sábado, 27 de setembro de 2014

O VALOR DA VERDADE COMO PRINCÍPIO MORAL DO CRISTÃO

Sempre que se fala em resgate, pressupõe-se que tenha havido a perda de algo essencial. Esse é o caso. A corrupção de qualidades consagradas como a verdade, a honestidade, a sinceridade, o respeito, a atenção, a boa educação, entre outras, tem se generalizado, espalhando-se por todos os seguimentos sociais. Não tenho dúvidas em dizer que a nossa sociedade está cada vez mais corrompida no que se refere aos valores morais. Até mesmo entre os grupos mais seletos e mais conservadores verificam se alterações radicais em seus paradigmas.   Alega-se que tudo mudou e que os tempos são outros; e aquele que quiser sobreviver nesse mundo, também precisa passar por constantes transformações. Precisa fazer uma atualização em sua vida e em seu modo de ver, valorizar e sentir as coisas. E é justamente por nos posicionarmos na contramão desses pensamentos que, ortodoxamente, insurgimos com a presente reflexão. Entendemos que de fato precisamos nos atualizar em muitas coisas, mas não dá para fazer o mesmo com todos os nossos valores. Alguns deles são imutáveis para mim. 
Leia mais em: http://www.recantodasletras.com.br/mensagensreligiosas/4978954

terça-feira, 23 de setembro de 2014

O que é liberdade?

Gaudêncio Amorim

I
Você tem em casa um papagaio, um passarinho
Algemados numa grade de ferro sem piedade...?
_Daqueles que um dia alguém o arrancou do ninho
Para viver prisioneiro numa gaiola sem liberdade....?

II
Ah! e que prazer, que deleite o passarinho
Tão inocente e tão frágil o coitadinho
Arrancado arbitrário e precocemente do ninho
Para adornar a varando do carrasco sem coração
Pois este sim: nunca interpretou o seu grito
Nos sons agudos o eco de um ente aflito
A reclamar em vão pelo fragrante delito
O seu penar imperceptível nas asas da solidão

III
E o passarinho, sem saber por que está preso
Solitário, ao léu!, inocente e indefeso
Na torrente da dor insondável, o termo
Como se não houvesse mais nada, senão cantar.
Mas o canto é uma angústia, lânguida reclamação
De quem trocou a liberdade pela prisão
Sem direito, sem defesa e sem opção
Para cantar longe, livre do seu penar.

IV
Mas o carrasco, o desalmado que o prendeu
Se quer um dia, sua angustia percebeu
Para despertar que aquele passarinho “seu”
Não difere da sua condição de ser vivente.
Não nasceu condicionado à soberba do carrasco
Cativo, envolto na escuridão sombria do frasco
Para na opressão alheia de aviltante cadastro
Viver sem vontade submisso a qualquer patente!

V
_Quem quer ser livre, defende liberdade
_Quem respeita a natureza, proclama a igualdade
Não prende o outro, como se ele não tivesse vontade
Escravo do seu algoz, imune aos efeitos da natureza!
Por isso, segue o meu protesto em revolução
Ou se melhor entender, nos lamentos de uma canção
Que pode se dirigir a Deus em oração
Uma oferenda aos inocentes sem direito e sem defesa!

VI
Se aprendeu a lição _ solte o pequenino!
Deixe voar livre como nasceu o passarinho!
Longe da prisão, mas próximo do seu ninho
Como viveu feliz nos tempo de outrora.
Assim, entendemos o valor que a liberdade tem
Pois seria, como perguntar para alguém
Se na situação daquele passarinho também
Gostasse de viver preso..... numa gaiola!

VII
E se você, mesmo confuso, entender a mensagem
Não faça dela signo da distante miragem
Ou que reconhece o valor e não tem coragem
Para admitir a razão que essa verdade tem
Pois, qualquer ser sensato nesse País Tupiniquim
Deveria, ao menos, pensar assim
De que o que não quero prá mim

Não devo querer prá ninguém!

domingo, 14 de setembro de 2014

O futuro da juventude

Prof. Izaias Resplandes

Há um versículo na Bíblia, no livro do Eclesiastes, o qual diz assim: “Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas” (Cf. Ec. 11:9).

