HÁ 29
ANOS...
Izaias Resplandes
Há 29 anos, em 31 de março de 1988,
nascia a União Poxorense de Escritores (UPE). E então, éramos sete companheiros
puxando a fila de alistados que prosseguiu a partir dali “em defesa da arte e
da cultura” de Poxoréu: Aquilino Sousa Silva, Joaquim Moreira, Genivá Bezerra,
Kautuzum de Araújo Coutinho, Enir Arge Conceição, João de Souza e Izaias
Resplandes de Sousa. Uma fila que cresceu e decresceu, mas que não desapareceu
e que até hoje permanece como um esteio de aroeira fincado no solo poxoreano.
Não é por acaso que sete é o número
da totalidade e da perfeição. Sete foram os garimpeiros que descobriram Poxoréu
e sete foram os upeninos fundadores da União Poxorense de Escritores. Se
começamos bem, só poderemos acabar se for tão bem, também!
João de Sousa, Izaias Resplandes, Luís Carlos Ferreira, Márcia Lorenzon, Gaudêncio Amorim e Kautuzum Coutinho |
Que os upeninos se orgulhem de sua
UPE. Se orgulharem dessa terra, orgulhem-se também dessa filha que nasceu para
garantir que essa mãe pátria gentil, Poxoréu, “a estrela que veio lá do céu”,
seja sempre bem-aventurada nos quatro cantos do Brasil.
Luís Carlos, Izaias Resplandes, Márcia Nunes, João de Sousa, Paula e Rosana |
Em nenhum momento, a UPE foi
pensada para conter um grande grupo. Pelo contrário. A ideia sempre foi ser um
grupo pequeno, mas que fosse coeso com os propósitos estabelecidos. Entendíamos
que sozinhos sempre seríamos fracos, mas que, unidos, poderíamos nos fortalecer
mutuamente. E assim tem sido ao longo desses 29 anos de existência.
Os upeninos se tornaram muito mais que membros de uma Academia Literária. Formaram uma família. Podem ter certeza de que temos muito mais cumplicidades do que a maioria das famílias. O tempo nos fez irmãos. Irmãos pela arte, irmãos pela cultura, irmãos por Poxoréu e irmãos por nós mesmos.
Os upeninos se tornaram muito mais que membros de uma Academia Literária. Formaram uma família. Podem ter certeza de que temos muito mais cumplicidades do que a maioria das famílias. O tempo nos fez irmãos. Irmãos pela arte, irmãos pela cultura, irmãos por Poxoréu e irmãos por nós mesmos.
É por isso que estamos aqui até
hoje, porque nós somos nós. Não somos fruto de fantasias e ilusões. Nós sempre
vivemos com os pés no chão, na realidade, no dia a dia, fazendo pouco (como
muitos dizem), mas sempre fazendo. Um exemplo disso é o nosso encontro no
rádio, o “Momento de Arte e Cultura” que está no ar desde 1988, até hoje,
veiculando o debate, as ideias, os fatos, a arte e tudo o mais que constitui a
cultura de Poxoréu. Outro exemplo é o Recital de Poesias que também fazemos
desde aqueles tempos e que já proporcionou momentos de grande alegria e
satisfação para todos os que participaram como intérpretes e para os que
participaram como espectadores da genialidade dos talentos que essa “terrinha
pôs nos palcos como artistas”.
De verso em verso e de prosa em
prosa temos escrito as crônicas do cotidiano poxorense. Hoje podemos dizer com
a boca cheia: Yes, nós temos memória! Sim, nós temos porque resgatamos,
escrevemos, registramos e publicamos o que temos visto e ouvido, tanto do dia a
dia em que vivemos, como do passado que ficou sem registro, mas que ainda
conseguimos recuperar.
É possível que algum dia a UPE
também venha sucumbir na inoperância. Os upeninos estão envelhecendo. A maioria
está de cabelos brancos. Apesar de que, em quase todos os anos temos convidado
novos integrantes para se filiarem conosco, não temos sido muito exitosos na
formação de um novo quadro de upeninos ativos, do naipe desses que estiveram na
entidade nas três últimas décadas.
Muitos manifestam o desejo de
pertencer aos quadros da UPE, mas não conseguem se identificar com o que fazer
upenino. Como já dissemos em outra oportunidade, todos querem as glórias, mas
poucos aceitam as responsabilidades que elas impõem.
A UPE não é festa, não é farra. A UPE é trabalho e aquele que deseja fazer parte de seus quadros, também deve estar disposto a trabalhar. Primeiro, nós trabalhamos; depois, nos alegramos.
A UPE não é festa, não é farra. A UPE é trabalho e aquele que deseja fazer parte de seus quadros, também deve estar disposto a trabalhar. Primeiro, nós trabalhamos; depois, nos alegramos.
A UPE também não foi criada para
arrecadar dinheiro, nem público e nem privado, como a maioria das organizações
sociais. Os upeninos são altruístas e filantropos. A maioria de seus projetos é custeada com
recursos dos próprios membros. Mas, como o grupo se dispõe também a realizar
projetos que são de natureza e responsabilidade pública, é evidente que a
entidade não dispensa as parcerias píblico-privadas para realizá-los. Nessa
hora nós nos tornamos parceiros do Poder Público e ainda fazemos gestão junto
aos nossos amigos da sociedade para que também participem.
É interessante destacar que a UPE
não tem mais responsabilidade por fazer e realizar qualquer projeto cultural,
do que qualquer outro cidadão ou organização social. Nos nossos projetos
pessoais nós somamos esforços entre nós mesmos para viabilizá-los. E nos
projetos públicos e sociais, nós sempre estendemos as nossas mãos para ajudar a
realizar.
Sim, podemos não ter muito para
ajudar; podemos não ser muitos para fazer; mas, que ninguém diga que nós somos
omissos, por que jamais puxamos o tapete de alguém, bem como jamais deixamos de
participar de qualquer projeto, sempre que fomos chamados por outros.
Isso é a União Poxorense de
Escritores, que nesta data de 31 de março de 2017 está aniversariando,
completando 29 anos de existência nas terras de Poxoréu, MT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário