domingo, 23 de setembro de 2012

'Lugar onde eu vivo em memórias e poesias"

Fotos: Luciene Ferreira Afonso.
Foto 




Livro produzido pelos alunos do 6º ano B e C e 7º ano B da Escola Municipal Guiomar Maria da Silva. O projeto foi idealizado pela professora Lucilene Oliveira.

O Presidente da UPE Wallace Rodolfo assim se referiu ao evento e à organizadora da obra:
Foi emocionante perceber que em Poxoréu o gosto pela arte de escrever jamais vai morrer. Eu, como Presidente da União Poxorense De Escritores Upe, senti-me muito honrado em ser convidado para esse evento. E, orgulhoso demais da Lucilene Oliveira, Parabéns pela iniciativa.
 A organizadora com os autores

 A Profª Lucilene Oliveira, organizador do livro "Lugar onde eu vivo em memórias e poesias"

sábado, 22 de setembro de 2012

22 Setembro - Começa a Primavera

Então, finalmente chegou a Primavera. As primeiras chuvas também chegaram, depois de um inverno rigoroso. Nós tivemos duas pequenas chuvas neste inverno em Poxoréu.

As flores e as chuvas renovam a paisagem e traz uma nova visão para a nossa querida cidade de Poxoréu.

Essas são algumas flores da paisagem poxorense.

      A Primavera

Já chegou a Primavera.
Trouxe-a flores para mim,
Perfumou a minha terra,
Enfeitou o meu jardim!

E o floral?
O floral floriu.
Floresceu o floral.
A natureza sorriu
Um sorriso natural

E o beija-flor?
O beija-flor está em festa,
Pulula de flor em flor
Buscando ver entre essas
A razão do seu amor.

E o floral?
O floral floriu.
Floresceu o floral.
A natureza sorriu
Um sorriso natural

Poxoréo, MT, 08/02/2004.
Prof Izaias Resplandes
Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/poesias/1124171 
 
 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CAMINHANDO E PENSANDO



Ando pelas ruas da minha cidadezinha
Pérola rara entres os montes incrustada
Velha Poxoréo, filha dos diamantes
Glória nascida de homens errantes
Garimpeiros em busca da fortuna sonhada

Relembro áureos anos de tua história
Heróis, conquistas, mitos e lendas
Prodigiosas gemas que brotaram do chão
Fazendo ricos tantos em nossa nação
Impondo a outros obscuras sendas

Sinto as dores da minha gente humilde    
Que sabe sorrir mesmo em sofrimento
Meu povo corajoso na labuta cotidiana
Digna e honesta gente poxoreana
De quem trabalho, paz e fé são o alimento

Choro os filhos que se perdem
Nas sinuosas trilhas da vida
Mas vejo, feliz, no rosto das crianças
A mais alva estampa das nossas esperanças
Resgate da glória desta cidade querida

Edinaldo Pereira de Souza

VERSOS PARA UM CAMPONÊS MORTO


 A terra é para quem trabalha.
Nela germina a semente que se espalha...
O fruto é o suor do homem,
É o trabalho árduo que sacia a dor da fome
Pior do que corte de navalha

O latifúndio aparece, horrendo
Com jagunços, como que antevendo
A tragédia de quem já não tem sorte
E na luta pela vida encontra a morte
Num projétil que entra ardendo.

A nada servirão as conferências
Dos homens sábios com suas ciências
Nos países ricos que dominam os pobres
Enquanto morrerem camponeses nobres
Na terra, palco de violências.

Eis a terra que querias ver dividida
A cobrir-te eternamente no pós-vida.
Voltas ao pó por uma reforma agrária,
Mártir da luta, errante, pária,
Na cova que te cabe, recompensa da lida.

Deixas mulher, filhos e companheiros...
Deles também são teus sonhos derradeiros.
Teu sangue mancha as mãos de latifundiários,
De políticos sujos, seus fiéis sectários,
Encharca a terra o teu sangue de guerreiro

Lava-nos a alma o teu sangue vertido
E escreve o teu nome de homem destemido
Nas páginas do livro dos heróis da utopia
De que terra terão todos, um dia
Porque sonhar ainda não é proibido.

