Escrever também comporta um tempo de
intermitência... um tempo de deserto como, brilhantemente, chamou Adélia Prado.
Escrever comporta todas as alegrias e dores. Comporta o não comportado e o não
querido, mas comporta aquilo que se doutrina e aquilo que se quer. Escrever são
todas essas coisas, acrescida, é claro, do sangue de quem escreve. Sim,
escrever também é sangrar, já disse alguém.
Escrever pode ser a mais pura expressão de
uma solidão que se quer dizer a todo custo, porque, convenhamos, escrever é um
dos atos mais solitários dos quais se tem notícia. Ou não?
Enfim, escrever e poetizar são alimento, mas
também é fome! Depois de mais de um ano essa fome voltou, esse deserto
literário passou e aqui estou! “Foram me chamar, eu estou aqui, o que que há?”
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