É comum de se ouvir que os jovens são o futuro da Nação; outros contestam isso, dizendo que eles são o presente e não o futuro. Na verdade, as duas afirmações podem ser verdade, porque o futuro não nega o presente, apenas se apresenta como mais uma de suas possibilidades. Mas o que queremos analisar é a possibilidade dos jovens de hoje virem a ocupar os espaços do amanhã. Não resta dúvidas de que isso é possível, desde que façam as lições de casa de hoje.

Leia mais em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2075007

sábado, 13 de setembro de 2014

A responsabilidade social do cristão

Prof. Izaias Resplandes


"Hoje eu estou me sentindo sem importância!". "Cuide de sua vida!". Essas foram as duas frases que mais tiveram impacto sobre mim durante esta semana.  A primeira, eu ouvi de um aluno na escola onde trabalho. A segunda, li no feed de notícias de uma amiga muito especial, no facebook. Ambas atacaram diretamente a minha responsabilidade social e me fizeram lembrar que eu tenho um compromisso pessoal com Deus de estar cuidando de toda a sua criação, principalmente das pessoas mais próximas de mim. Essas frases também me fizeram lembrar da história de Caim, lá no começo do mundo, quando, por despeito matara seu irmão Abel, registrada em Gn 4:3-16.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Hino de Mato Grosso



"O hino do estado de Mato Grosso foi criado por Júlio José de
Dom Aquino Corrêa
Campos"
O hino do estado de Mato Grosso foi criado pelo Decreto N.º 208, de 05/09/1983, por iniciativa do governador Júlio José de Campos, oficializando a letra do poema "Canção Mato-grossense", de autoria de Dom Francisco de Aquino Corrêa, musicado[1] pelo maestro e tenente da Polícia Militar Emílio Heine, "sendo inalterável no seu todo ou nas suas partes". A "Canção Mato-grossense" foi cantada em público pela primeira vez durante a cerimônia principal das comemorações do bicentenário de fundação de Cuiabá, em 08/04/1919.




Letra
Limitando, qual novo colosso,
O Ocidente do imenso Brasil,
Eis aqui, sempre em flor, Mato Grosso,
Nosso berço glorioso e gentil!

Eis a terra das inas faiscantes,
Eldorado como outros não há,
Que o valor de imortais bandeirantes
Conquistou ao feroz Paiaguá!

Salve, terra de amor,
Terra de ouro,
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu
Dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!

Terra noiva do Sol, linda terra
A quem lá, do teu céu todo azul,
Beija, ardente, o astro louro na serra,
E abençoa o Cruzeiros do Sul!

No teu verde planalto escampado,
E nos teus pantanais como o mar,
Vive, solto, aos milhões, o teu gado,
Em mimosas pastagens sem par!

Salve, terra de amor,
Terra de ouro,
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu
Dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!
Hévea fina, erva-mate preciosa,
Palmas mil são teus ricos florões;
E da fauna e da flora o índio goza
A opulência em teus virgens sertões!

O diamante sorri nas grupiaras
Dos teus rios que jorram, a flux.
A hulha branca das águas tão claras,
Em cascatas de força e de luz!

Salve, terra de amor,
Terra de ouro,
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu
Dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!

Dos teus bravos a glória se expande
De Dourados até Corumbá;
O ouro deu-te renome tão grande,
Porém mais nosso amor te dará!

Ouve, pois, nossas juras solenes
De fazermos, em paz e união,
Teu progresso imortal como a fênix
Que ainda timbra o teu nobre brasão!

Salve, terra de amor,
Terra de ouro,
Que sonhara Moreira Cabral!
Chova o céu
Dos seus dons o tesouro
Sobre ti, bela terra natal!

