Gaudêncio Amorim
O município de Poxoréu promoveu em 2003 o encontro de violeiros e, a partir dele, legiões de brasileiros acharam o caminho de Poxoréu para viver o encantamento de uma noite de viola, cuja emoção só pode ser narrada na experiência particular de cada participante que se deixou absorver inteiramente e, que desde o seu advento, foi crescendo até se tornar completamente do povo brasileiro pela louvável iniciativa do município de Poxoréu no Estado de Mato Grosso.
A 9ª edição do encontro de violeiros de Poxoréu pode ser equiparada a um bom vinho que quanto mais velho, melhor. Sua fama se reveste da mesma e senão maior importância que as jazidas diamantíferas de 1924 encontradas na 2ª expedição de João Airenas Teixeiras em São Pedro, cujo achado justificou o povoamento de região e, por conseguinte, o município de Poxoréu. O que é diferente,porém , é que o encontro de violeiros sinaliza uma ferramenta cultural de exploração econômica planejada e sustentável bem diferente do aspecto predatório e inconseqüente da exploração de diamantes no inicio do Sec. XX.
Na época do garimpo, a notícia percorreu as manchetes de jornais e revistas do Brasil; no encontro de violeiros, Poxoréu também se transforma no epicentro da mídia nacional, formulando registros que vão desde as melodias, os violeiros, a culinária, o turismo, a história e o legado de todas uma geração que se torna o mais importância produto para o consumo de milhões de brasileiros.
O 9ª encontros de violeiros de Poxoréu, segundo estimativa de alguns analistas foi prestigiado por um público de 15 a 25 mil pessoas entre as noites de Sexta Feira (dia 29) e sábado (dia 30/04) já se constituindo no 3º maior evento em público, atrás apenas de Barretos, em São Paulo e o Encontro dos Katireiros em Goiás, na opinião do Dr. Juvenal (Desembargador Estadual-vice Presidente do Tribunal de justiça de Mato Grosso).
Ademais, com a especificidade da viola, onde os violeiros se encontram em conjunto, diferente dos Shows particulares, só acontece em Poxoréu promovendo, inclusive, um encontro de geração e a revivificação da música raiz, como acontece em 2011, Zé Mulato e Cassiano, na estrada desde 1972 (ambos com mais de 60 anos de idade) com Otávio Augusto (32 anos) e Gabriel (28 anos), jovens de profissão, mas gigantes da viola cuja arte, certamente, possui a suprema aprovação do mestre Tião Carreiro.
Em particular, chama a atenção à evolução do concurso amador que projeta no cenário da viola, novos violeiros profissionais, diversificando e enriquecendo gerações como Lucas Reis e Thásio Candido; Marco Aurélio e Monte Negro; Kleuton e Karem; Eder e Cícero viola; Pedro Barbosa e Francis Lima e Bruna Violeira, todos egressos dos concursos de Poxoréu promovido a partir de 2003, os quais, na noite de 29/04, já na categoria profissional, deixaram registrados os seus shows, eivados de calorosos aplausos desde os pequenos Vinicius & Venâncio ao experiente Pedro Barbosa, ganhador dos dois primeiros concursos.
Noutra direção, as musicas raízes, de natureza genuinamente caipira, as quais pareciam se apresentar indesejáveis do publico jovem, se renovam nos delírios juvenis de um refrão marcante de uma outra melodia, produzindo coros ensurdecedores e ecos apropriados para gravações ao vivo. Sem desprestigiar as musicas eletrônicas da modernidade, a juventude tem demonstrado um novo reviver da, reconceituando – a e deleitando – se no sentido de uma melodia com mensagem, fundo moral e que por si, transmite valores e ensinamentos e não apenas sonoridade estridente a “provocar o corpo”. É evidente que a esta juventude não se reserva apenas o papel de espectadora, mas de reprodução do estilo para perpetuação de genuínos nomes da viola filhos de Poxoréu , assim como Aurélio Miranda , nosso cancioneiro maior.
Neste sentido, o evento enraíza seus pés numa época histórica, porém com os olhos fixos no futuro, modelando um palco de prosperidade que caminha na direção da sofisticação do evento para atenção da mídia internacional e, muito principalmente, na maturidade política da própria sociedade e na responsabilidade social das lideranças bem intencionadas, comprometidas com o desenvolvimento das potencialidades municipais na construção efetiva de um caminho para o progresso no que tange a “um saber relacionar-se” corporativas a ponto de ofuscar a grandeza do evento e o ganho coletivo da sociedade.
Á guisa de conclusão é oportuno mencionar Rui Barbosa, que entrou como um gênio anão desconhecido do mundo no portal gigante de Haia na Holanda e o deixou gigante o portão anão, nanico para comportar tamanha genialidade ,assim como está o Encontro de violeiros ,enquanto as tensões latejam nas disputas de espaço para o evento, nenhum dos litigados satisfazem mais uma nova realidade, obrigando as lideranças se agigantarem pelo menos ao tamanho dele, desnudadas das convicções ideológicas marcadas por disputas de poderes, patenteado por grupos ou associações de pessoas.
O encontro de Violeiros de Poxoréu está cada vez melhor. Então,todos nós como uma águia que se renova ,renovamos nossas energias, nossas conceitos e nossas convicções para seguirmos para lógica de fazê-lo “cada ano melhor”
Prof. Gaudêncio Amorim, poeta e escritor, 1º Vice-Presidente da UPE.
