coisa que desejamos. Essa é a forma que nós encontramos para nos defender da maldade humana. Segundo o filósofo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem e aqui na Terra existe uma eterna guerra de todos contra todos”.

Já na eternidade, essa luta será desnecessária. Primeiro, porque ali teremos outra forma. Já não seremos carne, sangue e ossos, mas apenas seres espirituais. Seremos semelhantes a uma energia que poderá ser materializada na forma que se fizer necessário. Já não poderemos mais fazer mal uns aos outros. Viveremos para cumprir uma missão que estará de acordo com o planejamento do Arquiteto do Universo. Segundo, porque todos os nossos desejos serão satisfeitos. Afinal, ali será o nosso Paraíso tão sonhado e desejado, lamentavelmente perdido pelo Adão espiritual do Éden.

É claro que as revelações sobre a eternidade têm muito mais a ver com a nossa religiosidade do que com qualquer outra coisa. Mas a religião é o nosso maior bem. É ela que mantém acesa a chama da esperança de dias melhores. Se acreditássemos que a vida acabasse aqui, então seríamos piores do que os animais de pouco ou nenhum entendimento, porque eles apenas vivem o “cada dia” sem qualquer preocupação com o futuro, enquanto nós vivemos com a certeza de que a cada dia que passa nós estamos mais pertos da morte.

Então a religião nos dá uma nova visão da vida, dizendo-nos que a morte é apenas uma passagem para uma outra dimensão, um outro estágio do nosso desenvolvimento. E que, na verdade, nós somos na verdadeira extensão do verbo SER. E o que é não pode deixar de ser, mas sempre SERÁ. É com essa crença e convicção que vivia o nosso amigo Jurandir Xavier e também a maioria dos homens da Terra.

É claro que a vida na Terra tem um sabor diferente e que vale a pena experimentar. É aqui que nós aprendemos a cooperar e a fazer alguma coisa pelos demais. É aqui que nós extravasamos o AMOR que o Criador plantou em nossos corações.

É por essa razão que o apóstolo São Paulo, escrevendo aos Filipenses disse que se sentia dividido entre ficar mais um tempo na Terra ou partir para o Além. Refletia que se permanecesse aqui, com certeza ainda seria de grande utilidade para a humanidade. Mas, por outro lado, ele também tinha o desejo de partir e estar com Cristo, o que para ele era ainda muito melhor.

De forma que vejo o Jurandir como um ser privilegiado. Vivendo mais de 81 anos, com certeza ele deixa um grande legado para o povo de Poxoréu. Além disso, teve alegria dos filhos e netos que carregarão o seu sangue e a sua carga genética de influências por ene gerações.

Todavia, essa partida súbita, inegavelmente, gera um vazio entre nós, o qual não será facilmente preenchido. Por isso precisamos uns dos outros. Desse modo, já com muitas saudades, dor e pesar no coração e na alma, nós upeninos nos unimos para pedir ao Criador que conceda aos familiares de Jurandir, a necessária paz e conforto espiritual pela perda desse ente querido.

Que o calor de nossa amizade e dos demais amigos possa ser um conforto na vida de toda a família Cruz Xavier.

Adeus, Notável Upenino Jurandir da Cruz Xavier. Seu nome estará para sempre gravado nos anais dessa entidade que não poupará esforços para mantê-lo vivo na galeria dos imortais.
Izaias Resplandes, advogado, matemático e pedagogo, sócio-fundador da UPE - União Poxorense de Escritores, Poxoréu, MT.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O ADEUS DE JURANDIR XAVIER

