sábado, 22 de setembro de 2018

Dia de eleição

Dia de eleição
Izaias Resplandes

 Para nós, evangélicos, o domingo é o dia do Senhor. Após ter sido morto numa sexta-feira, três dias depois, Jesus ressuscita e é visto outra vez entre os seus discípulos (Jo 20:1-20). Renascia a esperança, a fé e a confiança de que tudo o que ele dissera antes e cuja realização ficara em suspenso por causa de sua morte, realmente fosse a verdade e que, de fato, viesse a acontecer como ele prometera (Jo 14:1-6, entre outras passagens). Domingo foi o dia da vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a morte. E por isso, desde então, a Igreja reserva o domingo para as suas principais atividades cristãs. Domingo é dia de Escola Dominical, de celebrar a Ceia do Senhor e de evangelizar o mundo (At 2:42). Domingo, é o dia do Senhor. Aleluia! Mas agora, de acordo com a legislação vigente, o domingo, também, será o dia de eleição, o dia em que o povo brasileiro demonstrará o seu compromisso com a Nação, escolhendo as pessoas mais responsáveis, mais comprometidas e com as melhores propostas para governar o território brasileiro (Ex 18:21-22). E nós, os evangélicos, embora entendamos que devemos nos envolver o mínimo possível nesse processo, também estaremos participando desse ato de civismo coletivo, em cumprimento às determinações da Palavra de Deus (1 Pe 2:13-17; Rm 13:1-5).

Existem várias posições entre os evangélicos a respeito de nossa participação na política. Existem alguns grupos mais radicais que nem sequer comparecem para votar, sujeitando-se ao pagamento da pequena multa imposta aos negligentes. Outros, apenas votam. E outros, apóiam o envolvimento total no processo, inclusive com o lançamento de candidaturas aos cargos eletivos. Dentro dessa polissemia e considerando que todos mostrarão uma base escriturística para a sua posição, o que entendemos é que cada fiel deve orientar-se de acordo com o posicionamento coletivo de seu grupo, porque antes de qualquer outra atitude, devemos ser unidos e não divididos (1 C 1:10; Sl 133:1; Ef 4:3).
A escolha dos candidatos para os quais vamos votar é também um ponto de suma importância. Vale a orientação de Jetro, sogro de Moisés (Ex 18:21-22). Devemos escolher “homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza”.  O comportamento partidarista deve ser radicalmente evitado (Fp 2:3). Não devemos votar no candidato Fulano de Tal simplesmente porque ele é do Partido Tal. Embora seja importante observar o grupo partidário do candidato escolhido, já que também fará parte da base do eleito, nós devemos escolher aqueles que preencham as recomendações divinas. Devemos lembrar que ficaremos sujeitos às determinações dos eleitos. Teremos que obedecer suas leis, decretos, resoluções etc. Nesse sentido, devemos votar em alguém que ordene atos e comportamentos de acordo com a Palavra de Deus, à qual devemos a obediência primeira. Vejamos um exemplo histórico de como deve ser o nosso comportamento em relação à escolha dos governantes.
Quando o povo de Israel pediu um rei a Samuel, ele não se agradou da idéia, mas levou o caso à presença de Deus e foi orientado sobre como deveria proceder. As recomendações estão em 1 Sm 8 e ainda são válidas para os nossos dias. Elas alertam para os direitos que os governantes têm sobre o povo.
Todos os candidatos, depois de eleitos, serão um fardo para o povo carregar. Eles estarão investidos não somente de um mandato terreno, mas também de um mandato divino. Jesus, o Rei dos Reis, deve ser um modelo para a nossa escolha. E Ele disse que o seu fardo é leve (Mt 11:30). A boa escolha, por conseguinte deve recair sobre aqueles que nos submeterão a fardos mais leves e aos quais possamos suportar.
Finalmente, é importante sabermos que a nossa participação no processo eleitoral não se limita apenas à votação em si. Somos orientados a pagar tributos (Rm 13:6) e a acompanhar o trabalho das autoridades e a orar por elas. Dentre os vários motivos para tais atitudes, o apóstolo Paulo diz que devemos orar “em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranqüila e mansa” (1 Tm 2:1-2). E o apóstolo Pedro complementa o assunto, dizendo que “assim é a vontade de Deus” (1 Pe 215).
Concluímos, portanto, que, embora evangélicos e submissos à Palavra de Deus, devemos cumprir com os nossos deveres de cidadãos deste País e participarmos, responsavelmente, do processo eleitoral que estará acontecendo no mês de Outubro, no primeiro domingo, dia do Senhor elegendo os nossos novos representantes políticos. Que Deus nos ilumine para que possamos escolher os candidatos que preencham os critérios estabelecidos na Palavra de Deus.

Izaias Resplandes de Sousa é membro da Igreja Evangélica Neo-Testamentária de Poxoréu, MT.

domingo, 16 de setembro de 2018

O homem corrupto


O homem corrupto

Izaias Resplandes de Sousa

“Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”. Bezerra da Silva.
A grande maioria cristã do povo brasileiro afirma que, dentre os seres humanos de todos os tempos, somente Jesus conseguiu se livrar da corrupção. É nessa mesma linha de pensamento que o cantor Bezerra da Silva defende a sua tese, cada dia mais atual, dizendo que: “se gritar, pega ladrão, não fica um, meu irmão”.