O município de Poxoréu promoveu em 2003 o encontro de violeiros e, a partir dele, legiões de brasileiros acharam o caminho de Poxoréu para viver o encantamento de uma noite de viola, cuja emoção só pode ser narrada na experiência particular de cada participante que se deixou absorver inteiramente e, que desde o seu advento, foi crescendo até se tornar completamente do povo brasileiro pela louvável iniciativa do município de Poxoréu no Estado de Mato Grosso.
A 9ª edição do encontro de violeiros de Poxoréu pode ser equiparada a um bom vinho que quanto mais velho, melhor. Sua fama se reveste da mesma e senão maior importância que as jazidas diamantíferas de 1924 encontradas na 2ª expedição de João Airenas Teixeiras em São Pedro, cujo achado justificou o povoamento de região e, por conseguinte, o município de Poxoréu. O que é diferente,porém , é que o encontro de violeiros sinaliza uma ferramenta cultural de exploração econômica planejada e sustentável bem diferente do aspecto predatório e inconseqüente da exploração de diamantes no inicio do Sec. XX.
Na época do garimpo, a notícia percorreu as manchetes de jornais e revistas do Brasil; no encontro de violeiros, Poxoréu também se transforma no epicentro da mídia nacional, formulando registros que vão desde as melodias, os violeiros, a culinária, o turismo, a história e o legado de todas uma geração que se torna o mais importância produto para o consumo de milhões de brasileiros.
O 9ª encontros de violeiros de Poxoréu, segundo estimativa de alguns analistas foi prestigiado por um público de 15 a 25 mil pessoas entre as noites de Sexta Feira (dia 29) e sábado (dia 30/04) já se constituindo no 3º maior evento em público, atrás apenas de Barretos, em São Paulo e o Encontro dos Katireiros em Goiás, na opinião do Dr. Juvenal (Desembargador Estadual-vice Presidente do Tribunal de justiça de Mato Grosso).
Ademais, com a especificidade da viola, onde os violeiros se encontram em conjunto, diferente dos Shows particulares, só acontece em Poxoréu promovendo, inclusive, um encontro de geração e a revivificação da música raiz, como acontece em 2011, Zé Mulato e Cassiano, na estrada desde 1972 (ambos com mais de 60 anos de idade) com Otávio Augusto (32 anos) e Gabriel (28 anos), jovens de profissão, mas gigantes da viola cuja arte, certamente, possui a suprema aprovação do mestre Tião Carreiro.
Em particular, chama a atenção à evolução do concurso amador que projeta no cenário da viola, novos violeiros profissionais, diversificando e enriquecendo gerações como Lucas Reis e Thásio Candido; Marco Aurélio e Monte Negro; Kleuton e Karem; Eder e Cícero viola; Pedro Barbosa e Francis Lima e Bruna Violeira, todos egressos dos concursos de Poxoréu promovido a partir de 2003, os quais, na noite de 29/04, já na categoria profissional, deixaram registrados os seus shows, eivados de calorosos aplausos desde os pequenos Vinicius & Venâncio ao experiente Pedro Barbosa, ganhador dos dois primeiros concursos.
Noutra direção, as musicas raízes, de natureza genuinamente caipira, as quais pareciam se apresentar indesejáveis do publico jovem, se renovam nos delírios juvenis de um refrão marcante de uma outra melodia, produzindo coros ensurdecedores e ecos apropriados para gravações ao vivo. Sem desprestigiar as musicas eletrônicas da modernidade, a juventude tem demonstrado um novo reviver da, reconceituando – a e deleitando – se no sentido de uma melodia com mensagem, fundo moral e que por si, transmite valores e ensinamentos e não apenas sonoridade estridente a “provocar o corpo”. É evidente que a esta juventude não se reserva apenas o papel de espectadora, mas de reprodução do estilo para perpetuação de genuínos nomes da viola filhos de Poxoréu , assim como Aurélio Miranda , nosso cancioneiro maior.
Neste sentido, o evento enraíza seus pés numa época histórica, porém com os olhos fixos no futuro, modelando um palco de prosperidade que caminha na direção da sofisticação do evento para atenção da mídia internacional e, muito principalmente, na maturidade política da própria sociedade e na responsabilidade social das lideranças bem intencionadas, comprometidas com o desenvolvimento das potencialidades municipais na construção efetiva de um caminho para o progresso no que tange a “um saber relacionar-se” corporativas a ponto de ofuscar a grandeza do evento e o ganho coletivo da sociedade.
Á guisa de conclusão é oportuno mencionar Rui Barbosa, que entrou como um gênio anão desconhecido do mundo no portal gigante de Haia na Holanda e o deixou gigante o portão anão, nanico para comportar tamanha genialidade ,assim como está o Encontro de violeiros ,enquanto as tensões latejam nas disputas de espaço para o evento, nenhum dos litigados satisfazem mais uma nova realidade, obrigando as lideranças se agigantarem pelo menos ao tamanho dele, desnudadas das convicções ideológicas marcadas por disputas de poderes, patenteado por grupos ou associações de pessoas.
O encontro de Violeiros de Poxoréu está cada vez melhor. Então,todos nós como uma águia que se renova ,renovamos nossas energias, nossas conceitos e nossas convicções para seguirmos para lógica de fazê-lo “cada ano melhor”
Prof. Gaudêncio Amorim, poeta e escritor, 1º Vice-Presidente da UPE.
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