domingo, 7 de setembro de 2014

O voto racional

O VOTO RACIONAL

PROF. IZAIAS RESPLANDES

Como é meu costume fazer em todos os anos eleitorais um esclarecimento aos irmãos sobre a sua responsabilidade nesta área, aqui estamos mais uma vez realizando esse trabalho, fazendo um paralelo com o texto sagrado, visando auxiliar aos irmãos na difícil tarefa de escolher seus candidatos dentre os milhares que se apresentam nessa condição.
Eleição não é brincadeira. Ao escolher os governantes e os legisladores de nosso Estado e de nosso País, estaremos escolhendo alguém que irar colocar um jugo sobre nossas costas. Estando eles eleitos, possuem o direito de estabelecer fardos de responsabilidades para nós carregarmos ou executarmos.
A sabedoria consiste em escolher os candidatos que irão colocar fardos mais leves sobre nós. Não se vota em alguém do qual não se tenha um mínimo de conhecimento. Hoje é muito fácil conhecer um candidato. A mídia eletrônica torna isso bem mais fácil. Desse modo, antes de decidir votar em alguém, faça uma pesquisa na mídia eletrônica. Procure conhecer esse candidato. Não assuma compromisso no escuro. Não é apenas a sua vida que será afetada pela sua escolha. Toda a igreja sofrerá as consequências, qualquer que seja ela. De forma que todos nós, meus queridos, temos grande responsabilidade neste processo seletivo eleitoral.
Vamos à Bíblia buscar alguns paralelos para melhor entendermos essa questão...
A Bíblia traz uma breve narrativa sobre a história dos judeus. Eles tiveram várias formas de governo. No início eram governados pelos patriarcas. Depois vieram os juízes, os reis e, atualmente, Israel é uma República Parlamentarista governada pelo primeiro ministro Benjamin Netanyahu e tendo como Chefe de Estado, o advogado Reuven "Ruby" Rivlin, eleito em junho de 2014, para um mandato de 7 anos.
O último juiz do Israel bíblico foi o profeta Samuel. Ele foi um bom juiz, mas já estando velho tomou a decisão de nomear seus dois filhos como juízes em seu lugar, o que foi um desastre, porque:
 “seus filhos não andaram pelos caminhos dele, antes se inclinaram à avareza, e aceitaram suborno, e perverteram o direito” (1 Sm 8:3).
Esse é um risco que corremos ao eleger alguém para nos governar em um sistema político como o brasileiro, no qual os eleitos possuem mandatos de quatro anos, a exceção dos senadores que têm mandato de oito anos.
Ninguém vem com uma estrela na testa dizendo que será um bom governante ou um bom representante. De forma que poderemos errar em nossas escolhas e termos que sofrer amarguras por conta disso até o término dos mandatos, visto que é bem difícil cassar o diploma de um eleito, embora não seja impossível, já existe previsão legal para tanto.
No Israel bíblico, o povo entendeu que era melhor encerrar a era dos juízes e escolher um rei. E então pediram isso a Samuel, o qual não gostou da ideia, mas consultando a Deus, o qual embora também não se agradasse da decisão, concordou com a decisão, apenas mandando que Samuel esclarecesse quais seriam os direitos do rei.
Assim diz a Palavra: 
“Conforme a todas as obras que fizeram desde o dia em que os tirei do Egito até ao dia de hoje, a mim me deixaram, e a outros deuses serviram, assim também fazem a ti. Agora, pois, ouve à sua voz, porém protesta-lhes solenemente, e declara-lhes qual será o costume do rei que houver de reinar sobre eles” (1 Sm 8:8-9).
A atitude de Deus não poderia ser diferente. Como Criador, havia feito o homem dotado de livre arbítrio, com direito de tomar as decisões que desejasse. Todavia, o Senhor sempre advertiu ao homem sobre suas eventuais escolhas, antes dele tomar suas decisões.
Lembremos de Adão, o primeiro homem, feito diretamente pelas mãos de Deus, do pó da terra e se transformado em alva vivente pelo sopro divino em suas narinas.
Após a sua criação, diz a Bíblia que 
“tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:15-17).
As normas jurídicas são compostas de duas partes: preceito e sanção, sendo que no preceito encontra se a conduta ordenada pelo direito, podendo ser de proibição, obrigação ou permissão, enquanto que a sanção encerra a consequência da inobservância do preceito.
A ordem de Deus para que o homem não comesse da árvore do conhecimento era o preceito da lei divina. E a sanção estabelecida para a desobediência da norma era: Se dela comeres, certamente morrerás!
