sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

DO AMOR QUE NEM SEMPRE RIMA


O amor dizia, como quem sabia de tudo, que tudo tomava
Não buscava, jamais, formas de se fixar
Ele era como um bom ladrão
Que tomava tudo e depois saia.

O amor, com sorriso o rosto, dizia que tudo fazia
Especialmente as pessoas chorar
Ah! Disso ele, sorrindo, se orgulhava
Ele se orgulhava de não se permitir amar.

O amor, pretensioso, dizia que tudo era
Até o ar que estamos a respirar
Pobre e besta desse narcísico amor
Não percebe que somos nós que o estamos a matar.

Wallace Rodolfo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Saudades do Pé da Serra

Saudades do Pé da Serra

É sempre bom voltar ao Pé da Serra,
Para rever alguém que te queira bem,
Ou matar a saudade que o peito encerra,
Ou mesmo fazer pamonhas, também.

Também gostaria de estar aí
Enchendo meus olhos nessas paisagens
Que outras iguais eu nunca vi
Mesmo nas mais distantes pairagens.

Mas em breve, quando aí for
Matar as saudades que tenho de ti,
Saberá que tenho um grande amor
Guardado em peito apenas para ti.

Izaias Resplandes

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

DO RISCO DO QUERER TUDO ENTENDER


O moço, naquele momento, decidiu começar a caminhar...
E começou a pensar sobre o que seria mais importante:
O ponto de partida da sua caminhada?
O ponto final de toda jornada?
Ou o caminho trôpego andado?

Ficou a pensar por muito tempo nisso
Aquele moço com tristeza no olhar
Aquele moço com triste falar
Aquele moço com lento respirar...
Ficou pensando tanto nisso
Que jamais começou a caminhar.


Wallace Rodolfo

(Aproveito e convido a visitarem meu blog http://wallacerodolfo.blogspot.com