sábado, 25 de fevereiro de 2012

NOSSO GENTÍLICO, NOSSO TOPÔNICO
Poxoreense, Poxorense e Poxoreano
Poxoréo ou Poxoréu

João Batista Barbosa

Atendendo pedido da amiga Sônia Vasconcelos, retorno ao ensaio supra, a partir do original publicado aqui no BlogPox, lá pelas bandas de abril de 2007.

Naquela época, a professora Eliane Carvalho, então prestando seus serviços em Sinop, norte do estado, questionava a forma correta do nosso gentílico (o natural ou habitante de Poxoréu). Segundo o IBGE e o dicionário do Aurélio Buarque de Holanda o nosso gentílico seria poxorense ou poxoreano. Ocorre que a maioria do povo de Poxoréu refere ao nosso gentílico como "poxoreense".

Até 1985 era pacífica essa grafia, em pleno acordo com a nossa tradicional maneira de falar, conforme pesquisa aos jornais editados anteriormente.

A controvérsia surgiu quando o professor Izaias Resplandes, então redator do Correio de Poxoréo, reeditado em uns dois anos na administração do prefeito Lindberg Rocha (1982/1988) me fez esse questionamento por volta de 1984 e a ele respondi conforme acima. A partir daí, Resplandes passou a escrever "poxorense", forma essa que grafou o nome da “UPE - União Poxorense de Escritores”, da qual foi fundador e primeiro presidente.

Para o escritor Luis Carlos Ferreira, poeta também fundador da UPE, trata-se de substantivo e adjetivo de dois gêneros, o gentílico, sinônimo de poxoreano que Dicionário Aurélio, designa quem é "de ou pertencente ou relativo à Poxoréu (MT); natural ou habitante de Poxoréu". Quanto à "poxoreense"... isso é apenas força de expressão lingüística dogmática, sem quaisquer sustentações que fundamente o termo. Entretanto, carinhosamente aceita, por tradição, ou seja, transmissão provinda de gerações em gerações. De forma que dizer "poxorense", ou "poxoreano", ou, ainda, "poxoreense" está se referindo a quem é nascido em Poxoréu, ou que está vivendo no município e cidade de mesmo nome, conclui Ferreira.

O professor Antônio Carlos Messias Pereira acompanha o entendimento dos escritores Upenino Izaias e Luis Carlos e acrescenta que por questão de regra gramatical o gentílico correto seria poxorense, na forma indicada pelo mestre Aurélio.

Evidentemente, com o Aurélio Buarque e os escritores da UPE à frente, pela norma culta diz-se "poxorense" ou "poxoreano".

Contudo, a linguagem é do povo e não apenas dos poetas!

Na voz dos upeninos João de Souza e João Batista Cavalcante, já ouvi a pronúncia "poxoreense".

Na placa de ampliação do Fórum da Comarca de Poxoréo está grafado "poxoreense". Eu e minha família falamos "poxoreense" e assim escrevemos quando referimos ao nosso gentílico, acompanhando a tradição da maioria dos moradores do município. O historiador Suelme "Biela" Fernandes, o jornalista Nides de Freitas, os advogados Ruy Nogueira Barbosa e Juscilene Souza (Cila), o ex-vereador e pioneiro José Moraes Barbosa, o professor Reinaldo Bispo, e muitos outros, também falam "poxoreense".

Quanto ao topônimo, a Câmara Municipal aprovou a Lei Ordinária nº 976, de 25 de maio de 2005, para retornar o nome do município de POXORÉO para POXORÉU. Posteriormente, a reforma da Lei Orgânica do Município, de 19 de dezembro de 2007, consolidou a nomenclatura Município de Poxoréu.  

