Estava sentado à beira da praia.
Olhando o mar, entrando no céu.
Pensei nos peixes e aonde a vida espraia
Desejei que do meu rosto caísse o véu.
Divagações à parte, voltei a realidade
Comecei a pensar na minha vida passada.
Tentei olhá-la com mais acuidade.
Meu Deus! Como ela estava travada!
Nem eu consigo isso explicar!
Não sabia que a rua dobrava;
Nem que a vida viria a acabar
Muito menos que o coração chorava.
Não percebia que o cérebro parava
Nem que os nervos descansavam
Não vi que o olhar secava
Nem senti que os instintos gritavam.
Como vivi até esse momento?
Não vivi, caminhei vazio.
Agora entendo o tamanho tormento
Que me tomou no agosto sombrio.
É fácil nascer! É fácil existir! É fácil estar!
É difícil viver! É difícil assumir! É difícil notar!
Encarar a vida com seriedade é fácil demais!
Difícil é ser sério com a seriedade (incapaz).
Precisamos viver para ser,
Precisamos ser para amar,
Precisamos amar para ter,
Precisamos ter para dar.
Estava sentado à beira da ida
Olhando a mim, entrando em meu coração.
Pensei na morte e como estava minha vida.
Desejei loucamente ter uma faca na mão.
Wallace Rodolfo
Upenino e Acadêmico de Administração.
Amigo, Wallace... Antigamente, os peixes com mar e tudo caíam no abismo e se perdiam. Caíam na boca dos monstros que habitavam o abismo, lá peto de onde onde o céu aparentemente os espera. Eles íam ao encontro do céu e encontravam o inferno, caiam no abismo. Quantos não se perderam até que "Santa Maria, Pinta e Nina" conseguiram atravessar o abismo e chegar do outro lado. Só aí descobriram que o céu não era o céu. Era apenas a "América", só mais um ponto abaixo do infinito e verdadeiro céu.
ResponderExcluirSua poesia é inspiradora, oh, notável upenino. Ficaria horas e horas devaneando sobre seus versos. Mas deixemos que outros ventos também soprem... Parabéns pela sua "LOUCURA", mas sem facas. Facas cortam! Abraços.
24 de junho de 2011 19:33
É incrível! Quase perdi o comentário. Tive que publicá-lo como anônimo. Não entendi. Izaias Resplandes
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