É, Bezerra... Você sempre esteve certo. Não é de hoje que não fica um. Já faz tempo que isso vem acontecendo. Pode ser que tudo começou com a corrupção de Adão e Eva, lá no Jardim do Éden, quando deram ouvidos ao maldito Satanás. No entanto, verdade seja dita, a tal corrupção não ficou por lá. A análise paulina mostra que ela continuou se desenvolvendo e promovendo a morte da perfeição em todos os níveis. O apóstolo Paulo afirma que “a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão”. Romanos 5:14.
É de registrar também que, logo após o dilúvio, o Senhor Deus, aspirando o cheiro suave de um sacrifício que Noé lhe fizera, fez a seguinte proclamação: “Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz”. Gênesis 8:21.
Infelizmente, meus queridos, na avaliação de Deus, o homem se fizera mau e desesperadamente corrupto. Destruí-lo não acabaria com a sua corruptibilidade. O profeta Jeremias registra essa ideia, dizendo que “o coração é algo de muito enganador, e desesperadamente mau. Ninguém sabe na realidade como ele é ruim! Só o Senhor o sabe! Porque ele é quem pesquisa todos os corações e examina as intenções mais profundas, de forma a poder dar a cada um a recompensa que merece, de acordo com as suas acções, com o modo como vive”. Jeremias 17:9.
É de lembrar, também, um episódio bíblico de corrupção que envolveu o Senhor da Perfeição, exigindo que Ele manifestasse um juízo de valor em relação a uma pessoa que havia cometido um grave delito, o qual, segundo a lei, deveria ser punido com a pena de morte por apedrejamento.
Era um caso de adultério, que na época do Império Romano, tinha essa pena extremamente pesada entre os judeus.
Aliás, já que estamos abordando a corrupção do homem no Brasil, é de citar que até 2005, o adultério no Brasil, ainda era tipificado como crime, no art. 240 do Código Penal Brasileiro, o qual estabelecia a pena de detenção de 15 dias a 6 meses para os infratores, réu e có-réu.
A lei penal brasileira dizia que era caso de cadeia. Mas nós sabemos que, provavelmente, apenas alguns coitados devem ter ido parar atrás das grades por conta de tal violação.
O adultério consistia na degradação do casamento, a instituição da qual Deus havia dito para que nenhum homem pusesse fim, dizendo: “o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Marcos 10:9.
Mas, infelizmente, a opção do homem foi promover a corrupção lei de Deus. E assim, o homem mudou a lei de Deus pela sua própria lei. Moisés, certamente pressionado pela sociedade corrupta de sua época trouxe a primeira legalização da separação, permitindo que um homem repudiasse a sua mulher, dando-lhe carta de divórcio. Coitado de Moisés! Sua carga realmente não foi nada leve. Quantas pessoas devem tê-lo chamado de corrupto por conta dessa lei.
É de dizer, aliás, que até os dias de Jesus essa polêmica sobre a lei de Moisés ainda não estava elucidada. E o caso veio a Jesus, nosso Senhor e Mestre por alguns fariseus. Eis o diálogo desse encontro: “E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher? Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés? E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento; porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Marcos 10:2-9.
A questão, no entanto, não parou ali, pois os discípulos queriam saber mais. E assim, a conversa continua, nesses termos, conforme o relato de Marcos: “E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo. E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera”. Marcos 10:10-12.
 Jesus fechou a conta e passou a régua. Não importavam as mudanças feitas pelo homem; não importavam as suas corrupções da lei de Deus. Aquele que se casasse uma vez, para sempre estaria casado. Poderia até separar, mas se casasse de novo cometeria adultério.
No entanto, para que cometesse adultério, a pessoa não precisaria se separar de seu cônjuge e se casar de novo. A coisa era muito mais sensível do que parecia imaginar. Assim disse Jesus: “As leis de Moisés diziam: Não cometas adultério. Eu porém, digo: qualquer que olhar para uma mulher com cobiça, já cometeu adultério com ela no seu coração”. Mateus 5:27.
Pois bem, meus queridos… As pessoas não estavam apenas interessadas na separação de corpos. As pessoas queriam trocar de parceiros, queriam se casar de novo. E por isso as leis do divórcio foram criadas. Tais leis se constituem na corrupção das leis de Deus acerca do casamento. Mas, como sempre me dizia um amigo: “Tá tudo bem!”
Sim, para os homens corruptos está tudo bem. Mas, para quem é verdadeiramente cristão e não um cristão corrompido, não está nada bem. Podemos até não fazer guerra aberta e declarada em relação a isso. Podemos até atuar com calma, paciência e tolerância, mas isso não significa que devemos ser propagadores da corrupção como uma coisa normal.
Mas, antes que alguém venha me dizer que esse não era o nosso assunto, vamos voltar ao trato principal e não apenas a uma de suas vertentes. Antes, porém, é preciso destacar uma notícia alarmante sobre os números do divórcio no Brasil. Assim registrou o site G1, em 30/11/2011, divulgando pesquisa do IBGE: “A taxa geral de divórcio no país atingiu seu maior valor, de 1,8 por mil habitantes no ano de 2010 entre pessoas de 20 anos ou mais, segundo o instituto. Em 2007, a possibilidade do divórcio por via administrativa também impulsionou o crescimento da taxa, avaliou o instituto. Segundo o IBGE, foram registrados no ano passado 243.224 divórcios, por meio de processos judiciais ou escrituras públicas, e as separações totalizaram 67.623 processos ou escrituras”. E quatro anos depois, outra notícia ainda mais alarmante aponta: “o Brasil registrou 341,1 mil divórcios em 2014, ante 130,5 mil registros em 2004. É um salto de 161,4% em dez anos. O dado está presente na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2014, divulgada nesta segunda-feira (30/11/2015) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”.
