Texto e fotos: Izaias Resplandes
A UPE – União
Poxorense de Escritores estará completando 25 anos de fundação no dia 31 de
março de 2013. Sua atual Diretoria, que tem à frente o Notável Upenino Wallace
Rodolfo Pereira da Silva, planejou uma vasta programação para marcar esse
vigésimo quinto ano.
No mês de outubro realizou o seu tradicional Recital de Poesias. E agora, em novembro, após entregar a Comenda da Ordem Memória Viva “Pó-Ceréu” e lançar a 5ª edição da revista “A Upenina” (contendo a biografia de mais sete personalidades da história poxoreana), a entidade fechou o mês com chave de ouro, ao promover e realizar em sua última noite, um “Sarau com Freitas e Prazeres”.
No mês de outubro realizou o seu tradicional Recital de Poesias. E agora, em novembro, após entregar a Comenda da Ordem Memória Viva “Pó-Ceréu” e lançar a 5ª edição da revista “A Upenina” (contendo a biografia de mais sete personalidades da história poxoreana), a entidade fechou o mês com chave de ouro, ao promover e realizar em sua última noite, um “Sarau com Freitas e Prazeres”.
O sarau
aconteceu na sede social da ASSEMP – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço
Público do Município de Poxoréu e contou com a presença de upeninos e de um
grupo seleto de convidados, entre os quais o professor Admilson e o Dr.
Freitas, que, atendendo ao convite da UPE, vieram a Poxoréu para oferecer-nos
alguns cálices de seu delicioso licor musical.
O professor
Admilson Jair dos Prazeres é um dos grandes expoentes da música em Primavera do
Leste, onde vem ensinando essa arte desde 1998, quando veio para a região,
procedente de Juaçaba, SC.
O Maestro Admilson dos Prazeres. Foto: Dr. Toninho
A noite foi
maravilhosa. Um professor de música e um editor de jornal... Essas eram as
marcas mais destacadas que conhecíamos a respeito dessas duas importantes
figuras da comunicação. Desconhecíamos o talento da dupla como intérpretes de
primeira grandeza da música popular brasileira e até mesmo da internacional. E
valeu a pena estar presente.
Comendador Francisco Dorilêo
O repertório contou com 28 músicas,
abrangendo diversos gêneros musicais. Para sondar a preferência dos ouvintes
cantaram uma toada dos anos 50, uma balada de grande sucesso no momento e uma
música nordestina, também dos anos 50.
Notável Upenino Luis Carlos Ferreira e sua esposa Olga
“A caneta e a enxada” foi o início de uma
noite inesquecível. Trata-se de uma maravilhosa composição do grande Tedy Vieira,
em parceria com o Capitão Barduíno, uma linda toada datada de 1954, gravada
pela primeira vez no segundo disco de 78 rpm da carreira de Zico e Zeca.
Foi uma linda apresentação da dupla visitante (foto acima). Restou saber quem eram “as canetas” e quem “as enxadas”. Acho que todos se comportaram como enxadas e por isso, todos foram canetas.
A balada que veio em seguida foi “Esse Cara Sou Eu” (2012), o mais recente sucesso de Roberto Carlos e que faz parte da trilha sonora da novela global das nove “Salve Jorge”, de Glória Perez.
A escolha da música foi muito providencial. Se os intérpretes estavam sondando a platéia, esta teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre eles também. A música que a gente canta, tem tudo a ver conosco. E os nossos artistas demonstraram realmente serem “os caras”.
Fechando a primeira parte da apresentação, os artistas cantaram “A vida do viajante”, composição de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil, datada de 1953. O rei do baião estaria completando 100 anos de vida no dia 13 de dezembro de 2012.
Freitas & Prazeres, os Rouxinóis de Primavera
Foi uma linda apresentação da dupla visitante (foto acima). Restou saber quem eram “as canetas” e quem “as enxadas”. Acho que todos se comportaram como enxadas e por isso, todos foram canetas.