Notável Upenino Jurandir da Cruz Xavier, por
ocasião de seu octogésimo aniversário, em 2009,
em sua Chácara Flor de Liz, em Poxoréu, MT.
A dor atinge mais uma vez a família upenina. Dessa feita foi o decano Jurandir da Cruz Xavier.
Aos 81 anos, autor do livro "Poxoréu e o Garças" ele foi chamado para escrever suas narrativas históricas no Reino dos Céus. (http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1912935).
Ele não foi pego de surpresa. Já faz um bom tempo que sua maior preocupação era transferir o seu legado cultural. A maioria de suas vivências e experiências ocorreu na terra poxoreana, para onde esse paraibano veio ainda menino. Ele faz parte da plêiade dos velhos companheiros que viram surgir nesse Vale as primeiras manifestações de progresso.
Na foto ao lado, Jurandir se faz acompanhar de seus familiares presentes na festa de seu 80º aniversário, em 2009.
Na condição de testemunha ocular da história, Jurandir teve muito o que contar, mas, infelizmente, não pode contar tudo, diante da difuculdade de se documentar e registrar o que viu e o que sentiu enquanto percorreu as ruas, os cantos e os recantos deste lugar

Sua partida se deu na manhã de hoje, de forma tranquila, silenciosa, sem dor, sem alarde e sem sofrimento.
Ele se levantou, fez a higiene matinal, se barbeou e pediu à filha que lhe fizesse um suco de laranja. Nesse ínterim, fechou os olhos, adormeceu e foi se encontrar com os nossos companheiros Aquilino Sousa Silva, Fraga Filho, Gilbert Araújo Lemos, Joaquim Nunes Rocha, Delza Fernandes Zambonini e Joaquim Moreira.
A UPE da Terra se despede de seu Notável confrade, desejando que no além ele venha ser bem recebido por Deus e pelos Notáveis compnhairos da UPE do Céu.

Na foto ao lado, os Notaveis Upeninos Amorésio Sousa Silva, Enir Arge Conceição, João Batista Cavalcante, Izaias Resplandes de Sousa, Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, JURANDIR DA CRUZ XAVIER e João de Sousa, em 2009.

Com saudades, dor e pesar no coração e na alma, nós upeninos nos unimos para pedir ao Criador que conceda aos familiares de Jurandir, a necessária paz e conforto espiritual pela perda do ente querido.

Que o calor da amizade dos amigos possa ser um conforto em suas vidas.


Adeus, Notável Upenino Jurandir da Cruz Xavier. Seu nome estará para sempre gravado nos anais dessa entidade que não poupará esforços para mantê-lo vivo na galeria dos imortais.

Na foto ao lado, os Upeninos se fizeram presentes na Chácara Flor de Liz para um Churrasco de Cabra oferecido pelo confrade Jurandir em 7 de junho de 2009. Somos: Izaias Resplandes de Sousa, Luís Carlos Ferreira, Garibaldi Toledo de Moraes, João de Sousa, Josélia Neves da Silva, Jurandir da Cruz Xavier e a Srª Toledo de Moraes.

sábado, 20 de novembro de 2010

II Caminhada da Natureza

A foto registra um flagrante da II Caminhada da Natureza.

II CAMINHADA ECOLÓGICA

Duda Sampaio

A Prefeitura Municipal de Poxoréu, através da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Meio Ambiente e em parceria com a SEDTUR- Secretaria Estadual do Desenvolvimento do Turismo, realizaram no último domingo, dia 19 de setembro, a II Caminhada da Natureza. Participaram da caminhada mais de 300 pessoas entre jovens, crianças, adultos , pessoal da 3ª idade, alunos das Escolas de Poxoréu e Primavera de Leste.

A caminhada começou às 7h com uma concentração na Praça da Igreja Matriz, seguida de um café da manhã reforçado e alongamento comandado pela Profª de educação física Maria Iva. Dando sequencia, os participantes partiram rumo ao Bairro Alameda Monchão Dourado e seguiram para visitar gruta e casa de pedra subterrânea feita pela natureza. Atravessaram o Rio Poxoréu, passando pela fazenda do Sr° Mano, percorrendo trilhas na mata e chegando à usina hidrelétrica , retornando, finalmente ao centro da cidade de Poxoréu.

A secretária Municipal de Turismo, Teodomira Alves, disse que "a cada ano que passa a comunidade vem participando ativamente da caminhada da natureza e com isso estamos conscientizando a todos da importância de apreciarmos nossas belezas naturais e ao mesmo tempo educando para sua preservação. A II Caminhada da Natureza obteve o sucesso alcançado, graças ao apoio da administração municipal sob o comando do prefeito Ronan Figueiredo e das parcerias com o Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Saúde e toda a equipe da Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Meio Ambiente.