 É de lembrar que os corruptos não estão somente fora das igrejas, mas que, também, as nossas igrejas cristãs estão cheias de corruptos, não somente da instituição do casamento, mas de toda espécie. E nós achamos tudo isso perfeitamente normal. No entanto… Vamos dar um tempo e generalizar a nossa exposição.
E então, como eu dizia… Uma mulher judia fora pega em adultério pelos homens daquele tempo. E eles vieram com ela a Jesus, cheios de sua falsa moralidade, para testá-lo e o informaram do fato. Então, o Mestre em sua profunda sabedoria disse o seguinte: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”. João 8:7.
Pois é, meu irmão… Aquele que estiver sem pecado que atire pedra contra a corrupta!
E então aqueles acusadores foram saindo de fininho, um por um, até não ficar nenhum. Todos eram corruptos. Todos tinham culpa no cartório. E então Jesus perguntou àquela mulher que corrompera a sagrada legislação do Estado Teocrático Israelita: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais”. João 8:10,11.
E então, meu irmão?
E então! Ora, e então! E então... Nós chegamos em 2018, o ano eleitoral da pureza, por excelência. Parafraseando o Cão telefonista dos desenhos do Pica-Pau, eu diria que em meus sessenta anos de existência “nessa indústria vital, essa é a primeira vez” que vi um volume tão extraordinariamente concentrado de santidade, ou de hipocrisia, como se vê nestes dias.
Que coisa, não é! Parece que a grande maioria do povo brasileiro finalmente chegou a um estágio de pureza tal que lhe permite sair atirando pedras para todo lado, mas principalmente contra o tal Partido dos Trabalhadores (PT), como se a corrupção em nossos dias fosse uma coisa extraordinária e não a coisa mais corriqueira.
É de observar que a Bíblia, na pessoa do apóstolo Paulo faz uma completa varredura na personalidade do ser humano. Assim diz o escritor: “Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma, pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado; como está escrito: não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos”. Romanos 3:9-18.
Esse é o retrato divino do homem: totalmente, desesperadamente, tristemente corrupto. E é de dizer que esse apóstolo, que terminou sua vida por ordem de uma autoridade extremamente corrupta, o Imperador Nero, a quem ele pedia orações, nunca se julgou melhor ou mais excelente do que os outros, como está acontecendo com a sociedade corrupta de nossos dias, Enquanto esta se acha no direito de atirar pedras nos corruptos da política petista, Paulo fazia seu ato de contrição, o seu “mea culpa”, dizendo ao jovem Timóteo: “Eis uma verdade inegável e que todo o mundo deve aceitar: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores; e eu considero-me o pior de todos”. 1 Timóteo 1:15.
Sabe, meus queridos. Nós estamos perdendo a nossa consciência divina, para uma ideia maligna, de que eu sou bom, eu sou o cara, o resto do mundo é que está perdido, principalmente a corja petista que vem assolando o Brasil com a sua ignominiosa política.
Do lixeiro ao doutor… Todos estão indignados com a corrupção
no Brasil. É um absurdo o que se vê! Todos os políticos do PT se corromperam. Até o Presidente Lula! Meeeu Deeeus!
É uma “coisa horrorosa!”, diria o humorista Agildo Ribeiro, na pessoa de seu personagem, o professor Aquiles Arquelau de “O Planeta dos Homens” (Rede Globo, 1976), se ainda estivesse vivo entre nós.

O caso é realmente sério. Certo candidato a presidente do Brasil faz campanha dizendo ao eleitor: “abra o olho!”. E acho pertinente a mensagem desse candidato corrupto (que não é diferente de nenhum dos outros e nem mesmo de mim ou de você, que não somos mais excelentes do que ninguém, como diz o apóstolo Paulo). É preciso abrirmos os olhos para ver, de fato, quem é mais corrupto do que quem. É preciso abrirmos os nossos olhos, para que possamos ver, “porque [segundo a Bíblia] todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. Romanos 3:23.
Todos nós nos corrompemos nos mais diversos sentidos. E antes de querermos atirar pedras nos outros é preciso resolvermos o nosso problema.
Assim diz a Bíblia: Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Mateus 7:1-5.
Se alguém me disser que não temos nenhum partido que presta, eu concordo plenamente.
Se alguém me disser que, infelizmente, todos nós, inclusive eu eu e você, somos corruptos “a começar pelos cabelos, à ponta do dedão dos pés”, usando a frase de Roberto Carlos, eu concordo plenamente.
Não tenho dúvidas em dizer, em se tratando de ser o bom, até o idolatrado representante da jovem guarda Eduardo Araújo estava errado quando fazia seu auto retrato na música “O Bom”. Ele dizia: “Eu sou o bom, entre os Dez Mais”. Poderia até concordar se ele dissesse que era capaz de fazer boas coisas, apesar ser um cara mau, muito mau.
A Banda Little Quail, formada  em 1988, por Gabriel Thomaz, Zé Ovo e Bacalhau tem uma mensagem muito mais verdadeira a respeito do homem. Em sua músia “Mau-mau” eles antam o ser humano assim: “Ele é um mau caráter, mentiroso. Ele é um cara mau. Muito mau. Muito, muito mau, mau. Ele é um traiçoeiro, interesseiro. É um canalha. E ele é mau. Muito mau. Muito, muito mau, mau”.
Falando em homens corruptos e maus fazerem boas coisas, cremos que isso, apesar difícil, mas é possível. Essa foi, inclusive, a avaliação do Senhor Jesus sobre o ser humano. Primeiro ele disse: “Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca. O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más”. Mateus 12:34,35.
E então, em outra conversa Jesus complementa: “Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” Mateus 7:9-11.
É de dizer que o ponto chave desta dissertação é justamente a possibilidade de que uma pessoa corrupta possa fazer algumas coisas boas para os que necessitam. Se nós não acreditarmos nisso, então estaríamos decretando a falência total de sobrevivência e de salvação do ser humano, que é mau, corrupto e egoísta por natureza, como já dizia Thomas Hobbes em sua obra clássica “O Leviatã”, quando trata da guerra social de todos contra todos pela posse dos escassos bens de consumo necessários à sobrevivência humana.
Ninguém se engane. O ser humano é mau por natureza. Apesar disso, pode fazer boas coisas.
O homem ainda tem dentro de si, a centelha divina do Criador, a qual pode despertá-lo a abrir mão, ainda que em pequena escala, de seu egoísmo, egocentrismo, individualismo e outros ismos dessa natureza. Apesar de, acima de tudo, o homem pensar primeiro em si mesmo, ainda é possível que o homem consiga amar ao seu próximo, que é a pessoa que precisa de ajuda, porque leva uma vida sofrida e às vezes, miserável mesmo; pessoas pobres, mas até mesmo pessoas mais que pobres, que vivem abaixo da linha de pobreza, no nível que se costuma qualificar como miséria.
As pessoas de posses, de bens e que têm riquezas… Essas pessoas conseguem sobreviver. Mas há muitos que somente vivem porque, são socorridos por pessoas que, apesar de más, abrem mão de parte de seus bens em favor de tais desprevenidos, a fim de que possam viver em paz, em seus deleites e prazeres.
A Bíblia conta uma história de ajuda que vale a pena conhecer. Ei-la: “E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom. E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada. Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me! Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos. E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores. Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas. E desde aquela hora a sua filha ficou sã”. Mateus 15:21-28.
Há muitos “cachorrinhos” no Brasil, que dependem das “migalhas que caem das mesas de seus senhores” para sobreviverem. É por eles que Jesus: Ah, “se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis os inocentes”. Mateus 12:7.
A população brasileira foi estimada em 208,5 milhões de habitantes, conforme divulgado nesta quarta-feira (29/08/2018) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o Jornal Valor Econômico, pesquisa divulgada pelo IBGE em 11/04/2018, através de dados da PNAD Contínua, o número de pessoas em situação de extrema pobreza no país passou de 13,34 milhões em 2016, para 14,83 milhões, em 2017. Assim, 1,49 milhão de pessoas a mais caíram na miséria brasileira no último ano. A pesquisa considerou como miserável aquele que vivia em 2017 com uma renda inferior a R$ 136,00 por mês.
De 2003 até 2012, o número de miseráveis vivendo no Brasil vinha. Assim registra o site G1.COM (05/11/2014): “Após uma década de queda na miséria, o número de brasileiros em condição de extrema pobreza voltou a subir em 2013. O país tinha 10,08 milhões de miseráveis em 2012, contra 10,45 milhões um ano depois, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O aumento é de 3,7%.”
O número de pobres, no Brasil, também diminuiu. Ainda segundo o G1.COM, em 05/11/2014: “Nos últimos dez anos, o número de pobres também vem caindo. Desde 2003, último ano em que a pobreza subiu, para 61,81 milhões, pelo cálculo o Ipea, a quantidade de pessoas nesta faixa regrediu 53%”.
Por outro lado, vejamos uma notícia mais recente. A Revista Veja (15/12/2017) registrou o seguinte: “Um quarto da população, ou 52,168 milhões de brasileiros, estava abaixo da linha de pobreza do Banco Mundial em 2016, ano mais agudo da recessão. Esse é o total de brasileiros que vive com menos de 5,50 dólares (18,24 reais) por dia, equivalente a uma renda mensal de 387,07 reais por pessoa em valores de 2016. Os dados, da Síntese de Indicadores Sociais 2017, foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”
A renda brasileira tem uma distribuição bastante irregular. Segundo registros do UOL/Folha de São Paulo, “em 2017, uma minoria mais rica formada por 10% dos brasileiros detinha 43,3% da renda total do país. Na outra ponta, os 10% mais pobres detinham apenas 0,7% da renda total. Considerando apenas os 1% que ficam no topo, a renda média foi de R$ 27.213,00 por mês, correspondente a 36,1 vezes a média recebida pela metade mais pobre da população, que ganhava R$ 754,00 por mês. A desigualdade é maior no Nordeste (44,9 vezes) e menor que no Sul (25 vezes)”.
Segundo o IBGE, “metade da população brasileira vive com menos de um salário mínimo” (O DIA, 29/11/2017).
É de registrar que existem muitas pessoas insensíveis à situação de miserabilidade e pobreza do povo brasileiro e que defendem políticas públicas que favoreçam o enriquecimento da metade mais rica da população, ou mesmo daqueles 1% super ricos que estão no topo da pirâmide social e que vivem completamente isolados das consequências dessa distribuição injusta da renda brasileira.
A função social do governo é equilibrar as coisas e garantir um padrão mínimo de desigualdade. No entanto, a história brasileira não tem grandes registros nesse sentido. É inegável que o ex-presidente Lula foi um dos governantes do Brasil que mais se preocupou com essa questão, fato que levou o povo brasileiro, em pesquisa realizada pela CNI/IBOPE (09/2017), como o melhor presidente que o Brasil já teve.