(Original publicado no BlogPox em 10/04/2007, disponível em http://pox2.zip.net/arch2007-04-01_2007-04-30.html )

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Momento de Arte e Cultura 2012


Abaixo: Upenino Wallace Rodolfo. 
À direita:  Upenino Gaudêncio Amorim














A UPE retomou neste domingo, 12 de fevereiro de 2012, o seu programa radiofônico "MOMENTO DE ARTE E CULTURA", pela Rádio Sul Matogrossense AM 850 khz (http://radiosulmatogrossense.com.br/), hoje sob a direção do Giovane Amaral.
 Abaixo: Upenino João de Sousa (esquerda) e Upenino Luís Carlos Ferreira (direita)

O programa de retomada foi apresentado pelos upeninos Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, Wallace Rodolfo e João de Souza e teve como temática principal o "carnaval", a maior festa popular brasileira. João falou sobre o carnaval da região de Poxoréu, sobre a religiosidade, a abstinência de carne.

Na parte musical, o programa trouxe antigas e saudosas marxinhas de carnaval.
O programa também apresentou uma homenagem ao cantor Vando, que desde 08 de fevereiro de 2012 está cantando para as platéias celestiais. Aproveitando a própria letra de sua música "Fogo e Paixão", podemos dizer em memória ao Vando que "Você é luz, é raio, estrela e luar". O cantor morreu com 66 anos de idade.
Gaudêncio, em homenagem, lembrou de Dona Celina (como era conhecida a Dona Beatriz Ferreira), mãe do poeta upenino Luís Carlos Ferreira, a qual também nos deixou neste início de ano.
Registra-se, nesta data, o falecimento em Poxoréu do Sr. Aurélio Soares da Silva, açougueiro por muitos anos na Rodovia MT-130 esquina com a Rua João Ribeiro Vilela.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Minha Casa Poxoreana

 No último sábado andei a pé pelo centro histórico de Poxoréu. Se você quiser conhecer uma cidade, caminhe a pé por suas ruas e becos. De máquina fotográfica na mão, andei pelas Ruas Paraná, Paraíba, Bororo, Pernambuco e Mato Grosso.
Na Lanchonete do Pimentel tive a satisfação de encontrar o Antônio do Bazar, o Idaiolan Guimarães e o Agnaldo do Ângelo Romano. Eles falavam sobre a cidade e sua administração passada, presente e futura, avaliando criticamente os avanços, os retrocessos e as perspectivas.
Segundo Antônio do Bazar, Poxoréu está muito viva, embora não se veja muitos visitantes pelas ruas históricas da cidade, perdendo estes a oportunidade de belos passeios.
Após um refrigerante e uma breve conversa continuei minha caminhada. Foi com grande prazer que fotografei a casa do saudoso Arthur Farias, com a fachada belissimamente restaurada, pintada em tons de verde. Uma maravilha. Ah, Vinícius de Moraes! "Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver". Se todos pintassem pelo menos as fachadas de suas casas uma vez por ano, em lindas cores, como ficaria linda a nossa cidade. Como ficou bonita a casa de seu Arthur.

Na Rosa Bororo, "aconchego dos Pinga", também vi belíssimas casas coloridas. O rosa, o salmão e o laranja são as cores predominantes. No antigo consultório do Dr. Joaquim Dentista, agora está funcionando o consultório psicológico de sua nora, a Doutora Rejane Regenold. Jonh, o filho do doutor, agora também é doutor dentista e está atendendo junto com o pai, na casa do Leoncinho Pinga, em frente à Pizzaria Snitran, popularmente conhecida como a Lanchonete do Gordo, na Vila Cruzeiro, no "Trevo das Lanchonetes", onde vem acontecendo nos últimos anos, o carnaval de rua da cidade, que outrora acontecia mais lá na Rua Mato Grosso, no centro histórico, nos bons tempos do animado Bloco dos Cocos, organizado por Batistão e outros Barbosas e no qual também participei alguns anos, antes de deixar a pinga para me dedicar mais à religião, deixando o espaço para outros foliões.
 
Vejam só como ficou linda essa casa da Rua Rosa Bororo. A varanda alta, a escada... Belíssima!
Como uma boa pintura nas casas enriquece e dá vida à cidade. Eu enchi meus olhos de alegria. Quem será que mora aqui? Ah, isso não importa. O que importa é que a casa está linda, muito linda.
Subi à sacada do Consultório Psicológico da Dra. Rejane para registrar a paisagem poxoreana lá de cima. O gostoso desses prédios com sacadas altas é que eles aumentam as possibilidades de leitura da cidade.Vejam só que bela visão da Vila Santa Terezinha e do Morro da Mesa, através da Rua Rosa Bororo, calçada de lajotas, com suas calçadas estreitíssimas.
Voltando à Rua Mato Grosso, revi essa casa sexagenária de Poxoréu. A data de sua construção, registrada em sua parte frontal é MCMLII (1952). A restauração conservou algumas das linhas arquitetônicas originais. Que bom terem preservado esses traços! E ao lado, temos agora a "ELEGÂNCIA", oferecendo a Moda Masculina.
O Antônio do Bazar está certo. O centro de Poxoréu está bem vivo, embora pouco movimentado. Vale a pena passear por aquelas ruas lá da parte baixa da Poxoréu garimpeira, de casas geminadas construídas nas ladeiras, nos sobes e deces que os garimpeiros faziam nas barrancas dos rios Bororo, Areia e Poxoréu.
E para o desfecho da crônica desse nosso passeio pelo Centro Histórico, nada melhor do que o poema "Minha Casa", do upenino Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, atual 1º. Vice-Presidente da União Poxorense de Escritores.

Minha Casa

Autor: Gaudêncio Amorim

Minha Casa é muito bonita...
Não tem outra igual a ela
É a melhor imagem da fita
Pintada de azul e amarela

Ali naquele lugar é meu cantinho
Um reino de paz e bonança
Pois lá eu e os meus maninhos
Vivemos a melhor vida de criança

Na casa azul e amarela da esquina
Tem um teto aconchegante
Uma mãe que sempre nos anima
E um pai herói que é brilhante

Não importa o lugar da casa da gente
Onde se mora ou se cria
Importa o amor que a gente sente
Pela graça de ter uma família



E para fechar de vez essa narrativa, olha só que belo visual da Rua Paraíba, a partir do Sindicato Patronal Rural, na esquina com a Rua Paraná. Veja como ficou lindo esse prédio com essa varanda em tons de verde, coberta de telhas coloniais. É muito bom mesmo, quando a gente vê pessoas se preocupando em fazer com que a cidade fique cada vez mais bonita.
Eu creio que a gente só vê o que quer ver. Eu poderia ter visto outros aspectos da cidade durante este meu passeio matinal de sábado pelo centro da cidade. Posso até receber críticas por não ter visto direito e ter deixado passar outras belezas. Mas foram essas cores e essas paisagens que meus olhos viram e foi isso que me deixou muito feliz em ter também, neste lugar a "minha casa poxoreana".

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A fundação de Poxoréu

 Poxoréu – MT


Fundação: O município foi fundado de forma indireta, por João Ayrenas Teixeira, em 24 de junho 1924, quando este, com sua expedição exploradora, descobriu, em um riacho que denominou de “Sete”, os primeiros “sete” chibius, que demonstraram a existência de diamantes na região. Foi a partir dessa descoberta que levas e levas de garimpeiros afluíram para o lugar, dando início às primeiras povoações. Com o incêndio de São Pedro (a primeira a se formar), em 1927, Morro da Mesa (iniciada em 1926), prosperou. Em 1932, já com o nome de Poxoréu, Morro da Mesa tornou-se Distrito de Paz de Cuiabá. E, em 26 de outubro de 1938, Poxoréu foi emancipado, tornando-se município mato-grossense.
Por outro lado, se João Ayrenas Teixeira fundou o Município, a cidade de Poxoréu teria sido fundada, também de forma indireta, por Doroteu Sodré, também conhecido como Maroto Sodré. Segundo o registro de Jurandir da Cruz Xavier, Sodré e mais quatro garimpeiros buscando outros locais de garimpagem para fugir das guerrilhas do Rio Garça, acabaram chegando à confluência dos atuais córregos Areia, Poxoréu e Bororo, situados no sopé do Morro da Mesa, onde encontraram diamantes de excelente qualidade, o que, com a divulgação da notícia, provocou a movimentação da garimpeirama de São Pedro e região para a nova influência.
Desse modo, pode-se registrar os seguintes créditos sobre a fundação de Poxoréu:

1 – Fundador do Município de Poxoréu: João Ayrenas Teixeira, em 24 de junho de 1924;
2 – Fundador da cidade de Poxoréu: Doroteu Sodré, em julho de 1926.

3 – População: O município de Poxoréu conta com 17.602 habitantes, de acordo com o Censo Demográfico Decenal do IBGE, realizado em 2010.

4 – Área: A área de Poxoréu é de 6.923,227 km³.

5 – Densidade demográfica: 2,54 hab/km².

6 – Altitude: 360 metros (em frente ao Paço Municipal Joaquim Nunes Rocha).

7 – PIB: R$ 274.680,770 mil, em 2008, segundo o IBGE.

8 – PIB per capita: R$ 15.605,08.

9 – Distância da capital: 240 km.

10 – Localização: Localiza-se a uma latitude 15º50'14" sul e a uma longitude 54º23'21" oeste.

Foto Preto e branco: Disponível em: . Acesso em 9 fev 2012.
Foto colorida: Disponível em: . Acesso em 9 fev 2012.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

UM DEUS

Que amor, que prazer, que dor, que loucura
Todos esses sentimentos juntos em uma só criatura
Que por toda a humanidade padeceu
Foi certamente para morrer que Ele nasceu.

Não morrer como todo ser humano faz
Mas morrer para salvar, como só Deus é capaz
Morte que dá vida, e vida sem mal
Pena que o mundo encare a vida como algo banal.

Que entrega, que loucura se viu lá na cruz
Onde padeceu um Deus, Jesus.
Da Terra sumiu toda luz
Mas Ele ressurgiu, fazendo ao seu nome jus.

Um Deus que é puro amor
Que perdoou a adúltera, os seus algozes, o cobrador
Que sentiu naquela cruz muita dor
Mas que deu ao mundo um novo calor.

Um Deus que é pura salvação
Tinha muitos amigos: André, Pedro, Tiago, João...
E lá na cruz sentiu uma lança furando seu coração
Então se lembrou da frase do Velho Simeão.

Um Deus que tem por nós muito carinho
Que foi pro Pai, mas não nos deixou sozinhos
Enviou o Espírito Santo, fogo abrasador
Deu-nos um novo e maravilhoso defensor.

Um Deus que muito poderoso é
Curou o leproso, o cego, todos os que tinham fé.
Miraculosamente sobre as águas andou
E, como se não bastasse, três pessoas ressuscitou.

Um Deus que é um mistério
Mas nem por isso deixa de ser sério.
E por todos tem muita admiração
E a Todos Ele tem em seu coração.

Um Deus que é Pai, o Criador
Um Deus que é Filho, o Redentor
Um Deus Espírito Santo, o Vivificador.
Três Deus e um Mistério, mas o mesmo amor.

Deus é assim e não precisa de explicação
Na calmaria se divide e em três se faz, irmão,
Mas na tempestade Ele se junta em um, e o trás no coração
Esse é o nosso Deus, o Deus de Jacó e de Abraão.

Que entrega, que loucura se viu lá na cruz
Onde padeceu um Deus, Jesus
E na Terra raiou uma grande Luz
E o céu se abriu a nós, graças a Jesus.

Wallace Rodolfo.

Uma linda borboleta poxoreana

Essa linda borboleta foi encontrada descansando na tarde de 07 de fevereiro de 2012 em um galho de acerola, na cidade de Poxoréu, MT.
Foto: Prof. Izaias Resplandes