Escrito por autor acima[poxoreo@uol.com.br às 19:33

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Jornal O UPENINO nº 21


A UPE está preparando mais uma edição do Jornal "O Upenino". É a edição nº 21, prevista para ser lançada ainda no mês de novembro. Aguardem.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pompílio Alves Pereira - A Upenina nº 3 - Setembro de 2010


Por Gaudêncio Amorim

Quem escreve, escreve motivado por algo ou por alguém. O assunto que será aventado é resultado dessa simbiose do escritor e dos fatos, gentilmente narrados por personagens do tecido social, a maioria, testemunhos oculares do enredo que ora se inicia.

Entretanto, para ser justo à essência dos escritos, cumpreme ressaltar que este trabalho, pesquisado a quatro mãos, duas delas, generosamente emprestadas por César Cardoso Pereira, (filho do biogrado) a serviço da pesquisa e da análise do resultado, a quem deixo registrado os meus agradecimentos e o faço, com mesmo zelo, a Dona Elza Cardoso Pereira, cujo testemunho e material bibliográfico foram fundamentais ao subitem: “Dr. Edésio Cardoso: Um médico a serviço da vida” e pela forma carinhosa com que nos recebeu em sua residência, em Cuiabá.

Agradeço ainda a Leônidas Alves de Matos que, numa tarde ensolarada de domingo enriqueceu este trabalho com ricas informações sobre o Hospital e Maternidade São João Batista, sobre a FAG e sobre o trabalho titânico do Pe. Pedro Melesi, desenvolvido em prol do hospital. Agradeço a Jurandir da Cruz Xavier, afilhado de casamento de Pompílio e Dona Elza e ainda Almitônia Vieira Ruicci e Maria do Carmo Ruicci, funcionárias do Banco Brasil, agência de Poxoréu, pela cordialidade, simpatia e eficiência com as quais se apresentaram à produção desta pesquisa, além de agradecer também a memória viva e sempre prestativa de Francisco Dorilêo, cujas contribuições enriqueceram o tema sobre a Mineração São José e a Vinda do então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Poxoréu em 1979, na época, líder sindical da região do ABC paulista, constante da 2ª parte desta história.

Agradeço por fim aos anônimos, cuja pesquisa, pelo método da oralidade dialógica, sobressaiu fatos inusitados desvelando verdade que, por mais alguns anos, seriam impossível resgatá-los.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Morre Um Poeta - POXORÉU FICA MAIS TRISTE

O Dr. Ruy Nogueira Barbosa (à esquerda), juntamente
com os Notáveis Upeninos Dr. João Batista de Araújo Barbosa
e Prof. Edinaldo Pereira de Sousa, no dia 11/09/2010,
durante a entrega da Comenda Pó-Cereú a cidadãos que
se destacaram na história de Poxoréu, MT.
Ruy Nogueira Barbosa

Na tarde desta segunda feira (18.10.2010), por volta das 15h00, faleceu o incompreendido poeta “Paulo Doido”.

Paulo que com sua boa vontade e muito suor, efetivamente muito ajudara na construção do Centro Juvenil, escola de muitos;

Paulo que participara de vários troféus da juventude no Centro Juvenil;

Paulo efetivo partícipe operário que muito auxiliara na reforma do Balneário Lagoa, onde fatidicamente se acidentara;

Paulo filho, irmão, tio, amigo, que era torcedor do Palmeiras.

Paulo poeta, que jamais se prendera às rimas perfeitas ou imperfeitas, sílabas poéticas ou gramaticais, ritmos, estrofes ou métricas, não..., simplesmente permitia jorrar o seu pensar, se sublimando em escancarado regozijo, pouco se importando em agradar, paparicar, atacar ou enaltecer com segundas e/ou terceiras intenções.

Sua postura verbal se assemelhava às tiradas do inesquecível “Chico Moleza”, do seriado “O Bem Amado” de Dias Gomes, haja vista que o importante era expressar sua espetacular sinceridade.

Paulo partiu. Suas cantorias permanecem.

