terça-feira, 14 de setembro de 2010

ESTÁTUAS DE CERA


(Edinaldo Pereira)


É... Passou o tempo...

Perdemos a infância...

Ganhamos ares de

Adolescência e juventude:

Chegamos à maturidade.


São tantas, hoje, as responsabilidades

Que queremos ter de volta o brinquedo...

Recuperar a infância é,

Em si, tão impossível,

Que causa-nos medo.


Cada um tem seus museus,

Suas galerias pessoais,

Quadros, retratos da auto-história

Acervo valioso, intransferível.

Memórias emaranhadas nos labirintos cerebrais


Passarão também estes dias

E os homens que hoje somos

Ficarão pra sempre cristalizados

Nas mentes dos velhos que seremos

(Como nos museus as estátuas de cera).


Viver nesta terra é transitório

Que seja esta a nossa lição:

De não sermos apenas passageiros

No trem da vida, que corre

Sem jamais querer parar


Sejamos maquinistas!

Vivamos o hoje como

Se o amanhã jamais viesse a existir!

Que a nossa estátua possa eternamente sorrir

Como as crianças que um dia fomos...

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