O pequeno Luiz Philipe com sua avó Luzineth Amorim, esposa do upenino Gaudêncio Amorim
A balada que veio em seguida foi “Esse Cara Sou Eu” (2012), o mais recente sucesso de Roberto Carlos e que faz parte da trilha sonora da novela global das nove “Salve Jorge”, de Glória Perez.
A escolha da música foi muito providencial. Se os intérpretes estavam sondando a platéia, esta teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre eles também. A música que a gente canta, tem tudo a ver conosco. E os nossos artistas demonstraram realmente serem “os caras”.
Os Notáveis Wallace Rodolfo e Dr. Toninho Nogueira
Fechando a primeira parte da apresentação, os artistas cantaram “A vida do viajante”, composição de Luiz Gonzaga e Hervé Cordovil, datada de 1953. O rei do baião estaria completando 100 anos de vida no dia 13 de dezembro de 2012.
Ao centro, a Sra. Sulene Campos, esposa do upenino João de Souza
A platéia,
silenciosa durante as apresentações, aplaudia e continuava atenta. O
professor Dos Prazeres observou: “Que
silêncio! É bom cantar para quem sabe ouvir, para quem parou para ouvir”. Então me lembrei de uma observação que fiz há tempos atrás: “Os pássaros nunca pararam de cantar; nós é que não temos parado para
ouvi-los”. Foi delicioso parar para ouvir os nossos artistas de Primavera do Leste. Mas eles
reclamaram e incentivaram a platéia a cantar com eles.
Então veio “Ainda ontem chorei de saudade”, composição de Moacyr Franco, gravada por João Mineiro e Marciano, em 1988; “Alguém na multidão”, composição de Rossini Pinto, um dos maiores compositores da Jovem Guarda, gravada por Golden Boys com The Fevers, em novembro de 1965; “Boiadeiro errante”, mais um sucesso composto por Tedy Vieira e gravado no segundo LP 78 rpm de Liu & Léu, em abril de 1959, pela Chantecler. Liu que faleceu neste ano de 2012, no dia 5 de agosto, um dia antes de completar 78 anos.
O empresário Eurípedes Rodrigues de Araújo com a Profª Terezinha Ramos e seu esposo o Vereador Valtércio Teixeira
Então veio “Ainda ontem chorei de saudade”, composição de Moacyr Franco, gravada por João Mineiro e Marciano, em 1988; “Alguém na multidão”, composição de Rossini Pinto, um dos maiores compositores da Jovem Guarda, gravada por Golden Boys com The Fevers, em novembro de 1965; “Boiadeiro errante”, mais um sucesso composto por Tedy Vieira e gravado no segundo LP 78 rpm de Liu & Léu, em abril de 1959, pela Chantecler. Liu que faleceu neste ano de 2012, no dia 5 de agosto, um dia antes de completar 78 anos.
A esta altura a
avaliação de Freitas já estava concluída. Ele disse: “Amilson, parece que a platéia gosta mais dos anos 60 do que do
sertanejo”. Então o Dr. Toninho Nogueira, nosso confrade upenino se
pronuncia dizendo: “mas estou apreciando muito ouvir essas músicas antigas”.
Sendo assim, Freitas & Prazeres
cantaram “Cavalo Enxuto”, composição
de Lourival dos Santos e Moacyr dos Santos, gravada por Tião Carreiro e Pardinho,
no LP Viola Cabocla, na Gravadora Alvorada, no ano de 1973.
Na sequência veio “Chico Mineiro”, composição de Tonico e
Francisco Ribeiro, segundo Freitas, “para
chorar”, gravada por Tonico e Tinoco em 1946.
Na sequência cantaram o forró “Colo de Menina”, composição de Jorge Filho, gravação da banda Rastapé, criada em 1999 e que faz parte de seu CD/DVD gravado pela EME, intitulado “Rastapé cantando a história do forró”.
