No vazio da multidão espero
À espreita, espero...
Busco olhos e os encontro
Vazio, quietos, esperando...
Então volto-me par mim
Para a íntima insignificância
Tudo negro,
Machucado,
Pobre...e podre.
A indagação é inevitável...
O vazio também ...
Pessoas passam por mim,
Figuras passam por mim
...Nada passa por mim.
Uma cascata de sonhos mortos caem,
Caem sobre a pútrida matéria viva
O fétido cheiro da covardia se espalha,
Vazio...
À espreita...
Quieto...
Saio do abismo de mim,
Um turbilhão destroça-me...
As mágoas parecem minhocar do nada,
Do vazio...
Da espera...
Da quietude...
Tudo é impudente.
A nostalgia é inevitável
E como um náufrago a um naco se agarra
Prendo -me a mim
E numa introspecção
(Quase que covarde)
Mantenho-me só
Protegendo-me do corriqueiro,
Ausentando-me da sanidade,
Evitando os humanos vermes...
Escondendo-me de mim...
O buraco negro é cada vez maior
E em minha vazia pequenez espero,
Quieto, espero
Quieto...
Espero quieto
Graziely R. Lemes
segunda-feira, 15 de março de 2010
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirvaleu professor
ResponderExcluiradorei ver meus textos aqui
:)