Poxoréu está mais triste, quer seja por que perdera mais um de seus filhos, bem como, por que perdera alguém de alma pura, de pensar incompreendido, entretanto, onde você se encontre Paulo Doido, certamente tem alegria, tem riso, pois em você reside poesia.

Descanse em paz pensador.

Publicado originalmente no Blog Poxoréu: http://pox.zip.net/

A UPE se junta ao Dr. Ruy Nogueira Barbosa nessa homenagem ao Poeta Paulo Doido.

Recital Upenino 2010

O Presidente da UPE Prof. Gaudêncio Amorim fazendo a
sua mensagem na abertura do Recital Upenino de Poesias
de 2010, no Externato São José, em Poxoréu, MT.
A UPE - União Poxorense de Escritores, presidida pelo Notável Upenino Professor e Cientista Político Gaudêncio Filho Rosa de Amorim em parceria com a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura de Poxoréu Theodomira Alves de Oliveira Lima realizou mais um Recital Upenino de Poesias, o qual aconteceu nas dependências do Externato São José (Salão Dom José Selva), nos dias 15 e 16 de outubro de 2010.
A apresentação ficou a cargo do Notável Upenino e Comendador Prof. João de Sousa, sendo que na abertura, o Upenino Amorésio Sousa Silva cantou canções populares e de sua autoria em homenagem a Poxoréu.

A Comissão Julgadora no dia 16 de outubro foi compostapelo Notável Upenino Amorésio Sousa Silva, pela Acadêmica de Direito da UNIC de Primavera do Leste (concluinte de 2010) Mariza Resplandes, pela Bacharela em Direito e Oficiala do Registro de Imóveis da Comarca de Poxoréu Drª Maria Aparecida Bianchin Pacheco, pela Professora e Cientista Política Eunice Rodrigues da Silva e pelo Bacharel em Direito e Oficial de Justiça da Comarca de Poxoréu Dr. Ranieri Farias Pinto. Também atuaram nos julgamentos de conflito os Notáveis Upeninos Dr. João Batista Cavalcante e Profª Josélia Porto de Bragança Neves da Silva.

A presença no Recital de Poesias de 2010

Upeninos: Izaias Resplandes de Sousa, Amorésio Sousa Silva, João de Souza, Josélia Neves da Silva, Edinaldo Pereira de Souza, Gaudêncio Filho Rosa de Amorim e Luiz Carlos Ferreira. Esposas Upeninas: Sulene, Luzinete e Lourdes
Vários upeninos estiveram presentes no Recital de Poesias de 2010, prestigiando a interpretação de suas poesias. Neste ano o Regulamento exigia que as poesias declamadas fossem de autores locais. O fato é que o Recital tem o objetivo de promover a arte e a cultura poxoreana, que por sinal é bastante representativa.
Os alunos deram um show de qualidade. Todos mereceriam ser classificados em primeiro lugar, em face da qualidade das apresentações. Infelizmente, apenas um pode ocupar essa posição, tanto que se houver empate deve haver nova apresentação para dirimir as dúvidas.

A população compareceu massissamente para prestigiar o evento, apenas do tempo chuvoso no dia. A UPE agradece a todos que compareceram, já deixando o convite para o próximo ano.

Em defesa da arte e da cultura poxorense - eis o lema upenino.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Zacarias Lopes Galvão

O Zacarias Lopes Galvão é baiano de Itaboca, município de Angical, perto de Barreiras – Bahia. Nasceu aos quatro dias do mês de novembro de 1917. Apenas completara 17 anos quando percebendo que a vida seria muito difícil, na terra onde nascera preparou a matula “requeijão, farinha e rapadura, partiu para Mato Grosso”. Na Bahia, muito já ouvira falar na abundância de diamantes, que eram catados nos garimpos de Caçununga e arredores, no Mato Grosso. Esse seria o seu destino. Saiu da Bahia com mais quatro companheiros. A viagem foi toda feita a pé. Um dos companheiros percebendo as dificuldades pelas quais passariam, logo desistiu e retornou à casa dos seus pais.