Segundo a pesquisa realizada pelo CNI/IBOPE (setembro de 2017), os presidentes da Nova República terminaram seus mandatos com os seguintes percentuais de aprovação de suas gestões: José Sarney: 9%; Fernando Collor de Mello: 12%; Itamar Franco: 46%; Fernando Henrique Cardoso: 40% (1º mandato); 22% (2º mandato); Lula: 57% (1º mandato); 80% (2º mandato); Dilma Rousseff: 63%  (1º mandato); 10% (2º mandato); e, Michel Temer: 3%.
É de destacar que, em nenhum momento estamos dizendo que o Presidente Lula é perfeito. De modo algum. Ele e todos os demais que já ocuparam a Presidência se corromperam em seus ideais, em suas crenças, fazendo alianças e tudo o mais que puderam para conseguir governar. A democracia não é o governo de um, mas o governo do entendimento e dos acordos. No regime democrático é impossível prevalecer a vontade individual. E, por conta disso, todos os que chegam ao topo, são obrigados a se corromper e a se ajustar às regras do jogo.
Em uma análise macro, governantes e governados sempre se corromperam. Os eleitores, ao escolherem seus representantes, nem sempre se pautam pelo pensamento na maioria, mas, normalmente pelos seus interesses pessoais e, às vezes de grupos. Não é por acaso que vemos as chamadas bancadas ruralista, evangélica, da Bola, mineira, nordestina, saúde, sindical, bala, empreiteiras e construtoras, etc.. Os eleitos representam os grupos minoritários que atuam nos bastidores de suas campanhas políticas.
O Brasil não tem representantes dos pobres. O povo pobre sempre foi massa de manobra dos poderosos de cada lugar. O Partido dos Trabalhadores, ao conduzir o Presidente Lula ao topo do governo brasileiro, por duas vezes, começou a alterar a paisagem social do Brasil. As estatísticas e pesquisas realizadas pelo IBOPE, IPEA, IBGE, CNI e tantos outros órgãos e entidades que fazem esse trabalho demonstraram esse retrato que hoje se pretende ignorar, como se a história pudesse ser mudada.
No Brasil petista, a desigualdade diminuiu. Os pobres excluídos, as etnias marginalizadas, os gêneros ignorados, as crianças, as mulheres, os negros, os índios, os idosos, os portadores de necessidades especiais, os jovens trabalhadores, os estudantes… Todos passaram a ser tratados com dignidade. Passaram a existir. Passaram a ter renda,  moradia, tecnologia, oportunidades de estudar, trabalhar e competir com menos desigualdade.
Sei que muitos ainda pensam como o Deputado Justo Veríssimo, personagem criado pelo humorista Chico Anísio e diriam com ele: “Na Corruptolândia, capital Corruptília, não haverá honestidade, logo não haverá pobres, pois pobre é que tem mania de ser honesto, assim como honesto tem a desgraça de ser pobre. E eu quero que pobre se exploda!”
Me desculpem os ricos, os que estão por cima da carne seca, os que ainda não se compungiram com a dor dos excluídos do Brasil, os que preferem jogar na banda da minoria que tem poder de barganha, me desculpem todos os que pensam o contrário de mim. No entanto, não posso me calar. Mesmo que professor aposentado, mesmo que dirigente de igreja pequena, mesmo que pai de poucos filhos, mesmo que morador de cidade do interior, mesmo que escritor de poucos livros, sou uma pessoa que sentimentos circulando nas veias. E se tiver que tomar um partido, prefiro ficar ao lado das gentes brasileiras, que hoje formam 99% da população do Brasil, do que ao lado dos senhores multi-milionários deste país que, apesar de terem quase a metade da riqueza nacional, representam apenas 1% dos brasileiros.
Se todos os candidatos são corruptos, não há como não escolher um corrupto para governar. No entanto, sempre é possível abrir os olhos e ver quem é que, apesar de sua corrupção, foi capaz de não ficar com todo o PIB em seu poder e nas mãos de seus aliados, mas que também entendeu que não se deve desprezar os menos favorecidos e que deve lhes destinar uma parte do bolo, para que também possam sobreviver nesse mundo com um mínimo de dignidade.
Fiz a pesquisa, fiz a análise, fiz a reflexão. E realmente encontrei a corrupção por todo lado, entre os governantes e entre os governados. Como já falei bastante sobre os governantes, destaco algumas ações de corrupção que dificilmente ainda não foram praticadas por todos os que, ao invés de lutar para melhorar, preferem julgar os outros, para que suas próprias vergonhas possam ser disfarçadas.
Eis as principais corrupções dos menores: operar comercial e industrialmente na informalidade, sem registrar a empresa para não pagar impostos; admitir empregados para trabalhar sem registro, sem recolhimento de previdência social e outros direitos trabalhistas; ofender seus empregados a portas fechadas para que os outros não possam saber; manter caixas dois, três e até quatro; criar várias empresas para descentralizar o capital e disfarçar fortunas; comprar e vender sem nota fiscal; emprestar dinheiro a juros sem ser capitalista legalizado; manter propriedades em nomes de terceiros para evitar a penhora legal; disfarçar contabilidades para que os lucros não apareçam; enviar dinheiros e outros bens para o exterior; receber presentes de filhos que estão no exterior sem recolher os impostos; comprar acima das quotas de isenção de impostos nos países vizinhos como se fossem consumidores e depois comercializar os produtos adquiridos; comprar combustível, pneus, tecnologias, roupas e muitos outros produtos de consumo nos países vizinhos, em valores acima das quotas estabelecidas; receptar produtos importados ilegalmente; inventar declarações de trabalho fantasma para ludibriar a previdência social e obter aposentadorias; inventar despesas para receber vantagens da empresa; inventar viagens de serviços para fazer turismo; inventar planos de trabalho para se manter no poder; ter filhos para obter pensão alimentícia; abusar de empregados das mais diversas formas; manter trabalho escravo; explorar o trabalho infantil e etc, etc e etc.