E assim acontece com todos os preceitos de Deus. Eles trazem um alerta para que o homem evite a conduta perniciosa, que ocasiona danos, que é prejudicial, nociva, ruinosa ou perigosa. E o homem tem a liberdade de decidir se faz ou não faz. Foi um homem desse tipo, aquele que Deus criou. O que ele espera é que tão somente, cada um de nós aja de forma responsável, não apenas pensando em si mesmo, mas pensando sempre no coletivo, preocupando com todos e não apenas com seu próprio umbigo.
Mas voltando a Samuel, eis que ele falou: 
“Todas as palavras do Senhor ao povo, que lhe pedia um rei. E disse: Este será o costume do rei que houver de reinar sobre vós; ele tomará os vossos filhos, e os empregará nos seus carros, e como seus cavaleiros, para que corram adiante dos seus carros. E os porá por chefes de mil, e de cinquenta; e para que lavrem a sua lavoura, e façam a sua sega, e fabriquem as suas armas de guerra e os petrechos de seus carros. E tomará as vossas filhas para perfumistas, cozinheiras e padeiras. E tomará o melhor das vossas terras, e das vossas vinhas, e dos vossos olivais, e os dará aos seus servos. E as vossas sementes, e as vossas vinhas dizimará, para dar aos seus oficiais, e aos seus servos. Também os vossos servos, e as vossas servas, e os vossos melhores moços, e os vossos jumentos tomará, e os empregará no seu trabalho. Dizimará o vosso rebanho, e vós lhe servireis de servos. Então naquele dia clamareis por causa do vosso rei, que vós houverdes escolhido; mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia. Porém o povo não quis ouvir a voz de Samuel; e disseram: Não, mas haverá sobre nós um rei” (1 Sm 8:10-19).
Nem sempre o bom conselheiro é ouvido. O povo do Israel bíblico preferiu não ouvir aos conselhos de Samuel e assumiram a responsabilidade de sua decisão. Nós também temos liberdade de seguir aquilo que nós achamos melhor, ao invés de ouvir aos nossos líderes confiáveis. Mas  orientação bíblica é no sentido contrário, ou seja, o desejo de Deus é que sejamos prudentes e tomemos e sigamos orientações com as lideranças que cuidam de nossas almas em nome de Deus. 
Assim diz a Bíblia em Hb 13:17  
“Obedecei a vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria e não gemendo, porque isso não vos seria útil”.
É evidente que até nisso prevalece o nosso livre arbítrio, no sentido de ouvir ou não ouvir. Todavia, aquele que toma conselhos, com certeza haverá de tomar a melhor decisão, principalmente se ouve as pessoas certas, que realmente estão sempre do seu lado, orando, ensinando e cuidando de você.
Nos últimos dias, como professor, ouvi muitos alunos dizendo que não vota em fulano, não vota em sicrano e et cetera e tal. E a todos perguntei por que? E não tinham uma resposta. Então os orientei a pesquisar sobre os candidatos que eles diziam não votar, com o objetivo de conhecê-los. E também sobre aqueles que pretendiam votar. Disse-lhes que o importante é não votarmos no escuro. É preciso saber o que estamos fazendo. E a máxima que se escuta tanto por aí, de que “todo mundo é corrupto”, “todo mundo é ladrão”, pode não ser sempre a verdade. Não é porque uma pessoa diz que o outro não presta, que realmente seja assim. Pode ser que seja um adversário, por ser que seja algum invejoso... Tudo é possível. O melhor mesmo é pesquisar em várias fontes, ouvir pessoas de sua confiança, para só então tomar a sua decisão, a qual ainda com todas essas cautelas, poderá ser errada, mas como já disse, “ninguém vem estrelado” e errar é perfeitamente normal, é humano, conforme diz o ditado. Mas, somente se acerta, correndo o risco. Aquele que se omite, corre um risco ainda maior, pois pode ver eleito e ficar sob o jugo da pessoa que abjeta, que não gosta, que não aprova... De qualquer forma, as consequências de seus atos serão antes de tudo sofridas por você. E isso vale tanto no plano material, quanto no plano espiritual. A Bíblia diz:
 “tudo que o homem semear, isso também ceifará!” (Gl 6:7).
Se a pessoa que nós votamos for eleita, nós seremos responsáveis pelos seus atos, porque ela agirá em nosso nome. E se ela também não for eleita, também seremos responsáveis pelos atos do que foi eleito, porque do mesmo modo, essa pessoa que não votamos, também agirá em nosso nome. O eleito não representa apenas os seus eleitores, mas a todo o conjunto da sociedade.