Edinaldo Pereira de Souza

AOS VERMES


Ó, vermes que a minha carne comem
Que se saciam da minha putrefação
Acelerando a minha decomposição
Tornando lixo o que já foi homem

Multiplicai-vos em minha entranhas
Deleitai-vos dos meus tecidos
Sejam meus órgãos consumidos
Ao final de vossas façanhas

No frio silêncio desta sepultura
Comprovado que a morte é vencível
Debruçai-vos no corpo corruptível
A sete palmos de fundura

Tornai pó aquilo que do pó veio
No gênesis está o vosso mandamento
Ordeno-vos sem nenhum constrangimento
Agora da vida completamente alheio

Ó vós, vermes, fungos e bactérias
Decompositores neste caixão nauseabundo
Removei definitivamente do mundo
Esse corpo pródigo em misérias

Para que vossa tarefa seja finda
Do rosto desfigurai-me as feições
Removei cartilagens, nervos e tendões
Limpai meus ossos, tão tenros ainda

Reste, enfim, um esqueleto vestido
Em ruça e rota, pútrida mortalha
Corpo reduzido à última migalha
Resquício de ser há muito morrido

Ride da lápide com que me presentearam
E seu epitáfio tosco de frases banais:
“Aqui jazem os restos mortais...”
“Saudade de todos os que o amaram...”

Como eu me rio das velas ardendo
E das tantas chorosas condolências
Das exéquias para manter as aparências
E de uns pranteando e outros bebendo

Quando, enfim, chega o carro funerário
A hora fatídica do último adeus
Nos rostos, o choro dos queridos meus
No bolso dos agentes, o pertinente numerário

Em meu sufrágio, missa de corpo presente
Ataúde fechado, aspersão de água benta
Súplica, bênção que da danação me isenta
E a gente que chora o que o morto não sente

O féretro é conduzido em triste procissão
Rumo à necrópole, derradeira morada
À campa na terra vermelha escavada
À eternidade na completa escuridão

À beira do sepulcro, o esquife aberto
Um silêncio lutuoso impera no ambiente
Balbuciam-se preces em meio à gente
Fecham-no para ir ao seu destino certo

Por fim, o túmulo é lacrado
Encaminham-se todos portão afora
Plangentes e silentes, vão-se embora
Seu infausto mister está encerrado.

No campo santo, um túmulo solitário
Mais um habitante da Cidade dos Pés Juntos
Mais um em meio a tantos mais velhos defuntos
Aos vivos, siga-se o rito testamentário...
Edinaldo Pereira de Souza

A MENINA QUE CANTAVA


Quando bebê, pouco chorava
E ouvia o canto que a embalava
Embora fosse tão pequenina
Gostava de música aquela menina

Ouvia as cantigas de ninar
Que sua mãe se punha sempre a cantar
E as vozes dos pássaros da verde campina
Nossa cantora, ainda menina

Ainda pequena, lhe fascinava
O pai, que o tempo todo assobiava
E o eco que longe gritava a colina...
Vivia feliz a nossa menina

O tempo passou e o bebê cresceu
De tantas coisas, muita coisa aprendeu
E logo deu rumo certo á sua sina
Tornar-se-ia cantora a menina

Sonhou com os palcos que mundo afora subiria
E todas as platéias que cantando encantaria...
Lembrou-se de quando era ainda pequenina
E pôs o pé na estrada, nossa cantora-menina

Bela voz não lhe faltava
E era bela aos olhos de quem a fitava
Cantar era o ofício, o palco a oficina...
Cresceu assim, cantando, a cantora não mais menina

Na arte que amava fez muito sucesso
Entre e erros e acertos, num constante recomeço.
Vitória era sempre o abrir da cortina
Onde se apresentava nossa cantora-mulher-menina

Viajou países navegando os ares
Percorreu estradas e atravessou mares...
Manteve sempre uma imagem em sua retina
O colo dos pais quando ainda em menina