Aquele que não tiver pecado, que atire a primeira pedra.
Dentre todos os políticos corruptos que estão concorrendo a presidente da República, governador do Estado, Deputado Estadual, Deputado Federal e Senador, certamente haverá alguém que não pensa apenas em si e em seu bando minoritário de corruptos, mas que também consiga pensar um pouco na maioria não menos corrupta, mas sem menos oportunidades e que hoje representa os excluídos do país.
Finalizando, apresento um resumo dos principais programas e planos de inclusão desenvolvidos pelos governos petistas de Lula e Dilma, que hoje estão execrados pela expiação da corrupção de todos nós.
1. “Bolsa-Família”.   Foi o carro-chefe dessa anarquia social. Criado em 2004 como programa de transferência de renda do Governo Federal, sob condicionalidades, pela Medida Provisória 132, de 20 de outubro de 2003, convertida em lei em 9 de janeiro de 2004, pela Lei Federal n. 10.836.
O PBF foi tecnicamente chamado de mecanismo condicional de transferência de recursos. Consistia na ajuda financeira às famílias pobres (definidas como aquelas que possuíam renda per capita de R$ 85,00 a R$ 170,00) que tinham em sua composição gestantes e crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos e extremamente pobres (com renda per capita até R$ 85,00). A contrapartida é que as famílias beneficiárias mantivessem as crianças e os adolescentes entre 6 e 17 anos com frequência na escola, fizessem o acompanhamento de saúde das gestantes e das mulheres que estivessem amamentando e que as também tivessem a vacinação em dia. O programa visava quebrar o ciclo geracional da pobreza a curto e a longo prazo através de transferências condicionadas de renda. Em outubro de 2015, o valor médio do benefício era de R$ 176,00 mensais e o menor valor, de R$ 35,00 mensais.
Foi considerado um dos principais programas de combate à pobreza do mundo, tendo sido nomeado como "um esquema anti-pobreza originado na América Latina e que estava ganhando adeptos mundo afora" pela britânica The Economist. Ainda de acordo com a publicação, os governos de todo o mundo estavam de olho no programa. O jornal francês Le Monde reportava: "O programa Bolsa Família, sobretudo com a garantia de acesso à educação, representa a melhor arma, no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, contra a pobreza.
 2. “Luz para Todos”. Foi criado em novembro de 2003 para levar energia elétrica a 10 milhões de brasileiros residentes no meio rural até o ano de 2008, e dessa forma universalizar o acesso a energia a todas as pessoas.
3. “ProUni - Programa Universidade para Todos”. Tinha por objetivo permitir o acesso de jovens de baixa renda à educação superior, por meio da concessão de bolsas de estudo, integrais ou parciais. Os beneficiados foram estudantes de cursos de graduação em instituições privadas de educação superior. As instituições precisavam aderir ao programa e recebiam, em contrapartida, isenção de alguns tributos. Os critérios de seleção eram os resultados dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o perfil socioeconômico.
4. Bolsa Atleta. Programa do Ministério do Esporte brasileiro criado em 2005, para patrocinar, individualmente, atletas e paratletas de alto rendimento em competições nacionais e internacionais de sua modalidade. Para participar, o proponente deveria cumprir os pré-requisitos, mantendo-se treinando, competindo e alcançando bons resultados nas competições qualificatórias indicadas pelas respectivas confederações. Ocasionalmente, também ocorria o acúmulo de pagamentos, no qual um atleta que obtivesse bom resultado em 2011 poderia se inscrever no programa em 2012, recebendo referente aos dois anos em 2013.
5. Programa Bolsa Verde. Foi lançado em 2011 pelo governo Dilma, como parte do programa Brasil sem Miséria, possuía como principal objetivo promover a inclusão social de populações em situação de extrema pobreza, aliando a transferência de renda a atividades de conservação ambiental.
6. Programa Brasil Carinhoso. Projeto desenvolvido pelo Governo Federal brasileiro, criado pela Lei nº 12.722/2012. Voltado para a primeira infância, foi lançado durante o governo Dilma Rousseff, integrando o Plano Brasil Sem Miséria e era composto por ações destinadas ao apoio de famílias beneficiárias do programa Bolsa Família, com crianças de até seis anos de idade, através da melhoria na educação, saúde e renda. Entre suas vertentes estava a busca pela ampliação do acesso da população de baixa renda a creches públicas ou conveniadas por meio da expansão da quantidade de matrículas de crianças de 0 a 48 meses.
