É PRECISO – SIM – ESTUDAR... E
CONHECER!
PROF.
LUIS CARLOS FERREIRA[1]
À carreira política com sucesso, a
aprovação popular. Nem sempre é do povo e, também, nem para este que ela converge.
Entretanto, é assim que procede: através do povo – quer seja pelo voto, ou por
mera indicação.
Uma coisa é o povo decidir racionalmente;
por outro lado, está o fator emocional, em que tende a se deixar levar pela
afeição, pelo parentesco ou amizade, ou, ainda, por ser grato – em razão de um
favor prestado.
Duas vertentes muito claras incidem no
fazer política: O modo puro... sincero... vislumbrando perspectivas da
coletividade, em prol da mesma coletividade. E outro, bastante arraigado na
atualidade – aquele que não calcula as finalidades, que rompe com o racional.
Os dois são estrategos com altíssimo grau
de habilidosa qualificação.
“O Príncipe”, de Maquiavel, figura – qual
bússola – para aqueles que renunciam o adequado saber à astúcia e ardilosa
artimanha no exercício de governo, fazendo vistas grossas às formas e meios de
se alcançar o cume da escalada, são partidários, por exemplo, de que não é
mister o conhecimento científico de nível superior para bem governar um povo,
administrando a República.
Ao contrário, no outro extremo o platônico,
visando galgar os píncaros do poder, através do conhecimento esquematizado, de
tal forma que caiba ao filósofo.
Péricles, em Grécia antiga, detentor de
vasto cabedal científico, deixa-nos o legado de que “conhecer é preciso” se a
pretensão é uma boa administração pública. Este é o objetivo de quem estuda.
Senão, de que adianta estudar? Prá que estudar? Qual a finalidade do estudo? Valorizar
anos de estudos, abdicando de outros expedientes, por quê?
Por outro lado, no meio termo, existem
aqueles que, por um motivo ou outro, não prosseguiram nos estudos – mas, não
analfabetos – que (com grande força de vontade em serem bem sucedidos,
inclusive administrativamente), se acercam de assessorias cultas, nos ramos das
mais diversificadas e diversas atividades. A estes, entretanto, o dissabor – quase
sempre – da traição (aqui lembra a célebre frase “até tu, Brutus!?”).
Se, ao postulante à carreira da política
pública, a necessidade de estudo; àquele que o indica, muito mais: estudo e
conhecimento! Razão. Ao invés de sentimentalismo, clientelismo, individualismo,
casuísmo e – outros ismos. E mais que rancores e mágoas “por tabelas”, quase
sempre mandando recados indiretos.
Aos frustrados, em razão do Curso que
“concluíram” sem o adequado método aplicativo, sem a base teórica necessária, e
que perfilam, quais analfabetos, com os demais analfabetos em apregoarem da não
importância do estudo prá gerir os destinos da coisa pública, meus pêsames,
posto que – a partir do “jardim de infância” já vinham jazendo até tombarem nos
túmulos dos ignorantes.
A estes, a necessidade de estudar...
estudar e – estudar. Aprender a estudar.
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