TEXTO: Comendador da Educação Prof. João de Souza.
DIGITAÇÃO: Sandra Maria Moraes Rangel Soares e Marcos Vinícius Pereira Amorim

PUBLICAÇÃO: Izaias Resplandes de Sousa





segunda-feira, 18 de outubro de 2010

PREITO

Edinaldo Pereira

E o menino se fez homem

E se fez padre

E se fez louco

E voou para o Brasil




Não quis as grandes catedrais

Não quis as altas patentes eclesiásticas

Não quis a cátedra das universidades

Quis ser pai de uma gente


Não se fez médico, mas curou doentes

Não se fez engenheiro, mas erigiu tantas casas

Não se fez aventureiro, mas enfrentou selvas

Quis e conquistou almas


Eu o vi em vestes pobres

Eu o vi no altar com cimento nos sapatos

Eu o vi cavalgar sob o sol escaldante

Eu o vi abençoar o povo pobre


Eu o vi correr com os meninos

Eu o vi trabalhar com os pedreiros

Eu o vi ensinar nas escolas distantes

Eu o vi sempre atarefado


Conheço o hospital que edificou

Conheço os templos que a Deus ofereceu

Conheço as valiosas obras de arte que adquiriu

Conheço o cubículo onde dorme


Sei que não é de ferro

Sei o que diz sem palavras

Sei que chora em silêncio

Sei que sente dor e cansaço


Por isso o admiro:

Por envelhecer sem se tornar velho

Por fazer sem esperar um “obrigado”

Por agir quando tantos cruzam os braços


Quem sou eu que sei tantas coisas?

Sou o povo poxoreano que passa

Que vê toda a sua obra

Mas nem sempre tem coragem

De manifestar seus sentimentos...



Em 13/11/2002, seu 78º aniversário

domingo, 17 de outubro de 2010

Aristino Vilela

O Upenino Comendador Prof. João de Sousa
ao lado de seu confrade da Ordem Po-Ceréu Dr. Izaias Resplandes de Sousa

Aristino Vilela - A Upenina nº 3, setembro de 2010

Nas fazendas Santa Helena e Fundão, Aristino com o mesmo espírito desbravador e empreendedor, com fé e coragem, nos últimos 55 anos entregou a sua vida à produção de riquezas no município de Poxoréu. Os obstáculos não foram empecilhos para ele deixar de lado os seus objetivos.

Autor deste texto: Comendador da Educação Prof. João de Souza.
Digitação: Sandra Maria Moraes Rangel Soares.
Marcos Vinícius Pereira Amorim
Publicação: Izaias Resplandes de Sousa

Leia mais em: http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/2562780

DEFINIÇÃO DO PERFIL DE UMA MESTRA

O Upenino Aurélio Miranda em solenidade
da UPE, Poxoréu, MT, setembro de 2010.
Foto: Izaias Resplandes
Sempre tive a certeza de que Deus quando criou a cada um de nós, dedicou um amor inigualável e, nos dotou de grandes qualidades, morais, espirituais e físicas.

Assim Ele nos mandou uma mulher, a quem seus pais chamaram de Josélia, sim, sem dúvida ela chegou ao mundo para fazer diferença, amar, dedicar vida aos outros e ensinar sempre o melhor, o necessário para o crescimento de verdadeiros cidadãos.

Poxoréu, a cidade dos garimpos foi testemunha de seus grandes feitos, a sua vida sempre fez histórias de exemplo, abnegação e doação aos mais carentes.

Toda minha geração com certeza a conhece e a respeita pelo grande papel exercido na sociedade de mãe e mestra exemplar.

Seu nome ficará para sempre nas páginas das grandes poesias desse povo ordeiro e lutador, seus ensinamentos ultrapassarão as gerações e se eternizarão nas escritas da história dos grandes mato-grossenses.

Quero prestar essa homenagem a pedido do meu coração de Poxorense distante, porém com a imaginação sempre presente nos grandes feitos de Dona Josélia.

Sinto que os grandes escritores de nossa terra se engalanam para falar de sua pessoa, seus feitos e sua luta incansáveis, pelo progresso de Poxoréu.

Parabéns sempre, para senhora eu tiro o chapéu e reverencio.