Está errado o comportamento daqueles que se elegem pelo voto do povo e que depois de eleito vai engrossar as bancadas suprapartidárias na Assembleia Estadual ou Federal, como se ouve tanto dizer: a bancada evangélica, a bancada ruralista, a bancada empresarial, entre outras.
Segundo o DIAP – Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar:(http://www.diap.org.br/~diap/images/stories/publicacoesDIAP/Radiografia_011/Radiografia_011_P35.pdf:
No atual Congresso Nacional:
“um em cada três parlamentares é proprietário ou sócio de algum estabelecimento comercial, industrial, de prestação de serviços, ou ainda proprietário de fazenda ou de indústria agropecuária. Segundo levantamento parcial do DIAP, há 273 parlamentares nessa condição, sendo 246 deputados e 27 senadores”.
Essa é a bancada empresarial, “a mais expressiva, do ponto de vista numérico, embora nem sempre atue de modo articulado, como a bancada ruralista, por exemplo”, conclui o DIAP.
O Jornal “O Impacto” também registra matéria sobre as bancadas. A matéria está disponível em: http://www.oimpacto.com.br/artigos/jose-alves/as-bancadas-no-congresso-nacional-2/. A matéria diz o seguinte:
“É dezessete o número dos grupos organizados por deputados e senadores. O maior deles cuida dos interesses de empresários e industriais. É composto por 273 parlamentares. Em segundo vem os que estão à disposição dos fazendeiros, agropecuaristas e integrantes do agronegócio, com um total de 160 parlamentares. A menor bancada está composta por 8 parlamentares, comprometida com instituições financeiras. Apesar de pequena tem poderes para atender os desejos dos beneficiados”.
Essa não é uma atitude honesta para com o povo eleitor. Nos palanques, eles prometeram defender os interesses do povo, mas quando chegam lá, tornam-se partidaristas desta ou daquele interesse pessoal. Nós temos que aprender a votar. O mau representante deve ser expurgado de nossas preferências. É absurdo o que se vê hoje em dia. O candidato já foi condenado não sei quantas vezes pela Justiça e continua sendo candidato. E o pior de tudo, com reais possibilidades de se eleger.
Meus queridos, nós não devemos ser partidaristas. A Bíblia nos orienta nesse sentido em Fp 2:3:
“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”. 
Nada façais por partidarismos, ou por facções, dizem outras versões. Não há nenhum problema em votar em um candidato de um partido para um cargo e votar em outro candidato de outro partido para outro cargo. O que importa que façamos uma escolha consciente, que o nosso voto seja racional e não resultado de inflamações de pessoas que querem distorcer a verdade e nos induzir a erro.E para encerrar essa exposição eu quero fazer a propaganda do meu candidato. Todos falam bem de seus candidatos, mas eles podem errar em suas avaliações. Mas eu tenho certeza que se você eleger o meu candidato para ser o seu governante, você jamais se arrependerá, porque ele é perfeito, ele nunca errou e em sua boca nunca houve dolo. Ele é amigo de verdade.
A Bíblia diz em Jo 15:13:
“ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua própria vida em favor de seus amigos”. 
Isso é o que fez o meu candidato. Ele veio ao mundo para nos salvar das consequências dos nossos atos errados, para nos resgatar e nos reconduzir aos caminhos de Deus. Eu sei que você já percebeu que estou falando de Jesus. Sim! Eu estou falando dele, o amigo perfeito, o governante perfeito, o intercessor que, dia e noite, vela por nossas causas junto ao Pai, contra as astutas ciladas do maligno.
Eleja com consciência os seus candidatos. Queira o melhor não somente para você, mas para todos.
“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo” (1 Pe 2:22).
O leite racional é o que vale a pena, é o que é verdadeiro, que é de boa origem e de boa fama, é o que virtudes e o que merece louvor. 
É o que diz o apóstolo Paulo em Fp 4:8
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.
Então essa a mensagem que temos para hoje. Espero que ela possa ajudar você a refletir e fazer a melhor escolha nas próximas eleições. Mas acima de tudo, não deixe de eleger a Jesus como o governante de sua vida.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Hologramas humanos



