sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

DO AMOR QUE NEM SEMPRE RIMA


O amor dizia, como quem sabia de tudo, que tudo tomava
Não buscava, jamais, formas de se fixar
Ele era como um bom ladrão
Que tomava tudo e depois saia.

O amor, com sorriso o rosto, dizia que tudo fazia
Especialmente as pessoas chorar
Ah! Disso ele, sorrindo, se orgulhava
Ele se orgulhava de não se permitir amar.

O amor, pretensioso, dizia que tudo era
Até o ar que estamos a respirar
Pobre e besta desse narcísico amor
Não percebe que somos nós que o estamos a matar.

Wallace Rodolfo

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