(Edinaldo Pereira)
A passo trôpego
(De etanol no encéfalo)
Cambaleante vai o ébrio
Nefastos nódulos
Afeiam seu fígado
Num caos cirrótico
Pobres neurônios:
Outrora frenéticos,
Ora agônicos
Desmaia, quase cataléptico
Não obstante o riso cínico
De um transeunte néscio
Levanta-se lúrido
Medita a sua miséria
E pranteia seu infortúnio
E o povo olha, apático
A cena tragicômica
Daquele pobre alcoólatra
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