Viagem ao Reino dos
Tubarões
Izaias Resplandes de
Sousa
Hoje, na aula de articulação no
Laboratório de Aprendizagem da Escola Profª Juracy Macêdo, meus alunos
Cristyan, João Charles, Hellen, Josinéia e eu fizemos uma viagem pelas águas
marítimas, através do ciberespaço internético.
Foi uma aventura espetacular. Após o
retorno à terra firme nos fizemos um registro coletivo da viagem. Cada marujo
foi relembrando de alguma coisa e eu, como Almirante-Professor fui registrando
tudo, tim-tim por tim-tim.
E foi assim o que escrevi...
Na data aprazada de vinte e um de
junho de dois mil e dezoito, meus alunos Cristyan, João Charles, Hellen,
Josinéia e eu iniciamos uma viagem de faz-de-conta pelas profundezas dos sete
mares desconhecidos.
Nós saímos da Escola Juracy Macêdo
direto para o Sítio do Pica-pau Amarelo. Dali, em companhia de Pedrinho,
Narizinho, Visconde e Emília seguimos até o Reino das Águas Claras, onde
pegamos emprestado um dos coches do Príncipe Escamado. E então partimos em
nossa aventura através dos mares mais profundos do Brasil e do mundo, à procura
dos grandes tubarões.
Como professor, disse-lhes que
há 365 espécies de tubarões. E nós vimos
vários desses indivíduos. Alguns deles fazem parte das 88 espécies de tubarões
que existem no Brasil.
De todos os tubarões que vimos, os
mais curiosos, com certeza, foram o tubarão-lanterna anão que media 21
centímetros e o tubarão-baleia que media 12,7 metros. Eles são o menor e o
maior tubarão do mundo. Vimos também o tubarão-tigre, o tubarão martelo, o
tubarão-elefante, o tubarão da Groelândia, o tubarão-branco, entre outros.
A experiência foi muito legal. A
Narizinho ficou muito assustada quando viu o enorme tubarão-baleia. Coitadinha!
Desmaiou no coche, bem no colo de Josinéia. Mas logo voltou a si e prosseguimos
a viagem marítima.
Conhecemos tubarões que nem sabíamos
que existiam. Foi maravilhoso vermos aqueles gigantes carnívoros bem de perto,
bem na nossa frente. Também foi muito divertido passear pelos mares, passando
no meio dessa peixarada de todas as
cores e tamanhos. Nas comparações que fizemos, eles chegavam a medir quase duas
salas de aulas de comprimento e pesavam o equivalente a 238 homens de 1,80 m
com peso ideal de 80 kg, aproximadamente. O tubarão-baleia, disse-lhes, pode
ultrapassar as 19 toneladas de peso.
Mas, nem tudo foram águas claras. Também
tivemos águas turvas. Nós já estávamos voltando para o Reino das Águas Claras,
quando nos defrontamos com uma batalha de tubarões e passamos por um grande
perigo. Ocorreu que um gigantesco tubarão foi atirado sobre nosso coche e quase
nos fez naufragar. A verdade é que naquele tatame marítimo não havia regras.
Parecia que era uma luta de todos contra todos. Era tanto tubarão que ficava
difícil da gente saber quem estava
lutando contra quem, quem era aliado e quem era inimigo. Mas pudemos ver
um tubarão-anjo lutando sozinho contra um enorme tubarão-raia-preta e um grande
tubarão-branco. Foi uma luta sangrenta. O tubarão-branco foi abatido, mas o
Raia-preta e o Anjo continuaram a briga por muitas horas. Por causa do risco de
sermos envolvidos naquela briga, resolvemos ir embora e deixá-los brigando.
Retornamos ao Sítio do Pica-pau Amarelo, onde descansamos de nossa aventura.
Depois voltamos para a Escola Juracy Macêdo. Mas a história não acabou aqui,
porque o João Charles queria mais aventuras e resolveu ficar ali mais uma
semana.
Ao chegar na Escola, uma semana
depois que saímos do Pica-pau Amarelo, João Charles contou-nos que logo depois de nossa partida,
um tubarão-raia-preta apareceu com uma gangue de tubarões atormentando o Reino
das Águas Claras. E então o Príncipe Escamado chamou a turma do Sítio para
lutar e ajudar a expulsar os invasores.
A liderança dos exércitos marítimos
coube ao Major Agarra e Não Larga Mais. Já as tropas terrestres que foram do
Sítio, lutaram sob a liderança do Capitão Pedrinho e dele, João Charles, alçado
ao posto de Coronel. Pedrinho levara Quindim, Rabicó, Visconde, Conselheiro e
Narizinho. Dona Benta e Tia Nastácia não quiseram ir. João Charles disse que
capturou dois tubarões-demônios. Colocou umas focinheiras neles e fê-los
galopar com ele de pé sobre eles pela zona de guerra. Disse que se sentia como
o próprio Netuno, o Rei dos Mares, tal a sua imponência em cima dos tubarões.
A luta foi vencida e os invasores
foram expulsos. Os tubarões-raia-pretas foram abatidos e servidos em um grande
churrasco de peixe para o qual foi convidada toda a população do Pica-pau
Amarelo e dos reinos marítimos vizinhos.
Em nossa aventura, fui falando sobre
os tubarões. Disse aos meninos que eles se alimentam de plancton e de peixes, mas
se houver algum ser humano por perto, eles comem também. E que eles podem ser
encontrados até dois mil metros de profundidade.
E essa foi a aventura, a qual acabou
quando escapuli um grande atchim, tal qual aconteceu com Narizinho, no seu
encontro com o Príncipe Escamado e o Mestre Cascudo. É verdade que aumentamos
um pouco, mas não é verdade o que dizem, que quem conta um conto, sempre
aumenta um ponto?!
Essa foi a nossa história. Quem não
gostou que conte outra.
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