Hologramas humanos
Gaudêncio Amorim
                         
A sociedade, ao longo da história, passou por diferentes formas de alienação e ainda hoje sofre os efeitos de vários tipos de exploração, entre elas, a exploração tecnológica, sob a égide de um controle inconsciente, bem à maneira daquilo que constatou Gilles Deluze (1925-1995) tendo no celular o espaço de confinamento. Menos mal, se fosse para engordar as idéias e adquirir conhecimentos para crescimento individual a serviço de si mesmo e do pregresso social ou científico. Mas, não é bem assim.
                        Não se pode obstar a utilização da tecnologia para a melhoria da vida em sociedade, mas é discutível seu uso indiscriminado e inadequado quando corrobora uma espécie de ratificação da ignorância no âmbito da reprodução do senso comum, reduzindo nossas vidas da perspectiva de prazeres holísticos à paginas de conversações, fofocas, pejorações e coisas do gênero, sob a égide de uma falsa liberdade, quando na verdade, encontram-se sob os domínios das grandes redes e os seus encantamentos estéreis. A grande maioria se comporta, inconscientemente, como “dono de tudo”, mas a verdade é que os donos de tudo, afirmariam conscientemente: sabem de nada, inocentes!
                        Cenas como passageiros em pontos de ônibus que perdem o transporte por causa do “estar em transe” no celular; alguém que não entendeu nada do disse na reunião, absorvido pelos encantos do “aparelhinho”; O executivo que sequer o desliga para conduzir a reunião; a (o) adolescente que entra no banheiro para tomar banho com o celular à mão;  a mãe que, se quer, ouve o choro da criança, absorta em algum endereço eletrônico da rede; o estudante que ignora os livros, o professor, a presença do colega ao lado, totalmente alienado - robustos jovens dominados pelos fones de ouvidos e pelas telas coloridas e multiformes dos celulares, como se todos os mundos possíveis, fizessem desses aparelhos não “um mundo à parte”, mas o único mundo que parece preencher suas vidas vazias de significados a ponto de admitirem-se “escravos” do Google, do Facebok; de jogos eletrônicos e de programas como Whastapp, entre outros cuja reação inconsciente se dá pela vontade do outros, seja pelo que eles escrevem, seja pelo que eles falam e, quase nunca pela própria vontade consciente de quem ouve ou lê. Percebe-se, claramente, uma supervalorização do mundo virtual em detrimento do mundo real em que, principalmente adolescentes são teletransportados para um mundo paralelo onde permanecem, horas a fios, ocupados entre a obrigação e a devoção.
                        Isto nos remete para a necessidade de resgatar ou (mesmo de lembrar) de uma condição humana que nos difere dos animais irracionais: pensar e saber que pensamos; que podemos ser “escravos” das grandes redes, mas ter consciência dessa alienação, afinal, os animais sabem (instinto) mas não sabem que sabem. Então, a primeira grande descoberta nesse emaranhado de encantamento seria a consciência de que podemos nos encontrar na condição de “fantoche”  de alguém, um manipulador de mentes, principalmente, o surpreendente mundo da juventude na mão de competentes sofistas para “vender as idéias” sem vender o seu respectivo valor.
                        Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) o Brasil saiu do 7º lugar em 2003 para o 5º lugar em 2013 em telefonia móvel, atrás de paises populosos como China, Indonésia e Estados Unidos, conforme se pode depreender da tabela abaixo:
Consumo de Celulares no Brasil
Ano
Consumo (em milhões)
Ranking no mundo
2003
46,4 milhões
7º lugar
2004
65,6 milhões
6º lugar
2005
86,2 milhões
5º lugar
2006
100 milhões
4º lugar
2007
117 milhões
4º lugar
2008
125 milhões
5º lugar
2009
170 milhões
5º lugar
2010
173 milhões
5º lugar
2011
215 milhões
5º lugar
2012
261,8 milhões
5º lugar
2013
271,1 milhões
5º lugar
Fonte: Anatel, 2013.