Esse forró animou o Prof. Antônio Lélis de Azevedo Rocha, Secretário Municipal de Educação de Poxoréu a convidar a Srª Carmem para bailar pelo salão (foto acima).
Finalizando o bloco vieram “Coração de Papel”, composição de Sérgio Reis, gravada por Luiza Possi, em 2004. Ouvindo essa música, pensei do Freitas: “O editor é um Rouxinol”.
Cantaram ainda a toada “Couro de boi”, composição de Tedy Vieira e Palmeira, gravada por Palmeira e Biá em 1954, uma música “muito triste” na avaliação do artista Freitas; a música sertaneja country “Deus e eu no sertão”, gravada por Victor & Leo, em 2008, pela gravadora Universal, composição de Victor Chaves; e, “Diana”, composição do canadense Paul Anka, datada de 1957, na versão de Fred Jorge, gravada por Carlos Gonzaga, em 1958.
O artista Waldir Freitas com obra upenina "Antologia Poética", entre os Notáveis Upeninos João de Sousa e Dr. Toninho Nogueira
O Comendador Francisco Dorilêo à esquerda dos Notáveis Upeninos Toninho Nogueira e Gaudêncio Amorim
À esquerda, a Drª Geralda Pereira
Na sequência cantaram o forró “Colo de Menina”, composição de Jorge Filho, gravação da banda Rastapé, criada em 1999 e que faz parte de seu CD/DVD gravado pela EME, intitulado “Rastapé cantando a história do forró”.
Esse forró animou o Prof. Antônio Lélis de Azevedo Rocha, Secretário Municipal de Educação de Poxoréu a convidar a Srª Carmem para bailar pelo salão (foto acima).
Finalizando o bloco vieram “Coração de Papel”, composição de Sérgio Reis, gravada por Luiza Possi, em 2004. Ouvindo essa música, pensei do Freitas: “O editor é um Rouxinol”.
Os Notáveis Upeninos João de Souza e Antônio José Alves Vieira
Cantaram ainda a toada “Couro de boi”, composição de Tedy Vieira e Palmeira, gravada por Palmeira e Biá em 1954, uma música “muito triste” na avaliação do artista Freitas; a música sertaneja country “Deus e eu no sertão”, gravada por Victor & Leo, em 2008, pela gravadora Universal, composição de Victor Chaves; e, “Diana”, composição do canadense Paul Anka, datada de 1957, na versão de Fred Jorge, gravada por Carlos Gonzaga, em 1958.
O Dr. Alan e sua esposa
Intervalo
do show. Início do jantar upenino. Sorteios de obras upeninas. Fotos com os
convidados. Palavras de João de Souza sobre os projetos e atividades da
entidade e sobre a importância do sarau para nos fazer parar de nossas
correrias. Falou sobre a edição da revista “A Upenina” nº 5, concluindo que “nós
temos que ajudar a construir a história deste Município”. Concordo com meu
confrade.
Sem a UPE para resgatar as memórias vivas da gente poxoreana, elas jamais entrariam para a história; em pouco tempo seriam totalmente esquecidas. Nós estamos fazendo com que nossa memória se torne história.
Como o Dr.
Toninho Nogueira, autor de “Primavera
(com e sem flores) disse “eu só janto
ouvindo música”, nossos convidados cantaram ainda “É por você que canto” (The sound of silence), da lavra de
Paul Simon, versão de João Viola e Cilinha, gravada inicialmente por João
Viola, em 1984 pela gravadora Continental e, recentemente, por Leandro e Leonardo;
A toada “Luar do sertão”, veio em seguida. É uma composição
de Catulo da Paixão Cearense e João Pernambuco, datada de 1914, quando foi
interpretada pelo cantor Eduardo das Neves, em gravação da Odeon; e, “Tristeza do Jeca”, composição de
Angelino de Oliveira, apresentada pelo Trio Viquipi, formado pelo autor e mais
dois companheiros, em 1918, gravada pela Orquestra Brasil-América em 1924 e, em
1926, por Patrício Teixeira.