Para tal, o programa repassava recursos federais às prefeituras, de acordo com o número de vagas ocupadas por crianças beneficiárias do Bolsa Família, sem a necessidade de convênio ou qualquer outro instrumento. Assim, buscava-se incentivar os municípios a aumentar o número de vagas e a melhorar o atendimento através do investimento na manutenção e desenvolvimento da educação infantil, contribuição com ações de cuidado integral, segurança alimentar e nutricional, garantia de acesso e permanência dos beneficiários na educação infantil. O repasse de recursos financeiros seria feito através de duas parcelas, sendo o montante calculado com base em 50 por cento do valor anual mínimo por matrícula em creche pública ou conveniada, em período integral ou parcial, definido para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Através da antecipação de recursos do Fundeb, o programa visava aumentar o número de obras de novas escolas e unidades de educação infantil, além da ampliação de investimento em 66 por cento para a merenda escolar.
Inicialmente, o programa atendia crianças entre zero a seis anos. Em 2012, a presidente Dilma fez a expansão do programa, passando a atender crianças de sete a quinze anos. Segundo dados divulgados pela Secretaria do Governo, em 2014 foram identificadas 707,7 mil crianças atendidas pelo programa e matriculadas em creches, indicando um aumento de 56 por cento em relação ao ano anterior.
7. Plano Brasil Maior. Lançado ao vivo em 02 de agosto de 2011, foi um programa do governo federal brasileiro, gestão Dilma Rousseff para aumentar a competitividade da indústria nacional, sob o lema "Inovar para Competir. Competir para Crescer". Ele traçava uma nova política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior do governo federal. Entre as medidas de desoneração estavam a permissão para desconto imediato dos impostos pagos na aquisição de máquinas para a indústria e a desoneração da folha de pagamento para os setores que empregasse grande volume de mão de obra, como os de confecção, calçados, móveis e programas de computadores.
As metas incluíam o aumento de investimentos em capital fixo no país, de 18,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 23% até 2014; a elevação do gasto privado com ciência e tecnologia, de 0,55% para 0,9%; e a ampliação da parcela da indústria no PIB, de 18,3% para 19,5%.
8. Brasil sem Miséria. Um programa social do governo federal brasileiro, criado na gestão da presidente Dilma Rousseff. Lançado em junho de 2011, o programa tinha como objetivo retirar da situação de pobreza extrema 16,2 milhões de pessoas que viviam com menos de 70 reais por mês. O Brasil sem Miséria consistia na ampliação do programa anterior de combate à pobreza do Governo Lula (conhecido por Bolsa Família).
Projetado como programa social de larga escala em fase de pré-implantação, o Brasil sem Miséria pretendia promover a inclusão social e produtiva da população extremamente pobre, tendo por meta reduzir drasticamente seus números.
9. Programa Farmácia Popular do Brasil. Criado em 13 de abril de 2004, pela Lei nº 10.858, e regulamentado pelo Decreto nº 5.090, de 20 de maio de 2004. A legislação autorizava a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) a disponibilizar medicamentos mediante ressarcimento, através de unidades próprias.
Funcionava em parceria com governos estaduais, prefeituras municipais e instituições públicas, para o atendimento de projetos de implantação e manutenção dessas unidades, sob responsabilidade da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), conforme ditava a Lei nº 10.858, regulamentada através do Decreto 5.090 de 20/05/2004. As unidades próprias contavam com um elenco de 112 itens, entre medicamentos e o preservativo masculino, os quais seriam dispensados pelo seu valor de custo, representando uma redução de até 90% do valor de mercado. A condição para a aquisição dos medicamentos disponíveis nas unidades, nesta modalidade do Programa, era a apresentação de documento com foto, no qual constasse seu CPF, juntamente com uma receita médica ou odontológica.
10. Mais Médicos. Programa lançado em 8 de julho de 2013 pelo Governo Dilma, cujo objetivo era suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil. O programa pretendia levar 15 mil médicos para as áreas onde faltavam profissionais. O formato da "importação" de médicos de outros países foi alvo de duras críticas de associações representativas da categoria, sociedade civil, estudantes da área da saúde e inclusive do Ministério Público do Trabalho.
11. Política de Cotas. No Brasil as principais políticas de cotas foram: Cotas Raciais, Cotas de Gênero Sexual, Cotas Sócio-econômicas. Elas tiveram por objetivo desenvolver a igualdade social No entanto, grupos contrários à sua implantação dizem, em seus discursos, que a implantação de cotas fere o direito constitucional da igualdade que diz que todos são iguais perante a lei.
A política de cotas começou a ser implantada no Brasil em 1968, com a Lei do Boi, que garantia o acesso de filhos de fazendeiros as universidades e que hoje não tem validade, pois os objetivos foram alcançados. Os filhos dos fazendeiros alcançaram as faculdades tão caras e distantes de suas fazendas. Nos últimos anos do mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, teve início a implantação de cotas nas universidades públicas de todo o Brasil. Ao longo do mandato de Lula, o PT deu continuidade ao processo.
12. Unidades Básicas de Saúde. Designação adotada desde 2007 no Brasil por meio do Programa de Aceleração do Crescimento, sendo que tais unidades desempenhariam as mesmas funções dos antigos Postos de Saúde e que tal denominação gradativamente seria substituída por Unidade Básica de Saúde.
Cada UBS conteria pelo menos um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem (ou auxiliar) e um agente comunitário de saúde, sendo que esse grupo de profissionais receberia o nome de Equipe de Saúde da Família, cujas atribuições e definições seriam ditadas no âmbito do Programa Saúde da Família.
13. Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Programa do Governo Federal do Brasil criado com o objetivo conceder bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de grau técnico e de formação inicial e continuada, em instituições privadas e públicas de ensino técnico. O programa tinha como objetivos expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica para alunos brasileiros.
