NOSSO GENTÍLICO, NOSSO TOPÔNICO
Poxoreense, Poxorense e Poxoreano
Poxoréo ou Poxoréu
João Batista Barbosa
Atendendo pedido da amiga Sônia Vasconcelos, retorno ao ensaio supra, a partir do original publicado aqui no BlogPox, lá pelas bandas de abril de 2007.
Naquela
 época, a professora Eliane Carvalho, então prestando seus serviços em 
Sinop, norte do estado, questionava a forma correta do nosso gentílico 
(o natural ou habitante de Poxoréu). Segundo o IBGE e o dicionário do 
Aurélio Buarque de Holanda o nosso gentílico seria poxorense ou poxoreano. Ocorre que a maioria do povo de Poxoréu refere ao nosso gentílico como "poxoreense".
Até
 1985 era pacífica essa grafia, em pleno acordo com a nossa tradicional 
maneira de falar, conforme pesquisa aos jornais editados anteriormente.
A
 controvérsia surgiu quando o professor Izaias Resplandes, então redator
 do Correio de Poxoréo, reeditado em uns dois anos na administração do 
prefeito Lindberg Rocha (1982/1988) me fez esse questionamento por volta
 de 1984 e a ele respondi conforme acima. A partir daí, Resplandes 
passou a escrever "poxorense", forma essa que grafou o nome da “UPE - União Poxorense de Escritores”, da qual foi fundador e primeiro presidente.
Para
 o escritor Luis Carlos Ferreira, poeta também fundador da UPE, trata-se
 de substantivo e adjetivo de dois gêneros, o gentílico, sinônimo de poxoreano
 que Dicionário Aurélio, designa quem é "de ou pertencente ou relativo à
 Poxoréu (MT); natural ou habitante de Poxoréu". Quanto à "poxoreense"...
 isso é apenas força de expressão lingüística dogmática, sem quaisquer 
sustentações que fundamente o termo. Entretanto, carinhosamente aceita, 
por tradição, ou seja, transmissão provinda de gerações em gerações. De 
forma que dizer "poxorense", ou "poxoreano", ou, ainda, "poxoreense" está se referindo a quem é nascido em Poxoréu, ou que está vivendo no município e cidade de mesmo nome, conclui Ferreira.
O
 professor Antônio Carlos Messias Pereira acompanha o entendimento dos 
escritores Upenino Izaias e Luis Carlos e acrescenta que por questão de 
regra gramatical o gentílico correto seria poxorense, na forma indicada pelo mestre Aurélio.
Evidentemente, com o Aurélio Buarque e os escritores da UPE à frente, pela norma culta diz-se "poxorense" ou "poxoreano".
Contudo, a linguagem é do povo e não apenas dos poetas!
Na voz dos upeninos João de Souza e João Batista Cavalcante, já ouvi a pronúncia "poxoreense".
Na placa de ampliação do Fórum da Comarca de Poxoréo está grafado "poxoreense". Eu e minha família falamos "poxoreense"
 e assim escrevemos quando referimos ao nosso gentílico, acompanhando a 
tradição da maioria dos moradores do município. O historiador Suelme 
"Biela" Fernandes, o jornalista Nides de Freitas, os advogados Ruy 
Nogueira Barbosa e Juscilene Souza (Cila), o ex-vereador e pioneiro José
 Moraes Barbosa, o professor Reinaldo Bispo, e muitos outros, também 
falam "poxoreense". 
Quanto
 ao topônimo, a Câmara Municipal aprovou a Lei Ordinária nº 976, de 25 
de maio de 2005, para retornar o nome do município de POXORÉO para 
POXORÉU. Posteriormente, a reforma da Lei Orgânica do Município, de 19 
de dezembro de 2007, consolidou a nomenclatura Município de Poxoréu.  
(Original publicado no BlogPox em 10/04/2007, disponível em http://pox2.zip.net/arch2007-04-01_2007-04-30.html ) 

 




