sábado, 11 de fevereiro de 2012

Minha Casa Poxoreana

 No último sábado andei a pé pelo centro histórico de Poxoréu. Se você quiser conhecer uma cidade, caminhe a pé por suas ruas e becos. De máquina fotográfica na mão, andei pelas Ruas Paraná, Paraíba, Bororo, Pernambuco e Mato Grosso.
Na Lanchonete do Pimentel tive a satisfação de encontrar o Antônio do Bazar, o Idaiolan Guimarães e o Agnaldo do Ângelo Romano. Eles falavam sobre a cidade e sua administração passada, presente e futura, avaliando criticamente os avanços, os retrocessos e as perspectivas.
Segundo Antônio do Bazar, Poxoréu está muito viva, embora não se veja muitos visitantes pelas ruas históricas da cidade, perdendo estes a oportunidade de belos passeios.
Após um refrigerante e uma breve conversa continuei minha caminhada. Foi com grande prazer que fotografei a casa do saudoso Arthur Farias, com a fachada belissimamente restaurada, pintada em tons de verde. Uma maravilha. Ah, Vinícius de Moraes! "Se todos fossem iguais a você, que maravilha viver". Se todos pintassem pelo menos as fachadas de suas casas uma vez por ano, em lindas cores, como ficaria linda a nossa cidade. Como ficou bonita a casa de seu Arthur.

Na Rosa Bororo, "aconchego dos Pinga", também vi belíssimas casas coloridas. O rosa, o salmão e o laranja são as cores predominantes. No antigo consultório do Dr. Joaquim Dentista, agora está funcionando o consultório psicológico de sua nora, a Doutora Rejane Regenold. Jonh, o filho do doutor, agora também é doutor dentista e está atendendo junto com o pai, na casa do Leoncinho Pinga, em frente à Pizzaria Snitran, popularmente conhecida como a Lanchonete do Gordo, na Vila Cruzeiro, no "Trevo das Lanchonetes", onde vem acontecendo nos últimos anos, o carnaval de rua da cidade, que outrora acontecia mais lá na Rua Mato Grosso, no centro histórico, nos bons tempos do animado Bloco dos Cocos, organizado por Batistão e outros Barbosas e no qual também participei alguns anos, antes de deixar a pinga para me dedicar mais à religião, deixando o espaço para outros foliões.
 
Vejam só como ficou linda essa casa da Rua Rosa Bororo. A varanda alta, a escada... Belíssima!
Como uma boa pintura nas casas enriquece e dá vida à cidade. Eu enchi meus olhos de alegria. Quem será que mora aqui? Ah, isso não importa. O que importa é que a casa está linda, muito linda.
Subi à sacada do Consultório Psicológico da Dra. Rejane para registrar a paisagem poxoreana lá de cima. O gostoso desses prédios com sacadas altas é que eles aumentam as possibilidades de leitura da cidade.Vejam só que bela visão da Vila Santa Terezinha e do Morro da Mesa, através da Rua Rosa Bororo, calçada de lajotas, com suas calçadas estreitíssimas.
Voltando à Rua Mato Grosso, revi essa casa sexagenária de Poxoréu. A data de sua construção, registrada em sua parte frontal é MCMLII (1952). A restauração conservou algumas das linhas arquitetônicas originais. Que bom terem preservado esses traços! E ao lado, temos agora a "ELEGÂNCIA", oferecendo a Moda Masculina.
O Antônio do Bazar está certo. O centro de Poxoréu está bem vivo, embora pouco movimentado. Vale a pena passear por aquelas ruas lá da parte baixa da Poxoréu garimpeira, de casas geminadas construídas nas ladeiras, nos sobes e deces que os garimpeiros faziam nas barrancas dos rios Bororo, Areia e Poxoréu.
E para o desfecho da crônica desse nosso passeio pelo Centro Histórico, nada melhor do que o poema "Minha Casa", do upenino Gaudêncio Filho Rosa de Amorim, atual 1º. Vice-Presidente da União Poxorense de Escritores.

Minha Casa

Autor: Gaudêncio Amorim

Minha Casa é muito bonita...
Não tem outra igual a ela
É a melhor imagem da fita
Pintada de azul e amarela

Ali naquele lugar é meu cantinho
Um reino de paz e bonança
Pois lá eu e os meus maninhos
Vivemos a melhor vida de criança

Na casa azul e amarela da esquina
Tem um teto aconchegante
Uma mãe que sempre nos anima
E um pai herói que é brilhante

Não importa o lugar da casa da gente
Onde se mora ou se cria
Importa o amor que a gente sente
Pela graça de ter uma família



E para fechar de vez essa narrativa, olha só que belo visual da Rua Paraíba, a partir do Sindicato Patronal Rural, na esquina com a Rua Paraná. Veja como ficou lindo esse prédio com essa varanda em tons de verde, coberta de telhas coloniais. É muito bom mesmo, quando a gente vê pessoas se preocupando em fazer com que a cidade fique cada vez mais bonita.
Eu creio que a gente só vê o que quer ver. Eu poderia ter visto outros aspectos da cidade durante este meu passeio matinal de sábado pelo centro da cidade. Posso até receber críticas por não ter visto direito e ter deixado passar outras belezas. Mas foram essas cores e essas paisagens que meus olhos viram e foi isso que me deixou muito feliz em ter também, neste lugar a "minha casa poxoreana".

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