Que Deus a abençoe muito com saúde e muitos anos ainda, caminhando pelas páginas da história de nosso povo e, deixando rastros perfumados de poesia, amor e doação às grandes causas defendidas por mulheres maravilhosas como a senhora.

Conte sempre com o carinho e oração do Aurélio Miranda e família.

Beijo!

Homenagem a Josélia Porto de Bragança

UPE: 2010
Em pé: Dr. João Batista Cavalcante, Dr. Enir Arge Conceição,
Prof. Edinaldo Pereira de Souza, Prof. Gaudêncio Filho Rosa de Amorim,
Prof. Luiz Carlos Ferreira, Prof. Genivá Bezerra e Garibaldi Toledo de Moraes.
Sentados: Dr. Izaias Resplandes de Sousa, Cantor Amorésio Souza Silva,
Zenaide Farias de Mendonça, Profª. Josélia Porto de Bragança Neves da Silva
e Prof. e Comendador João de Sousa.
A UPE prestou homenagem neste dia 18 de outubro de 2010 à upenina Josélia Porto de Bragança Neves da Silva, que nesta data colheu mais uma flor no jardim de sua existência. A solenidade aconteceu na sede do Sindicato ASSEMP e contou com a participação dos upeninos e diversos amigos da comunidade.




Após as falas dos convidados e dos upeninos, a homenageada agradeceu o carinho de cada um dos que estiveram presentes na solenidade.






O Upenino Izaias Resplandes de Sousa escreveu um poema intitulado "Josélia", ressaltando a geração 18 de outubro, data da festividade, da qual faz parte a ilustre homenageada. Lembrou que todos haveremos de partir um dia, mas o passado glorioso de Jisélia será sempre lembrado e decantado pelos upeninos como uma ditosa lembrança.




Ao final foi oferecido um almoço pela entidade, aos convidados e à homenageada.



Os cantores Amorésio Sousa Silva, Edinaldo Pereira de Souza, João Batista Cavalcante alegraram a manhã com suas vozes de ouro, sempre acompanhados pela homenageada, cuja maior alegria é poder cantar e ser feliz, como já dizia o Gonzaguinha.




A Secretária de Turismo Theodomira Alves de Oliveira Lima e Souza, parceira da UPE na Comenda Pó-Ceréu e no Recital de Poesias que aconteceu nos dias 16 e 17 de outubro de 2010 falou de sua alegria em estar presente nessa homenagem a Dona Josélia, lembrando que foi muito beneficiada pela médica que é filha da homenageada. Exaltou o trabalho da UPE, no sentido de não deixar a cultura morrer, dizendo que essa luta precisa continuar sempre e que se alegra de poder participar dessa UNIÃO em defesa da arte e da cultura.

O Upenino Luiz Carlos Ferreira, além de homenagear a aniversariante, também falou de suas indicações para homenagear a Profª Tereza Morbeck e a Comunidade Italiana com nomes de ruas, o que deverá acontecer na próxima segunda-feira, pela Câmara Municipal. Sugeriu que Dona Neusa, esposa de Seu Serafim seja uma das homenageadas do próximo ano com a Comenda Pó-Cereu.

sábado, 16 de outubro de 2010

Josélia

Lourdes e Izaias Resplandes, Amorésio e Josélia Porto de Bragança,
ao final do Recital de Poesias, em 17 de outubro de 2010.


(Por Izaias Resplandes)

Josélia Porto de Bragança Alves Neves...
És soteropolitana de berço, goiana de formação,
E em amor, eis tu que nada deves
A Poxoréu, que amas de coração.


O dezoito de outubro trouxe fama ao Brasil.
Com Padre Manoel de Nóbrega, jesuíta de valor,
Pioneiro educador deste país varonil;
Também Benjamin Constant, militar reformador,
Co-fundador da República, guerreiro desses confins
E o pequeno Grande Othelo, cantor e compositor,
Que escreveu a “Praça Onze”, com Herivelto Martins,
E fez filmes de sucesso e com arte interpretou
É vitrine do Brasil que ainda nele se espelha.
Mas entre o Fulano e o Beltrano e o Sicrano Povaréu
Também nascestes, Josélia!
Um presente da Bahia, em legado a Poxoréu.

No ano de seu nascimento,
O Esporte Clube Bahia, um time conquistador,
Primeiro campeão brasileiro, nos idos anos sessenta,
Sua glória coroou, campeão em Salvador.
E ainda no mesmo ano,
O Pau Elétrico, ancestral da guitarra,
A Adolfo Dodô Nascimento,
Que do braço de um cavaquinho
O instrumento inventara,
Dá-lhe a glória com carinho.

Dezoito de outubro, afinal
É dia mui concorrido
Pois é tanto personagem
Nesse dia nascido.
É dedicado ao estivador, A Cernunnos – o celta, que da natureza é senhor;
Ao médico e ao pintor
E a São Lucas, o evangelista doutor.
Mas esse é também o dia
De cantar p’ra ti, Josélia
Uma alegre melodia
Em agradecimento a Deus
Por sua linda companhia.

Como a “Praça Onze”, de Herivelto e Othelo,
Um dia tu também hás de partir,
Ainda que seu passado seja tão belo
E mui grande seja o nosso sentir.
Mas então, amiga, esteja onde estiver,
Guarda contigo essa recordação
Que seus amigos da UPE, os seus confrades de fé.
Nesta data tão querida, lhe fazem de coração.
Outras companhias, com certeza nós teremos
Mas teu passado, oh, Josélia de Bragança,
Para sempre cantaremos
Em uma ditosa lembrança.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O salto do Gaudêncio

Izaias Resplandes, às margens do Rio Coité (braço direito). No lado
direito da foto está a Ilha do Coité. Ao fundo da ilha tem
início o Rio Poxoréu, resultando da junção dos Rios
Coité e Poxoreuzinho.


(Por Izaias Resplandes)

Que salto deu o Gaudêncio,
Da ponte do Rio Coité.
Ele nem pestanejou
Pulou e caiu de pé.
Á água se levantou
Fez uma ola legal
E a turma toda gritou:
De novo! Sensacional!

A reprise veio em dupla,
Com Gaudêncio e Clara Lúcia:
Sessentas e mais sessentas,
Foi uma grande massúscia.
O rio quase ficou seco,
No local da aterrissagem,
Com água por todo lado
Modificando a paisagem.

E a galera de baixo
Assistindo com atenção,
Aproveitando a onda
Fez uma nova ovação:
Ôôôôôô...baaaaaa...
De novo! De novo!
O Gaudêncio vai saltar,
Aproveeeita, meu povo!

Aproveita que é maravilhoso!
A Ilha do Coité,
É um lugar muito gostoso,
Dá até pra ir a pé.
Se lá você quiser ir,
Passar um fim de semana.
Vale a pena conferir.
É um lugar muito bacana!

domingo, 3 de outubro de 2010

O BREGA.


LUIS CARLOS FERREIRA

O Brega É
Bonito E Bom;
Requintado E Refinado;
Especial... Educado...
Gostoso De Se Ver, Ouvir, Comer, Sentir... Cheirar.
Aquilo Que A Elegância Elegeu Para Mostrar.

Breguice Não É Mesmice.
Recordações Pode Ser...
Enobrecendo O Passado,
Guardando Cada Momento,
Unindo O Que Alguém Disse
Inteiramente Ao Presente.
Cada Instante... Cada Gesto,
Em Breguice Se Transforma.

Comparar Brega Com Cafona
A Gente Só Encontra Em Dicionários.
Fora Isso, É Coisa De Inculto – De Otário
O Pensar Distorcido Sobre Brega E Breguice.
Não Importa, Entretanto, O Que Pensam – O Que Dizem
A Despeito Do Brega E Da Breguice – Pois Tudo Isso É Tolice.