Seriam ofertantes do Pronatec as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, as instituições de educação profissional e tecnológica das redes estaduais, distrital e municipais, as instituições dos serviços nacionais de aprendizagem (Sistema S) e as instituições privadas de ensino superior e de educação profissional e tecnológica devidamente habilitadas para a oferta de cursos técnicos na modalidade subsequente.
De 2011 a 2014, foram realizadas 8 milhões de matrículas por meio do Programa, entre cursos técnicos e de formação inicial e continuada.
14. Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O PAA foi criado por Lula em 2003, com o objetivo de combater a fome e a pobreza no Brasil e, ao mesmo tempo, fortalecer a agricultura familiar, garantindo até R$ 4,5 mil por ano de renda a esses pequenos produtores, com a aquisição de seus produtos.
15. Projeto Casa Brasil. Foi idealizado em 2003 e articulava esforços de diversos ministérios, órgãos públicos, bancos e empresas estatais brasileiras visando a construção de espaços públicos onde pessoas pudessem utilizar computadores, a internet e outras tecnologias digitais.
O projeto fazia parte de uma série de programas do Governo do Brasil visando a inclusão digital, a democratização do acesso às tecnologias da Informação, de forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação.
Até 2009 foram construídos mais de 80 unidades Casa Brasil.
16. Fome Zero. Programa criado em 2003, pelo governo federal brasileiro, durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Objetivava combater a fome e as suas causas estruturais, que geravam a exclusão social, a fim de garantir a segurança alimentar dos brasileiros em três frentes: um conjunto de políticas públicas; a construção participativa de uma Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; e um grande mutirão contra a fome, envolvendo as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e todos os ministérios. De acordo com o site do programa, no Brasil, em 2003, existiam 44 milhões de pessoas ameaçadas pela fome. O Programa Fome Zero consistia num conjunto de mais de 30 programas complementares dedicados a combater as causas imediatas e subjacentes da fome e da insegurança alimentar, implementados pelo ou com o apoio do governo federal.
17. Água para Todos. Programa do Governo Federal do Brasil, criado através do Decreto nº 7.535, de 26 de julho de 2011 (2º governo Lula), que reunia medidas preventivas e corretivas contra a seca nas regiões onde a precipitação pluviométrica era escassa, sobretudo nas zonas rurais. Fazia parte do plano Brasil sem Miséria, associado ao Programa Segurança Alimentar e Nutricional. Foi também conhecido como Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Água.
18. Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV). Foi lançado em março de 2009 pelo Governo Federal. O PMCMV subsidiaría a aquisição da casa ou apartamento próprio para famílias com renda até 1,8 mil reais e facilitava as condições de acesso ao imóvel para famílias com renda até 7 mil.
O programa tinha cinco modalidades para a Faixa 1 de renda (famílias com renda de até 1,8 mil reais): Empresas, entidades, FGTS, Municípios com até 50 mil habitantes e rural. Cada modalidade atendia um público específico. Os recursos do MCMV seriam provenientes do orçamento do Ministério das Cidades repassados para a Caixa Econômica Federal.
19. Auxílio-Gás ou ainda Vale Gás. Foi um programa de distribuição de renda implementado pelo governo federal brasileiro em 2001 para atender os beneficiários da Rede de Proteção Social, juntamente com o Bolsa-Escola (do Ministério da Educação) e o Bolsa-Alimentação (do Ministério da Saúde).
O programa, administrado pelo Ministério de Minas e Energia, consistia no pagamento de R$ 15,00 (quinze reais) para cada família com renda de até meio salário-mínimo a cada dois meses, como forma de subsidiar a compra de botijões de gás. Chegou a alcançar as 4,8 milhões de famílias que já eram atendidas pelo Bolsa-Escola em 2002.
Estudos efetuados na época indicavam que muitas famílias carentes atendidas pelos programas da Rede de Proteção Social ainda sofriam problemas de nutrição pelo simples fato de não terem condições de comprar botijões de gás regularmente para a preparação de alimentos. O programa pretendeu, com o auxílio bimestral, sanar esse problema.
É de reconhecer as dificuldades que todos nós teremos para identificar a nossa verdadeira posição social. Nossa tendência é querer sufocar e mascarar a verdade, manter aparências, mas sempre é possível, mesmo que intimamente e sem muita divulgação, admitir a verdade e agir de acordo com ela.
Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. João 8:32.
Que o Senhor da Luz ilumine o nosso entendimento e nos ajude a entender que somos indivíduos que fazem parte de uma coletividade. E que devemos pensar sempre no interesse dos menos favorecidos.
A missão cristã é destinada a todos, mas com especialidade, aos pobres e excluídos, que necessitam de outros para que possam ter um mínimo de dignidade, ao contrário daqueles que, sem dificuldade alguma, conseguem viver nababescamente em qualquer situação. Que nossos olhos sejam abertos e, na hora de votar, possamos escolher candidatos que olhem com bons modos e grande interesse as causas de todos aqueles que vem sendo, de alguma forma, alijados do processo social. Mas, acima de tudo, não se sinta coagido pelas minhas palavras e vote em plena liberdade. Eu aceito e respeito isso, da mesma forma que espero ser respeitado em meus pontos de vista, mesmo que sejam discordantes de suas ideias e pensamentos consolidados.
Deus nos abençoe!
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Izaias Resplandes de Sousa. Professor, escritor e advogado. Funcionário público aposentado. Membro da UPE - União Poxorense de Escritores, do IHGP - Instituto Histórico e Geográfico de Poxoréu e da Igreja Evangélica Neotestamentária de Poxoréu, MT.