                        Os dados acima indicam a existência de uma nova mania, a febre nacional dos celulares, vez que, quase metade da população possui mais de 01 aparelho, se considerar que o Censo 2010 registrou uma população de 190.755,799 habitantes e, segundo o próprio IBGE, com projeções para 2014 de atingir 200 milhões de pessoas no Brasil. Nos números tem muito que comemorar, todavia na forma de se utilizar a telefonia móvel, faz se mister conhecimento e sabedoria, principalmente à juventude, que poderá se embrenhar pelo uso compulsivo e impulsivo do celular.
                        O filósofo Sócrates afirmou que a sabedoria consiste exatamente em nos depurar das nossas próprias imperfeições, mais tarde, seu discípulo Platão teria acrescentado que o caminho do conhecimento verdadeiro seria o abandono dos vícios e paixões do mundo. Por acaso, o uso indiscriminado do celular não constitui, em muitos casos, um típico vício? Desde quando o vício é salutar ao homem e a vida em sociedade? Alguém já ouviu elogios para um drogado? Um dependente alcoólico? Ao contrário, o que vemos é uma preocupação para que os viciados procurem tratamento, cuja terapia com a administração de substâncias químicas possam contornar a patologia.  E, neste particular, saberemos se o vício do celular constitui uma patologia, se no seu contrário (o não uso) gerar fenômenos como depressão, insatisfação e até mesmo a violência. Em alguns países já existem estudos científicos para tratar os possíveis casos de dependência do Celular, afinal, no estágio em que se caminha a alienação de alguns, mais dias, menos dias, as clínicas de terapia do celular constituir-se-ão num importante nicho de mercado.
                        A tecnologia deve ser concebida e utilizada para a consolidação dos aspectos humanos, sociais, intelectuais e econômicos e não para a robotização do homem ao atender comandos de memórias artificiais como que compostos por elementos da mecânica que só funciona sob a vontade de um operador. O homem é fim, a máquina é meio e, em qualquer tempo, é absolutamente inadmissível essa inversão de valores, sob pena de doutrinar a ignorância.  
                        Assim, neste particular, o uso dos celulares nas salas de aula, se não for utilizado como recursos de aprendizagem, poderão ser abolidos delas pelo principio discricionário das instituições escolares com fundamento na questão regimental, o seja, na norma que, segundo Émile Durkheim, se constituiria na oferta do fato social. Pode, por outro lado, ter a compulsividade amenizada pela intervenção paterna, vez que a maioria dos alunos adolescentes o tem com a permissividade da família, embora esta nem sempre sabe controlar o uso compulsivo dos filhos ou mesmo até desconhece sua utilização nas escolas.
                        É de se acrescentar que em muitas escolas, não é permitido alunos assistirem aulas com o celular, principalmente em instituições confessionais, entre outras, doutrinadas por currículos ocultos e de conhecimentos introspectivos. O fato é que, salvo a formação humana de cada adolescente, a orientação familiar de cada aluno, a norma institucional de cada escola, ignorar o uso letal do celular para aquisição do conhecimento dentro ou fora das salas de aulas, os mediadores do conhecimento (os professores) poderão se acostumar à repetição de suas teorias para “prováveis espectros”, alunos sentados numa carteira da sala com um celular à mão, como que projetados holograficamente, ou seja, o corpo físico está ali, mas sua mente está inteiramente dominada pelo celular em uma página do facebok ou Whastapp, dando-se por satisfeitos, se por instantes, alguns alunos, em coito, livrarem-se do transe e utilizarem-se do próprio celular para tirar algumas fotos do conteúdo à lousa ou da tela do retroprojetor para, no dia da prova, fazer uso ou enviar para outros colegas (foto-torpedo) que não conseguiram romper com “o delicioso e inigualável transe mental”.
                        Uma coisa é a tecnologia a serviço do homem, outra coisa é o mau uso que se faz dela. No caso da escola e da família o fenômeno é proporcional a liberdade e o limite; a permissividade e a atitude oposta. Quem decide qual é o melhor canal de televisão é a família; quem decide o que melhor para a eficiência da aprendizagem na escola é a escola. O que não se pode ratificar é a crise da autoridade.
                        Salve, salve, oh celular, porém, salve, principalmente, o homem!!