Cada Fala Que Saem Falando,
Aumenta Mais A Popularidade,
Fomenta Mais O Prazer De Ser
O Brega Mais Requintado...
Nada – Nem Ninguém – Poderá Deter,
Interferir, Ou Barrar O Sucesso Brega.
Cada Instante, Ele Só Faz Crescer
E Por Nada Se Entrega.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

CANTO UFANO POR POXORÉU


Edinaldo Pereira


Deus te salve, minha terra
Adornada de vales e serras
Entrecortada de rios
Sacrossanto berço de homens bravios
Sequiosos das riquezas que encerras
Trabalhadores sem o menor fastio

Deus vos salve, garimpeiros
Que trabalhais os dias inteiros
E hoje ainda mais do que antes
À cata das pedras mais brilhantes
Com que sonharam os pioneiros:
Os inconquistáveis diamantes

Nos monchões e nos matames
Grupiaras e bicames
Nas dragas e lavadores
Mariquinhas e motores
Em prospecções e exames
Labutam esses senhores

Poxoréu de belos horizontes
De belas cascatas e belas fontes
Da gente aguerrida e hospitaleira
Que vive a boa vida à sua maneira
À luz do Sol e à sombra dos montes
No rebuliço das águas de tantas cachoeiras

Poxoréu dos versos dos seus escritores
Das rimas cadenciadas dos trovadores
Das imagens, pintadas em tantas telas
Ou em fotografias, ou aquarelas
Das composições de seus cantores
Das missas celebradas em suas capelas

A fé irrestrita no seu padroeiro
O Profeta-Batista, mártir cristão primeiro
A quem se dedica de forma tradicional
Dez dias de concorrido festejo anual
Com leilões e ditos jocosos dos leiloeiros
Na Praça da Matriz, o consagrado local

Há ainda crença nas preces das benzedeiras
E na alquimia antiga das raizeiras
O carro-de-boi já não range mais
Ícone de antanho que ficou para trás
Nas pragas rogadas pelas macumbeiras
Que (um dia) roubar-se-ia o carro aos animais

Relendo nos alfarrábios históricos
Os discursos laudatórios e retóricos
Gritados na praça com voz retumbante
Por políticos que dos de hoje eram mais elegantes
Em ambientes também bem mais pictóricos
Conclui-se que o agora é a deformidade do antes

Poxoréu do conflito Morbeck-Carvalhinho
Do prefeito primeiro, Coronel Luizinho
Do incêndio em São Pedro, noite de horror
Da ação de Júlio Muller, o sábio interventor
Dos bamburros na Raizinha, Cambaúva e Corguinho
Da Voz Social e Tarquínio, o primeiro locutor

A gafieira festiva na saudosa Rua Bahia
Onde as festas só terminavam com o raiar do dia
Nos cabarés repletos de tantas prostitutas
Ou “primas”, “mulheres da vida” ou, simplesmente, “putas”
Que enchiam o fim de semana de alegria
De quem passou os outros dias em desumana labuta

Cachaça no Bar da Esquina, bilhar no Sinucão
Baile no Diamante Clube, rock e luz lá no Chopão
Nos domingos, futebol no estádio Diamante Verde
Com batucada saudando mais uma bola na rede
Depois do jogo era festa, sempre houve comemoração
Isso nos anos que longe vão: ficaram apenas as paredes

Na saúde, Dr. João, Dr. Nivaldo e Amarílio
Na Rádio Cultura, Benacyr, Edízio e Fraga Filho
Na Política, Sindolfo, Chico Baio e Rochinha
E as mulheres, Irmã Zoé, Dona Mirú e Dona Filinha
Na maçonaria, Moisés, Zezé Coutinho e Teodomiro
No esporte, Protázio, Antônio Calino e Paulo Pina

Atrás dessa lista, escondem-se tantos anônimos
Que de trabalho e dignidade são exemplos e sinônimos
O velho cego que buscava a água da Biquinha
O velho Berto e Tomázia, a professora Lasinha
E tantos outros que a história registra apenas os pseudônimos
Canguçu, Pereirão, Bicanca, Pedro Pinga e Zuzinha

É impossível resumir toda a glória destes sertões
E todas as personagens que pisaram o chão destes rincões
Eis a Minha Terra, estrela há muito caída do céu
Que, por mais que o poeta tente, não cabe toda no papel
Terra que dos filhos faz bater forte os corações
A eterna Capital dos Diamantes, minha Doce Poxoréu!