Cantando envelheceu, se é que assim se envelhece.
Cantou até quando morreu e isso ninguém esquece.
Hoje, no túmulo coberto de bonina,
Repousa feliz a cantora-mulher-anciã-menina

Lembrai-vos do canto que vos alegrou a existência
Lembrai a cantora e fazei-lhe reverência
Meditai a sua história e tudo que ela ensina
E envelhecei como a cantora, sem deixar de ser menina

Edinaldo Pereira de Souza

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Upenina participa do CONPEDUC 2012

A upenina Márcia Lorenzzon participou do CONPEDUC 2012.
Conpeduc, 2012 - Congresso de pesquisa em Educação, promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu), do Campus de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), cuja temática é “Educação e Cidadania”.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Oficiala do RI de Poxoréu realiza palestra em Maceió - AL

 A Oficiala do RI Poxoréu Drª Maria Aparecida Bianchin, durante a realização da palestra em Maceio, AL


O IRIB trouxe ao debate, no Encontro Nacional, um tema atual e polêmico: A reserva legal e o novo Código Florestal. A reflexão sobre a matéria foi proposta pela palestrante Maria Aparecida Bianchin Pacheco, registradora de imóveis em Poxoreú/MT e membro do conselho editorial do Boletim Eletrônico. Para debater o assunto, foi convidado o presidente da Comissão do Pensamento Registral Imobiliário e de Assuntos Legislativos, Fábio Ribeiro dos Santos, registrador de imóveis em Campos do Jordão/SP.

A palestrante iniciou sua apresentação focando nas alterações mais recentes ocorridas na legislação sobre a reserva legal no Novo Código Florestal (Lei 12.651/12). Ela citou, inclusive, decisão do Superior Tribunal de Justiça e orientações expedidas pelas Corregedorias de Justiça Estaduais sobre a exigência da averbação da reserva, mesmo estando o proprietário desobrigado de averbá-la com o registro no Cadastro Ambiental Rural - CAR, a exemplo do que ocorreu no Estado do Espírito Santo. Naquele Estado, a Corregedoria-Geral de Justiça expediu ofício aos registradores com a seguinte orientação: “Os oficiais dos Registros de Imóveis deverão exigir a averbação da reserva legal para transmissão, desmembramento, retificação ou alteração de domínio que ainda não possui comprovante junto ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). ‘’

Segundo Maria Aparecida Bianchin Pacheco, as posições de diversos segmentos da sociedade são conflitantes, o que pode dar origem a interpretações muitas vezes equivocadas. “O assunto coloca, muitas vezes em posições antagônicas, o governo, os ambientalistas, os ruralistas, o Ministério Público e o Poder Judiciário. E nós registradores nos vemos como alvos, recebendo pressões de todos os lados, quando a nossa função é registrar e garantir os direitos reais”, diz. A conferencista credita toda a polêmica ao fato de o Brasil conter um grande passivo de reserva legal. São mais de cinco milhões de imóveis rurais, perfazendo um total de 258,2 milhões hectares de reserva legal e um passivo de 153,9 milhões de ha.

A palestrante tratou das possíveis alterações que podem ocorrer com a aprovação do Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória 571/2012, que tramita no Congresso Nacional. Tal projeto pretende disciplinar que o proprietário poderá averbar a Reserva Legal no Registro de Imóveis até que seja criado o CAR, sendo que, no período entre a data da publicação desta Lei e o registro no CAR, o proprietário ou possuidor rural que desejar fazer a averbação, terá direito à gratuidade deste ato (Art. 18 (...) § 4º).
 
Com relação ao novo Código Florestal, Maria Aparecida listou os seguintes reflexos no Registro de Imóveis: a servidão ambiental e a cota de reserva ambiental, bem como as suas alienações ou cessões devem obrigatoriamente ser averbadas no RI, considerando que todas as obrigações ambientais tem natureza real, poderão ser registradas as citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a imóveis além da averbação das decisões, recursos e seus efeitos de ações judiciais de cunho ambiental.

