LAGOS DE ROCHA*
Gaudêncio
Amorim
I
Quando se é jovem na aurora da
existência
Os sonhos se amontoam em profusão
Até se consolidar na firme vocação
Daquilo que, realmente, se pretende
na vida
E não há prazer melhor que a
experiência
Quando repousa n´alma a consciência
A certeza de uma árdua tarefa
cumprida
II
E com que zelo e gozo desvarios
Quem do seio da mocidade
Alcançou a incerta posteridade
Feliz dos modos e escolhas que fez
Pois, poderá desfrutar dos amores
Sem o ávido desprazer dos rumores
Das pedras ao leu em desatina
intrepidez.
III
Mais feliz do que alcançar a
felicidade
É se prender a um valor na vida
Numa filosofia clara, bem definida
Na inequívoca identidade de um Ser.
Mais importante do que viver
ensinando
O saber a quem estiver precisando
É ensinar os outros a viver
IV
E foi este o sacerdócio de uma vida
Que escolheste ou por ela escolhida
Qual botão que não se desprende da
flor
E embalde a caminhada numa missão
Chegaste ao fim,
com rara devoção,
Na mais límpida mensagem de amor
V
Orgulha-te do feito alcançado, a
glória enfim
Na luta dos desiguais - a
concorrência
Sob a insígnia e láurea da
competência
Altaneiros e impávidos na moldura
da história
O teu nome é o que enriquece a sua
gente
Que em qualquer tempo presente
Será relíquias de uma ditosa
memória
VI
Pois, de tantas alternativas de
projetos
Nos sonhos indeléveis, o furor
Na mais nobre das profissões, o
professor
E no mais rico laboratório de
ambiência.
Nesta cátedra, não deixaste apenas
e afinal
O trabalho e o sucesso de uma profissional
Mas, as marcas de toda uma existência
VII
Obrigado!, Mil vezes obrigado e se
pudesse
Escalaria o mais alto planalto
Para escrever seu nome lá no alto
Qual Morro da Mesa, lá de cima
desabrocha
E ficaria admirando-o
pisca-piscando
Qual tocha viva seu povo iluminando
Na sua grandeza: Leda Figueiredo
Rocha.
* Para Leda Figueiredo Rocha, na sua despedida de uma vida dedicada
a educação.
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