terça-feira, 14 de setembro de 2010

O BÊBADO


(Edinaldo Pereira)


A passo trôpego

(De etanol no encéfalo)

Cambaleante vai o ébrio


Nefastos nódulos

Afeiam seu fígado

Num caos cirrótico


Pobres neurônios:

Outrora frenéticos,

Ora agônicos


Desmaia, quase cataléptico

Não obstante o riso cínico

De um transeunte néscio


Levanta-se lúrido

Medita a sua miséria

E pranteia seu infortúnio


E o povo olha, apático

A cena tragicômica

Daquele pobre alcoólatra

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