O debatedor Fábio Ribeiro dos Santos, por sua vez, questionou os limites da ação fiscalizatória que o Poder Judiciário tem atribuído ao Registro de Imóveis. Segundo ele, não há duvida que a atividade registral imobiliária assume essa função na medida em que disciplina o direito de propriedade. “Atualmente o Registro de Imóveis vem sendo cada vez mais chamado a exercer a função fiscalizadora tanto no plano urbanístico como no ambiental. No entanto, muitas vezes são exigidas de nós tarefas que extrapolam nossas atribuições. Devem ser estabelecidos limites claros quanto a isso”, comentou.

Com relação à responsabilidade do registrador de imóveis, Fábio Santos defendeu que o registrador não pode ser penalizado por cumprir a legislação e não condicionar atos registrais à prévia averbação da reserva legal na matricula, porque se trata de uma garantia constitucional de que ninguém pode ser obrigado a fazer algo ou deixar de faze-lo, senão em virtude de Lei. “Se o município pode criar lei que diminua a área de APPS para 10 metros, não pode o registro de imóveis entrar no mérito de sua constitucionalidade e deve respeitar as licenças emitidas na sua vigência. Pelo menos no âmbito do Estado de São Paulo, a Corregedoria é incisiva quanto a isso”.

Fonte: Assessoria de comunicação do IRIB
Em 13.9.2012

sábado, 15 de setembro de 2012

Vovô Aurélio Miranda curtindo a netinho no FACEbook


Aurélio Miranda e seu netinho
  • Aurélio Miranda: Fiquei três dias longe de meu neto, voltei morrendo de saudade!!! Mas, violeiro é asim, sempre com o pé na estrada, para garantir o pão nossso de cada dia... Que as bençãos do Noss Senhor JESUS CRISTO se estenda a nós da familia e a todos parentes e amigos. Remocei vinte anos.
    Ness remoçada, o violeiro faz poesia e diz:
  • Aurélio Miranda: NAGELLA, MENINA SAPECA, MENINA BONECA, MENINA MIMADA...VOU CONTAR PRA ISULINA QUE ANDAS TRAQINA DE CANTOS E RIMAS NUMA GRANDE JOGADA.
    E o amigo Antonio Costa participa da alegria com suas alegres rimas, dizendo:

    Antonio Costa: Nessa empreitada de rima sou aprendiz
    So faço o que meu coração romântico manda
    Pra jogar com mestre, só repico o que ele diz
  • Nele deposita-se o orgulho e esperança,
    de que esta cría seja uma estampa de valor
    Valor de toda uma vida de confiança.
    Nesse dia, os olhos brilham em cor
    E revelam o orgulho dessa mágica herança.

    Amigo e confrade upenino Aurélio Miranda. Que seja pública a nossa alegria pela sua "remoçada", pela sua "carreira" de artista, de violeiro, de poeta. Você é o cara! É o irmão que faz brilhar cada vez mais forte a estrela poxoreana pelos quadrantes dos céus brasileiros.
    Parabéns pelo neto!
    O neto foi a forma que Deus encontrou para nos fazer sentir de novo as alegrias de ser pai!
    Abraços upeninos.

Upeninos vão à EE Pe. César Albisetti

 Durante essa semana, a Escola Pe. César Albisetti convidou os upeninos Izaias Resplandes de Sousa e Gauêncio Filho Rosa de Amorim para contribuirem com o seu proceso pedagógico.
O Prof. Izaias (foto acima) foi convidado para uma entrevista a respeito da UPE - União Poxorense de Escritores. No contexto das perguntas que lhe foram feitas pelos alunos do 2º ano, o convidado falou sobre os motivos que levaram à fundação da UPE, os critérios para ingresso na entidade, os objetivos defendidos pelo grupo, as perspectivas de expansão e crescimento da entidade, dentre outros assuntos.

 Já o Prof. Gaudêncio Amorim (foto acima) foi convidado para abordar a questão da Metodologia Científica para a elaboração de projetos de pesquisa, com vista à realização da Feira de Ciências de 2012 que a Escola estará levando a cabo nos meses de outubro e novembro deste ano.