(Edinaldo Pereira)
É... Passou o tempo...
Perdemos a infância...
Ganhamos ares de
Adolescência e juventude:
Chegamos à maturidade.
São tantas, hoje, as responsabilidades
Que queremos ter de volta o brinquedo...
Recuperar a infância é,
Em si, tão impossível,
Que causa-nos medo.
Cada um tem seus museus,
Suas galerias pessoais,
Quadros, retratos da auto-história
Acervo valioso, intransferível.
Memórias emaranhadas nos labirintos cerebrais
Passarão também estes dias
E os homens que hoje somos
Ficarão pra sempre cristalizados
Nas mentes dos velhos que seremos
(Como nos museus as estátuas de cera).
Viver nesta terra é transitório
Que seja esta a nossa lição:
De não sermos apenas passageiros
No trem da vida, que corre
Sem jamais querer parar
Sejamos maquinistas!
Vivamos o hoje como
Se o amanhã jamais viesse a existir!
Que a nossa estátua possa eternamente sorrir
Como as crianças que um dia fomos...
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