Os advogados Waldir Freitas e Izaias Resplandes. Foto: Dr. Toninho
Sem a UPE para resgatar as memórias vivas da gente poxoreana, elas jamais entrariam para a história; em pouco tempo seriam totalmente esquecidas. Nós estamos fazendo com que nossa memória se torne história.
A profª Sandra Rangel, Lourdes Resplandes, Maria Bianchin e seu esposo José Diomedes
O artista Waldir Freitas. Foto: Dr. Toninho
Durante o
intervalo para o jantar, os poxorenses também cantaram. Eliel Rangel e sua
filha Heloísa (foto acima) interpretaram “Minha doce
Poxoréu”, composição de Aurélio Miranda, gravada pela Chantecler, em 1980,
por Tostão, Cruzeiro e Centavo.
O “Cruzeiro” é nosso confrade upenino Aurélio Miranda (foto acima), que, a partir de 1983, seguiu carreira solo e consolidou seu trabalho em todo o país.
Heloísa (foto acima) cantou ainda “Tocando em frente”, composta por Almir Sater e Renato Teixeira , gravada por Almir Sater, em 1992; e “Someone like you” gravada por Adele.
Eliel Rangel (foto acima), por sua vez, cantou “Às vezes querendo”, composição de José Barreto e Adãozinho, gravada por Chico Rei e Paraná; e “Nova Yorque”, gravada por Cristhian e Ralph no ano de 2005, pela Warner.
O “Cruzeiro” é nosso confrade upenino Aurélio Miranda (foto acima), que, a partir de 1983, seguiu carreira solo e consolidou seu trabalho em todo o país.
Heloísa (foto acima) cantou ainda “Tocando em frente”, composta por Almir Sater e Renato Teixeira , gravada por Almir Sater, em 1992; e “Someone like you” gravada por Adele.
Eliel Rangel (foto acima), por sua vez, cantou “Às vezes querendo”, composição de José Barreto e Adãozinho, gravada por Chico Rei e Paraná; e “Nova Yorque”, gravada por Cristhian e Ralph no ano de 2005, pela Warner.
Foto: Dr. Toninho
O upenino
Amorésio Sousa Silva (foto acima) cantou “Como é
grande o meu amor por você”, gravação de Roberto Carlos; “Você não me ensinou a te esquecer”,
gravação de Caetano Veloso; “Gostava
tanto de você”, gravado por Tim Maia; “Não
chora meu amor”, de Martinho da Vila; e “Chão de giz”, de Zé Ramalho.
Os convidados se tornam platéia para ouvir atentamente o cantor upenino Amorésio Souza Silva
Na parte final
do sarau, Freitas & Prazeres
retornaram e cantaram mais 14 músicas. O sarau terminou no começo da madrugada.
Foi uma grande noite para reviver a música popular brasileira.
O Notável Upenino Luís Carlos Ferreira ao lado do Vereador Valtércio Teixeira de Oliveira e sua esposa Terezinha Ramos
Como se chegou
a um entendimento da dupla sobre quem seria o Periquito e quem o Rouxinol, pois
ambos queriam ser o Rouxinol, ficaremos apenas com “Freitas & Prazeres, os Rouxinóis de Primavera”, que cantam e
encantam com toda certeza.
A UPE agradece aos amigos daqui e dalhures que
prestigiaram mais esse evento, dentro das comemorações dos 25 anos de fundação
da entidade.
O vereador João Joaquim de Oliveira e sua esposa Eliná
O cantor Eliel Rangel com o Notável Upenino Toninho Nogueira, a Profª Geni e o Notável Upenino Garibaldi Toledo de Moraes
Izaias Resplandes, professor e advogado é
sócio-fundador da União Poxorense de Escritores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário