quarta-feira, 25 de julho de 2012

É PRECISO – SIM – ESTUDAR... E CONHECER!



É PRECISO – SIM – ESTUDAR... E CONHECER!
PROF. LUIS CARLOS FERREIRA[1]
À carreira política com sucesso, a aprovação popular. Nem sempre é do povo e, também, nem para este que ela converge. Entretanto, é assim que procede: através do povo – quer seja pelo voto, ou por mera indicação.
Uma coisa é o povo decidir racionalmente; por outro lado, está o fator emocional, em que tende a se deixar levar pela afeição, pelo parentesco ou amizade, ou, ainda, por ser grato – em razão de um favor prestado.
Duas vertentes muito claras incidem no fazer política: O modo puro... sincero... vislumbrando perspectivas da coletividade, em prol da mesma coletividade. E outro, bastante arraigado na atualidade – aquele que não calcula as finalidades, que rompe com o racional.
Os dois são estrategos com altíssimo grau de habilidosa qualificação.
“O Príncipe”, de Maquiavel, figura – qual bússola – para aqueles que renunciam o adequado saber à astúcia e ardilosa artimanha no exercício de governo, fazendo vistas grossas às formas e meios de se alcançar o cume da escalada, são partidários, por exemplo, de que não é mister o conhecimento científico de nível superior para bem governar um povo, administrando a República.
Ao contrário, no outro extremo o platônico, visando galgar os píncaros do poder, através do conhecimento esquematizado, de tal forma que caiba ao filósofo.
Péricles, em Grécia antiga, detentor de vasto cabedal científico, deixa-nos o legado de que “conhecer é preciso” se a pretensão é uma boa administração pública. Este é o objetivo de quem estuda. Senão, de que adianta estudar? Prá que estudar? Qual a finalidade do estudo? Valorizar anos de estudos, abdicando de outros expedientes, por quê?
Por outro lado, no meio termo, existem aqueles que, por um motivo ou outro, não prosseguiram nos estudos – mas, não analfabetos – que (com grande força de vontade em serem bem sucedidos, inclusive administrativamente), se acercam de assessorias cultas, nos ramos das mais diversificadas e diversas atividades. A estes, entretanto, o dissabor – quase sempre – da traição (aqui lembra a célebre frase “até tu, Brutus!?”).
Se, ao postulante à carreira da política pública, a necessidade de estudo; àquele que o indica, muito mais: estudo e conhecimento! Razão. Ao invés de sentimentalismo, clientelismo, individualismo, casuísmo e – outros ismos. E mais que rancores e mágoas “por tabelas”, quase sempre mandando recados indiretos.
Aos frustrados, em razão do Curso que “concluíram” sem o adequado método aplicativo, sem a base teórica necessária, e que perfilam, quais analfabetos, com os demais analfabetos em apregoarem da não importância do estudo prá gerir os destinos da coisa pública, meus pêsames, posto que – a partir do “jardim de infância” já vinham jazendo até tombarem nos túmulos dos ignorantes.
A estes, a necessidade de estudar... estudar e – estudar. Aprender a estudar.


[1] Upenino Geo-Historiador

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